Por Marina Dutra do Contas Abertas
O perfil do candidato “médio” nas eleições de 2014 é
conservador. Homem, casado, empresário, na faixa dos 40 anos de idade. No
entanto, representantes de profissões que exigem baixo grau de escolaridade
também estão no páreo. Cento e vinte vigilantes, 44 mecânicos, 23 motoboys, 34
porteiros, 21 empregados domésticos e 15 garis, por exemplo, disputam uma vaga
nos poderes Executivo ou Legislativo.
Há, ainda, 100 candidatos sacerdotes, 138 cabeleireiros, 91
cantores, 28 atores, nove alfaiates, oito artistas de circo, sete desenhistas,
três catadores de recicláveis, quatro detetives particulares, um engraxate,
cinco massagistas e dois coveiros.
O padrão foi traçado por meio da análise dos dados de 24.979
concorrentes que já tinham o registro no portal do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) nesta terça-feira (23). Declararam-se como empresários, 2.321 candidatos,
a maioria na disputa ao cargo de deputado distrital ou estadual. A profissão
tem 16 representantes na disputa pelo Senado, sete por governos estaduais e um
pela Presidência – o candidato Pastor Everaldo, do Partido Social Cristão.
A quantidade de professores também surpreende: são 1.481. Os
advogados completam o ranking com 1.386 registros. Ainda concorrem ao pleito
1.000 comerciantes, 983 servidores públicos estaduais, 591 médicos, 679
administradores, 488 servidores públicos federais, 544 policiais militares e
313 jornalistas.
Quanto ao estado civil, 56% dos concorrentes são casados
(13.926), 30% são solteiros (7.562), 10% são divorciados (2.598), 2% são
separados judicialmente (428) e os outros 2% são viúvos (465).
Trinta e dois por cento dos candidatos, o que equivale a
7.927 concorrentes têm entre 40 e 49 anos de idade. Na faixa dos 50,
encontram-se 7.062 candidatos. Vinte e dois inscritos possuem entre 18 e 19
anos e seis já passaram dos 90.
Dos 24.979 candidatos já cadastrados no TSE, 7.449 são
mulheres e 17.530 são homens. A quantidade de representantes do sexo feminino
corresponde a apenas 29,8% do total de concorrentes. A chamada “minirreforma
eleitoral de 2009” (Lei 12.034/09) definiu que no mínimo 30% dos candidatos de
cada partido ou coligação haveria de ser mulheres. Os partidos têm até o dia 6
de agosto para preencher vagas remanescentes.
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