Do UOL, em São Paulo
"Nossa dor é intensa e incessante", escreveram Anthony Maslin e Rin Norris, em uma carta divulgada pelo site "Perth Now".
Mo, 12, era o filho mais velho. A filha do meio, Evie, tinha 10 anos e o caçula, Otis, 8. A família australiana passava férias na Holanda. O pai de Norris, Nick, retornou com os netos para a Austrália, pois o casal decidiu ficar alguns dias a mais em Amsterdã.
"Nossos bebês não estão aqui conosco –e precisamos viver com esse ato de horror, todos os dias e todos os momentos para o resto de nossas vidas", disseram.
Eles prosseguem a carta dizendo que nem mesmo as pessoas que atiraram no avião "merecem passar pelo o que eles estão passando".
Corpos chegam à Holanda
Os dois aviões que transportam os primeiros restos mortais das vítimas do voo da Malaysia Airlines MH17, que caiu na semana passada no leste da Ucrânia, chegaram nesta quarta-feira (23) no aeroporto de Eindhoven, no sul da Holanda.Familiares e amigos das vítimas, o rei e a rainha da Holanda e o primeiro-ministro Mark Rutte se encontravam na pista de pouso para assistir a chegada da aeronave do Exército holandês que transportava 16 caixões e do avião australiano com 24 corpos.
O processo de identificação pode "levar semanas ou até meses", afirmou Rutte.
O país decretou nesta quarta-feira dia de luto nacional em homenagem aos 298 mortos, dos quais 193 eram holandeses.
Os primeiros 200 corpos retirados do local da queda chegaram a Kharkiv na terça-feira em um trem refrigerado.
A operação para encontrar mais corpos e garantir a integridade das provas no local do acidente continua.
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