sábado, 14 de junho de 2014

PIB desacelera e especialistas temem recessão na economia do país


Índice do BC, considerado prévia do PIB, mostra desaceleração mais acentuada da atividade. Para especialistas, risco de piora é enorme


Publicação: 14/06/2014 07:00 Correio Braziliense

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A desaceleração mais intensa do Produto Interno Bruto (PIB), com alta de 0,2% no primeiro trimestre do ano, pode desencadear um processo mais grave de perda de força da economia, caracterizado pelo que especialistas chamam de recessão técnica. 



Dados divulgados ontem pelo Banco Central sinalizam um quadro de estagnação do país. Em abril, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma prévia do (Produto Interno Bruto (PIB), avançou apenas 0,12%.

Em comparação a abril de 2013, o resultado foi ainda pior: retração de 2,29%, o que jogou para baixo as taxas de juros no mercado futuro. Nos contratos com vencimento em janeiro de 2015, o recuo foi de 10,81% para 10,80%. 


 Naqueles com vencimento em janeiro de 2016, de 11,30% para 11,19%. Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, não há dúvidas de que o atual momento da economia inspira preocupação. 

 “Discutir sobre uma eventual recessão técnica (no país) começa a fazer sentido”, cravou.


A possibilidade de esse quadro se concretizar depende de uma contração por dois trimestres consecutivos do PIB, algo que o mercado parece não duvidar. Nos últimos três meses, até abril, o IBC-Br acumulou alta de apenas 0,1%. 


“Levando em conta outros indicadores coincidentes referentes a maio, continuamos acreditando que o PIB do segundo trimestre apresentará desaceleração ante o período anterior”, escreveu, em análise a clientes, o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.

Para o estrategista-chefe para o Brasil do banco japonês Mizuho, Luciano Rostagno, diversos fatores contribuem para esse quadro mais difícil. Entre eles, uma contração mais forte da indústria e do varejo, que têm apresentado resultados frustrantes desde o início do ano. 


“A gente vê a produção industrial muito ruim e as vendas do varejo recuando”, disse.

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