“A campanha começou, e começou como nossos adversários
gostam: com mentiras, com ataques à honra dos adversários. Essa é uma
praxe do PT”, disse.
“A área em voga foi uma área desapropriada em benefício
do Estado, e a partir daí foi feito o processo licitatório. Não é
possível que qualquer pessoa em sã consciência ache que é possível o
poder público construir uma obra em uma área privada”, continuou o
tucano.
O terreno, que foi desapropriado em 2008, pertencia a Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô do tucano e ex-prefeito de Cláudio. Ontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que irá pedir ao governo de Minas Gerais e à prefeitura de Cláudio informações sobre a suposta utilização irregular do aeroporto, que ainda não está homologado pela agência e não pode receber operações aéreas.
Segundo Aécio, a proposta apresentada por seu tio-avô foi de R$ 9 milhões pela desapropriação, mas a área doi avaliada em R$ 1 milhão. “Se houve alguém favorecido foi o Estado, não o meu parente”, afirmou o tucano.
O senador José Agripino Maia (DEM-RN), coordenador da
campanha de Aécio, disse que acha “curioso” que a notícia sobre a
construção do aeroporto só tenha aparecido agora, no início da campanha
eleitoral.
Segundo Agripino, a informação foi vazada à imprensa por
um órgão que “controla o funcionamento do aeroporto”. “O fato
fundamental é que este assunto está sendo suscitado quatro anos depois,
na campanha eleitoral, e com vazamento seguramente de um órgão do
governo que detém as informações.”
Além da Anac, a obra deverá ser
investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais. De acordo com
Aécio, no entanto, em abril deste ano o órgão arquivou uma investigação
inicada em 2009 sobre o aeroporto.
“Assim como ocorreu em inúmeras obras feitas por nós em Minas Gerais, nossos adversários, sempre de forma anônima, buscaram que o Ministério Público fizesse investigações. E eu soube ontem, nem sabia disso, que o Ministério Público de Minas Gerais investigou essa obra e em abril deste ano arquivou o processo porque não encontrou nenhuma ilegalidade”, afirmou Aécio.
Em parecer do dia 14 de abril, a promotora Maria Elmira
Evangelina do Amaral Dick lista as respostas dadas pela Secretaria de
Transporte e Obras Públicas a respeito da obra, entre elas a de que “o
público-alvo é toda a população de Minas Gerais, tendo como meta a
redução das distâncias entre os aeroportos”. Por fim, a promotora afirma
que as explicações apresentadas “mostraram-se satisfatórias, não se
vislumbrando qualquer irregularidade que justifique a adoção de medidas
outras pelo Ministério Público”.
A campanha tucana ainda apresentou dois pareceres dos
ministros aposentados do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto e
Carlos Mário da Silva Velloso que afirmam que a obra não é irregular.
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