Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
O que Luiz Inácio
Lula da Silva fará no próximo dia 26 à noite, quando os números apurados pelo
Tribunal Superior Eleitoral confirmarem a vitória de Aécio Neves sobre Dilma
Rousseff? O mais provável é que o camaleônico Presidentro faça várias coisas: dê
os parabéns ao “inimigo”, chame-o de “companheiro”, combine um encontro (de
preferência, reservado, ou via celular por satélite), minta sobre a promessa de
uma “oposição construtiva” e negocie uma grande trégua para desarmar as broncas
que podem estourar contra líderes petistas e seus parceiros políticos de
negócios, principalmente por causa das revelações na Lava Jato.
A grande pergunta
é: se vencer, Aécio Neves vai entrar facilmente no jogo de Lula? A tendência
histórica, no Brasil, é pela velha “conciliação de sempre”. Uma grande e
indigesta pizza já está no forno – prontinha para ser enfiada goela abaixo do
eleitor idiota que aposta tudo em “mudanças”. A brincadeira começará na
transição de governo – a partir do começo de novembro. Curiosamente, este cenário
vale para uma vitória de Aécio ou uma continuidade de Dilma – hoje focada na
milagrosa mágica de desvincular sua imagem dos problemas do PT.
Imaginando a
vitória dos tucanos, Lula e o PT têm um trunfo gigantesco para negociar com
Aécio. O fato de o tucano ter perdido, surpreendentemente, o estratégico governo
do Estado de Minas Gerais – que o PSDB governava há vários anos. O “perdão” de
eventuais problemas de gestão no Palácio da Liberdade pode servir como moeda de
troca na hora de pedir um alívio ao novo Presidente da República sobre as
escandalosas broncas dos 12 anos de nazipetralhismo no Palácio do Planalto.
A tendência é que
um grande acordo PT-PSDB ocorra, esquecendo as rusgas radicais e desleais da
campanha eleitoral. Deve-se repetir o que ocorrera na passagem de bastão de
Fernando Henrique Cardoso para Lula da Silva. Foi firmado um pacto silencioso
de não agressão, sem revolver problemas que pudessem afetar a tal da “governabilidade”.
Basta lembrar que, em nome dela, ocorreu a grande retribuição tucana no estouro
do Mensalão, que quase foi fatal para o primeiro mandato de Lula. FHC poupou o
velho “amigo-inimigo” de um impeachment.
As negociações para mais uma tradicional “conciliação” (marca político de nosso “jeitinho brasileiro”) devem ser facilitadas por ambas as partes. Fatalmente, também como de costume, terão a intermediação do mais governista dos partidos: o PMDB – que tem lideranças sob altíssimo risco de sofrer denúncias quando a Lava Jato chegar aos réus com o absurdo direito a foro privilegiado. Além disso, o estilo mineiro e maneiro de Aécio Neves, que conjuga o verbo conciliar nas próprias ações políticas, deverá combinar, direitinho, com as intenções táticas de Lula que terá o poder de pressão petista, que aparelhou a máquina administrativa federal, como outra grande carta na manga.
Evidentemente,
enquanto finge uma trégua, o braço operacional-revolucionário do
nazipetralhismo vai infernizar a vida do Aécio Neves, logo em seus primeiros
momentos de governo. Os movimentos sociais de sempre farão suas manifestações.
As facções criminosas também vão dar sua colaboração costumeira para ajudar na
desestabilização inicial. Nada custa lembrar que já vivemos em uma espécie de
guerra civil não declarada, com elevada criminalidade, muita violência (real e
simbólica) e impunidade. Além do caos psicossocial, o eventual novo Presidente
terá de encarar os efeitos imediatos de uma crise econômica talvez nunca antes
vista na história do Brasil.
Toda essa análise
depende de um fato: a derrota concreta de Dilma Rousseff. Por enquanto, ela é
uma forte possibilidade, mas ainda não é uma tendência consolidada, apesar do
aumento do desgaste da imagem do governo, pelos escândalos da Lava Jato,
prejudicando a credibilidade de Dilma e deixando alguns petralhas apavorados.
Por enquanto, Dilma não está morta e continua na briga. O governo tem a máquina
na mão e os petistas muita grana para comprar votos de um eleitorado altamente
corruptível e ignorante que joga com o pragmatismo do ter, sem pensar no ser.
Ontem, o mercado
financeiro fazia análises bem estranhas do cenário eleitoral. Investidores
internos apostam na elevada chance de vitória de Aécio Neves. Mas investidores
internacionais – principalmente analistas de grandes bancos e financeiras –
ainda enxergam Dilma com boas chances de vitória, provavelmente apertada, com
uma margem que pode chegar até 10% de diferença. Como a ação do governo ainda
pode afetar grandes negócios e interesses, não acontecem manifestações
explícitas contra Dilma vindas do mercado. Já nas redes sociais, a derrota de
Dilma é transmitida, de forma otimista, como fava contada. Inegável é o
crescimento de Aécio. Mas ainda paira a dúvida se será suficiente para derrotar
Dilma.
45 encravado?
O jogo está mais aberto que nunca. Esta é a realidade concreta. Boa para os petralhas e ruim para a oposição a eles – que cresce.
Um fato é inegável nesta eleição. O Brasil voltou a ter aquela sempre perigosa e radical divisão ideológica entre os favoráveis e os contrários ao governo. As futuras consequências políticas disto? Basta dar uma olhadinha na mal contada História do Brasil para verificar o que nos espera em um futuro próximo, se a radicalização não cessar.
Independentemente
de quem vença, uma coisa precisamos superar, urgentemente: o Brasil está falido
em seus valores estéticos, éticos e morais. Isto, infelizmente, não será uma
mera dedada na urna eletrônica inconfiável que vai mudar, de verdade. Este é um
problema muito maior que a indesejada continuidade ou não do PT no poder. O PT
é a vanguarda do atraso porque a maioria do povo brasileiro consegue ser pior
que isto.
Aécio, pelo menos agora,
representa a nossa ilusão de mudanças. Portanto, o jeito é investir no voto em
favor dele, mesmo tendo a certeza de que isto não significa garantia de
qualquer mudança real e efetiva. O resto é conversinha do Boi Tatá...
Dogmaticamente, o
Alerta Total só torce pelo Flamengo... Em outros assuntos, o site não se
comporta como “torcedor fanático”. Distorcer a realidade é muito perigoso...
Sempre dá merda...
Paulinho, o inimigo
número 13
Nota do
Desembargador federal
O desembargador
federal Tadaaqui Hirose, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF4), foi obrigado a vir à público se manifestar sobre as repercussões
do processo da Justiça Federal do Paraná, resultado da chamada Operação Lava
Jato.
Em nota oficial, o
magistrado deixou claro que o TRF4 reafirma a sua plena confiança na
competência e na lisura do juiz federal Sérgio Moro, que vem conduzindo as
ações penais de forma independente, célere, com respeito às garantias
processuais e nos limites definidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF):
- o processo
criminal brasileiro é público, sendo que a própria Constituição Federal
excepciona as hipóteses em que o sigilo deve ser preservado;
- todas as ações
penais relativas à Operação Lava Jato são públicas e os atos processuais, bem
como as audiências, podem ser acompanhados pelas partes e pela sociedade;
- a transparência
dos atos processuais e a celeridade na tramitação das ações penais são
características do eproc, processo eletrônico da Justiça Federal da 4ª Região,
implantado em todas as varas federais do sul do país e no tribunal. As partes e
a sociedade em geral podem acompanhar o trâmite por meio de consulta processual
eletrônica pela internet ou assistir às audiências. Os registros das audiências
estão disponíveis no eproc;
- não configura
vazamento de informações a disponibilidade dos áudios dos depoimentos colhidos
em audiência, pois a regra é a publicidade;
- o teor do acordo
de colaboração premiada, homologado pela Justiça Federal do Paraná (JFPR) e
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é restrito às partes e aos advogados, como
exceção à regra da publicidade, até que autoridade judicial entenda que não há
mais necessidade de manter o sigilo;
- esse acordo de
colaboração premiada, que está sob sigilo, não se confunde com os depoimentos
prestados em audiência durante a instrução das ações penais;
Numerologia da
corrupção
Absurdo e
Brincadeira
O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou ser “absurdo” condicionar
o andamento dos processos judiciais da operação Lava Jato, que descobriu um
esquema de corrupção na Petrobras, ao calendário eleitoral brasileiro, como
quer o Partido dos Trabalhadores (PT):
“Levantou-se esse
mesmo argumento na época do julgamento do mensalão. O Brasil tem
eleições a cada dois anos. Então vamos suspender os inquéritos e os processos
judiciais em períodos eleitorais? Será que vão suspender também o cometimento
de crimes? E quanto aos prazos de prescrição, o que fazemos com eles?. De tão
absurdo, isso chega a ser risível.
Na mesma entrevista
ao jornalista Josias de Souza, o ministro Gilmar Mendes também advertiu:
‘Estão querendo
decretar o fim da independência entre os poderes e inventar um novo recesso
para o Poder Judiciário. Parece brincadeira”
Nova
censura eleitoral?
Ministros
do Tribunal Superior Eleitoral voltam a usar a retórica jurídica, em véspera de
eleição, para contrariar a Constituição e praticar evidente censura.
O ministro Herman Benjamin, do TSE, deu liminar determinando à Google Brasil a retirada imediata da internet de vídeo do pastor Silas Malafaia.
Segundo o ministro, a lei eleitoral veda propaganda que termine por degradar, caluniar, difamar ou injuriar qualquer candidato e também proíbe propaganda de guerra.
O ministro Herman Benjamim sustentou que houve grande distância entre o uso informativo, para fins eleitorais, de falas e discursos de pessoas – o que é legítimo, e a distorção ou a infidelidade proposital às palavras e ao pensamento de que se ataca, o que considera ilegítimo e ilegal.
Exército cinematográfico
O
filme "A Experiência Brasileira na MINUSTAH" ganhou o sabre de ouro
na categoria documentários no 5º Festival Internacional de Filmes Militares em
Varsóvia, Polônia.
Foi produzido pelo Centro de Comunicação Social do Exército – especializado em produções publicitárias e cinematográficas.
O
EB deveria divulgar mais este feito para os jovens e estudantes...
Apoio explicado
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