Chega
a ser asqueroso, mas é verdade. O governo Dilma, por intermédio do
Ministério do Trabalho em São Paulo, cumpriu a ameaça e decidiu mesmo
aplicar uma multa no Metrô por ter demitido 42 pessoas que, durante a
greve, atentaram contra a segurança do sistema. Segundo a empresa, as
dispensas não aconteceram porque fizeram greve — fosse assim, a lista
seria muito maior.
Para o
auditor fiscal do Trabalho Renato Bignami, “eles [Metrô] apenas
alegaram, não comprovaram, essa justa causa. Embasaram as demissões num
artigo do Código Penal, de forma bastante genérica. O que mais chama a
atenção é que os demitidos estavam envolvidos diretamente com a greve”.
Não me
diga, sr. Bignami! Isso faz supor que pudesse haver funcionários
envolvidos com atos criminosos no Metrô, mas não diretamente envolvidos
com a greve. É o fim da picada!
Essa
autuação — de R$ 8 mil; ainda cabe recurso — já estava decidida antes de
qualquer avaliação. O ex-deputado Luiz Antonio Medeiros, chefão do
Ministério do Trabalho em São Paulo, participou da assembleia dos
metroviários — aquela que decidiu pela volta ao trabalho — e já ali
anunciou a multa.
Antes, essa gente havia perdido a vergonha. Depois, as coisas foram piorando.
Não fosse a
responsabilidade que o governador Geraldo Alckmin tem com os cinco
milhões de usuários do sistema e com o direito que têm os paulistanos de
ir e vir, deveria ter deixado o Metrô parado, permitindo que a Radial
Leste fosse ocupada. Aí nós veríamos o que aconteceria com o jogo de
abertura da Copa.
Um petista
pragmático poderia dizer que haveria menos gente para participar
daquele coro que premiou a presidente com o monossílabo tônico, sem
acento, em “u”…
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