A notícia abaixo, de ontem, no Globo, todos já sabem:
Relator do processo no Tribunal de Contas da União (TCU)
sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o ministro José
Jorge vai isentar de responsabilidades pelo prejuízo a presidente Dilma
Rousseff e os demais conselheiros da Petrobras que deram aval ao negócio. O
tribunal se reunirá nesta quarta-feira para analisar o tema. O parecer de Jorge
recomendará que sejam chamados a dar explicações apenas integrantes da antiga
diretoria executiva da Petrobras, como o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e
os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa. A decisão final será
tomada pelo colegiado de nove ministros.
Agora leiam esta, do G1, de 20 de março de 2014:
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge
afirmou nesta quinta-feira (20) ao G1 que o Conselho de Administração da
Petrobras tinha acesso a informações completas antes de decidir sobre a compra
da refinaria de Pasadena, nos EUA. Dilma Rousseff, à época presidente do
conselho, tinha concordado com a compra. Dilma justificou que só concordou
porque se baseou em um parecer técnico “falho”.
Questionado se, antes de decidir, a presidente teria lido
apenas um resumo das informações, em vez do relatório completo, José Jorge
respondeu que “aparentemente sim”. “As informações estavam lá”, sustentou.
Um ex-diretor da Petrobras que conversou com o G1 sob a
condição de anonimato afirmou que o Conselho de Administração da estatal tinha
todos os documentos à disposição antes de decidir sobre a compra. Segundo ele,
processos como o da compra da refinaria passam por instâncias inferiores, por
consultoria jurídica, são analisados pela diretoria e pela secretaria-geral.
Depois, a diretoria colegiada ainda faz um pente fino, e só então a análise é
levada ao conselho - todos os integrantes do Conselho de Administração da
Petrobras têm acesso tanto aos resumos quanto aos documentos completos dos
processos. Para ele, Dilma pode não ter lido, “mas tinha todos os documentos na
mão”.
O que será que fez o ministro José Jorge mudar de ideia?
Terá sido a “conversa” de Lula com o ministro Múcio Monteiro, que foi titular
das Relações Institucionais em seu governo e está hoje no TCU, e que foi
chamado a São Paulo para ser o portador da mensagem do apedeuta sobre a
necessidade de não se condenar ninguém?
Segundo Reinaldo
Azevedo, a tentativa de impedir a condenação da operação incluiu até uma vaga
no Supremo Tribunal Federal como moeda de troca, cujo contemplado seria
justamente alguém do TCU.
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