Artigo
no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Roberto Lacerda Barricelli
Eu
aviso, desde 2013, que quando estivesse pronto, o Porto de Mariel, por se
tratar de um porto embargado, sem acesso ao principal mercado mundial (Estados
Unidos) devido à lei Helms-Burton que pune com 180 dias proibição de atracar
nos Estados Unidos as embarcações que tenham anteriormente atracado em Cuba, se
trataria de um embuste.
Também
avisei que mesmo tendo capacidade para navios maiores, com o embargo, o fato de
haver mais de 65 portos na região da América Central, Caribe e Golfo do México
em pleno funcionamento e com regras adequadas, e não haver nenhuma segurança
jurídica em Cuba, posto que, em 1996, havia uma ZPE em Mariel, que Fidel Castro
desativou e acusou os empreendedores de contrabandistas a serviço do
“imperialismo americano”, deixando 120 fundos de investimentos e mais de 200
empreendedores literalmente a ver navios, as únicas empresas que se instalariam
lá seriam aquelas bancadas pelo dinheiro dos pagadores de impostos pelo mundo;
o comércio de drogas das FARC e as indústrias bélicas da China e da Rússia.
Também
disse que utilizarão o local para trocar armas por drogas que abastecerão o
mercado consumidor da América, principalmente Estados Unidos, Brasil e México,
e o Chinês, além do contrabando de armas para a Coreia do Norte e países
aliados aos ideais comunistas, o que relatório da ONU comprovou, além da apreensão
de uma carga de armas no canal do Panamá, financiada por Venezuela e protegida por
soldados cubanos, disfarçada como carga de açúcar. Sem contar que há cabeças
das FARC vivendo perto do Porto de Mariel.
Na
época me ouvi que: “as acusações que você faz são muito graves, infundadas e
desonestas”. Mantenho o que eu respondi: “não são acusações, mas uma análise
dos fatos que levam a prováveis consequências”. Como tudo que eu disse está
ocorrendo, agora foi a vez de Vladimir Putin visitar Cuba e conversar sobre
alianças estratégicas, tais como as “fechadas” com nossa presidente, Dilma Rousseff,
que abrangem: comércio, tecnologia e defesa. Não me espantará se o comércio e a
tecnologia estiverem sob a “defesa”, ou seja, ligados a indústria bélica russa
que se instalaria em Mariel, onde, por acaso, foi reativada uma base militar
russa, da época da crise dos mísseis,
A
Rússia também instalará uma base na Venezuela. Pergunto: que acordo de
“defesa”, feito entre países que apoiam o desarmamento civil, beneficiará os
cidadãos? A Rússia é um dos países mais desarmados do mundo, enquanto possui
taxa de homicídios bem acima dos mais armados.
Por
que instalar ou reativar bases militares no coração da América Latina,
justamente em um momento de expansão dos governos bolivarianos? É o retorno da
Mãe Rússia? A Copa do Mundo de Futebol FIFA 2018 será na Rússia, justamente no
momento que o país quer internacionalizar sua influência; mera coincidência?
A
Rússia quer ter influência global, que em muito lembra a expansão imperialista
soviética, e volta seus olhos à América Latina, bem na cara dos “Ianques”. Mas
desta vez encontram um ambiente com franca expansão de projetos de governos
totalitários e um frouxo na Casa Branca.
Roberto
Lacerda Barricelli é Jornalista, Assessor de Imprensa do Instituto Liberal e
Diretor de Comunicação do Instituto Pela Justiça – roberto@institutoliberal.org.br
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