sexta-feira, 25 de julho de 2014

Reynaldo-BH: ‘Não há limites pra quem jamais os teve’



REYNALDO ROCHA


Depois de um período sabático no qual o que efetivamente assusta se faz presente, é hora de voltar a enfrentar os anões que perdem o chão a cada dia que passa. O alvo – surpresa! – é Aécio Neves.


Creio ser este apenas o começo. Desde 2011, o Ministério Público analisa o caso da construção da pista de pouso na fazenda que pertencia a um irmão da avó materna do ex-governador mineiro e sequer convocou alguém para depor. Seria o MP tucano? Foi errado comprar por R$ 1 milhão a terra pela qual o dono exigia R$ 9 milhões – e que foi à Justiça em busca do ressarcimento que considera justo? Ou seja, Aécio pagou 1 em vez de 9. O oposto da refinaria Abreu e Lima e da sucata de Pasadena.


Quando serão publicadas notas ainda mais pesadas e voltadas também para a vida privada do candidato à Presidência? Afinal, não há limites pra quem jamais os teve.

Nós, por aqui, pedimos há mais de um ano que Lula explique ao menos o caso da amante mantida com o NOSSO dinheiro. Mas não ouvimos sequer uma palavra. 


Há quanto tempo aguardamos esclarecimentos sobre Lulinha, o “ronaldinho das finanças”, alçado do cargo de tratador de elefantes no zoológico para sócio da OI? E Erenice Guerra e família? Esta terna senhora, ex-ministra da Casa Vil, que hoje insiste em ser lobista em Brasília e é atendida pelo governo em suas demandas?


Quantos aeroportos em Cláudio custou a reforma da Base Naval que Dilma Rousseff requisita uma semana por ano para curtir o verão baiano ao lado de parentes? E a parada do AeroDilma em Lisboa para um jantar?


Hipocrisia, seu nome é PT. Que debatam ideias e propostas. Que se faça um balanço da economia em frangalhos, da inflação elevada, da importação de gasolina, do roubo na Petrobras, do Rio São Francisco sem transposição, das ferrovias iniciadas e abandonadas, do legado imaginário da Copa, do Minha Casa, Minha Vida que desaba, dos médicos escravos que recebem 20% do que valem e são proibidos de sair de casa até para conversar com vizinhos, do governo fatiado entre Paulo Maluf, Jader Barbalho, Newton Cardoso, José Sarney, Renan Calheiros e outras ratazanas de menor porte.


Vamos passar o Brasil a limpo amparados em números e DADOS. Vamos discutir o IDH, a nossa colocação no campo educacional, a inexistência de uma política social e o planejamento econômico e industrial. Vamos discutir os aportes financeiros que beneficiaram Cuba e Venezuela com dinheiro público via BNDES enquanto continuamos morrendo nas estradas e arcando com um custo Brasil que impede exportações.


Mas, caso queiram discutir ÉTICA – o que muito me agrada –, estamos prontos. Desde a figura abjeta de Rosemary e seus encantos recompensados com o MEU DINHEIRO, até o Lulinha e seus milhões, passando pelo uso de jatos executivos de empreiteiras para fazer lobby mundo afora. A ética que faz com que Maluf seja endeusado e Sarney, eternizado. 


Que entrega ministérios a quem não tem competência sequer para ser garçom de botequim, que tem como vice-presidente um André Vargas e como deputado um ex-presidiário que se reúne com integrantes de uma facção criminosa.


Não nos assusta comparar fatos, pessoas, biografias. O que assusta é que, passados quase doze anos, o PT insista em MENTIR e tentar reescrever a história – onde está condenado a figurar como nota de rodapé ou estudo acadêmico sobre ramificações do caudilhismo latino-americano – e finja não enxergar o índice de rejeição de 50% que atinge Dilma Rousseff.


Esse número define nosso futuro. Até lá, precisamos suportar os argumentos infantis e a baba que escorre da boca dos esquerdistas nos bairros nobres das capitais, sonhando com uma boquinha em algum gulag imoral.


E suportaremos. Falta pouco.

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