O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta sexta-feira que conta com "dissidências" de partidos da base aliada do governo para apoiar sua campanha presidencial. E, sem citar nomes, afirmou que a legenda não definirá o nome do candidato a vice-presidente na convenção nacional tucana marcada para amanhã porque há "instabilidade em outras forças políticas" que podem aderir à sua candidatura.
"Podem esperar que teremos dissidências cada vez mais
amplas por todo o Brasil e essas dissidências fortalecerão a oposição, porque
ela representa o sentimento que é do brasileiros, de mudanças profundas",
declarou o senador. Em evento do diretório tucano de Minas em maio, Aécio
afirmou que poderia "conversar" com o ex-presidente do Banco Central,
Henrique Meireles (PSD), sobre a vaga de vice caso seu partido deixe a aliança
com a presidente Dilma Rousseff.
"Enquanto esse partido tiver uma aliança com o governo
federal não cabe a mim fazer qualquer especulação. O que tenho visto é que
tanto em relação ao PSD, quanto ao próprio PMDB, ao PP e vários outros partidos
é que no âmbito regional a maioria dessas forças está se somando ao nosso lado,
porque elas querem mudança", disse hoje o mineiro, segundo o qual há
"vários nomes cogitados dentro e fora do partido" para a vaga de
vice.
Aécio percorreu no fim da manhã ruas de São João del Rei, no
Campo das Vertentes, e visitou o túmulo de seu avô, o ex-presidente Tancredo
Neves, antes de se dirigir para São Paulo para a convenção que confirmará seu
nome para a corrida presidencial. "Ele (Tancredo) sempre dizia que nos
seus momentos de maior inquietação, de maior dificuldade, era aqui em São João
que ele buscava energia para continuar sua caminhada. E eu sigo esse
exemplo", concluiu.(Estadão)
Sobre resultados de pesquisas.
O que é mais relevante nessas
pesquisas, e acreditem nisso, continuo repetindo, é esse sentimento de mudança,
esse sentimento crescente de mudança. No estado de São Paulo ele passa de 80%,
em Minas chega próximo disso. Isso avança por todo país. E cabe a nós da
oposição, e cabe a mim, em especial, como candidato do maior partido de
oposição e da mais sólida aliança da oposição, representar e expressar esse
sentimento de mudança corajosa, mudança verdadeira, mudança com quadros
qualificados e é isso que vou dizer pelo Brasil. Estamos prontos para iniciar
um novo ciclo no Brasil, onde a decência e a eficiência possam caminhar juntas.
E é óbvio que as pesquisas que apontam um crescimento sólido da nossa
candidatura nos animam e animam principalmente a nossa turma, a nossa
militância, os nossos companheiros.
Sobre manifestações contra a
presidente da República ontem no Itaquerão.
Acho que ela colhe um pouco
aquilo que plantou ao longo dos últimos anos. Alguém que governa com mau-humor
permanente, com enorme arrogância, sem dialogar com a sociedade brasileira, de
costas para a sociedade, achando que por ter a caneta na mão tudo pode, sem se
preocupar com o que virou o governo do ponto de vista ético, com essas
sucessivas denúncias de corrupção, querendo vender para o Brasil um país que
não existe, um país virtual, onde na propaganda oficial a Petrobras é a melhor
das empresas públicas, a mais bem gerida do mundo, onde a saúde é de alta
qualidade, onde não existe inflação. Esse não é o Brasil real.
E cada vez mais que se confrontar
com o Brasil real acho que ela tem de estar preparada para manifestações da
população brasileira. Na verdade, o que temos hoje é uma presidente sitiada,
que não pode aparecer em público. Não, como ela diz, pelo pessimismo da
oposição, mas, infelizmente, por um governo que fez perder nossos principais
pilares macroeconômicos.
Somos o país que menos cresce na
nossa região, a inflação volta a atormentar a vida daqueles que menos têm e
mais precisam da ação do Estado. A saúde pública é de péssima qualidade com a
omissão crescente do governo federal, que gasta hoje cerca de 10% a menos do
que gastava quando ela assumiu o governo. Nossa educação ponteia os últimos
lugares em todos os rankings sérios internacionais. Na segurança pública,
repito que a omissão do governo federal é criminosa e, a permear tudo isso, um descompromisso
com a ética, um descompromisso com a correção no exercício da vida pública.
Estamos vendo aí os sete
ministros que foram afastados por denúncia de corrupção, ministros do governo,
estamos caminhando para o final e o que aconteceu, o que foi apurado pelo
governo? Qual a consequência daquelas demissões?
Absolutamente nada. Estão aí as denúncias em relação à Petrobras que aviltam, trazem indignação a todos nós brasileiros. A nossa principal empresa pública hoje vale metade do que valia quando ela assumiu o governo.
Absolutamente nada. Estão aí as denúncias em relação à Petrobras que aviltam, trazem indignação a todos nós brasileiros. A nossa principal empresa pública hoje vale metade do que valia quando ela assumiu o governo.
Olhe as nossas agências reguladoras o que viraram: um balcão de negócios. Esta
é que é a realidade do país. Os fundos de pensão, patrimônio dos trabalhadores
brasileiros também atacados pela volúpia, pela sanha de grupos que estão hoje no
poder.
Setores do PT que aproveitaram esses fundos também para fazer negócios, levando alguns deles a prejuízos históricos, como o fundo dos Correios, por exemplo, o Postalis.
Setores do PT que aproveitaram esses fundos também para fazer negócios, levando alguns deles a prejuízos históricos, como o fundo dos Correios, por exemplo, o Postalis.
É o conjunto da obra. O conjunto
da obra deste governo faz com que a população brasileira, cada vez mais, queira
mudanças. E seremos a mudança que a população brasileira espera.
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