terça-feira, 14 de outubro de 2014

Na Bolívia bolivariana, tiranetes morrem de medo do PT sair do poder

assustada
Quer dizer que os bolivarianos que chicoteiam eleitores, censuram a mídia, saqueiam estados, aparelham instituições, implementam ditaduras, massacram o povo e esmagam suas economias estão revoltadinhos com a iminente vitória do PSDB?
A expressão assustada da historiadora e participante da Generación Evo. da Bolívia, de Valéria Silva é sintomática. Os bolivarianos da Bolívia estão tremendo de medo da possibilidade do PT sair do poder, como vemos em uma matéria da Revista Fórum.
Ela diz:
Brasil é imprescindível para um mundo multipolar.
Multipolar, para esta gente, significa aliança com tiranetes extremamente “evoluídas” e “civilizadas” como Bolívia, Venezuela, Cuba, Coréia do Norte e Rússia. Gente civilizadíssima, que derruba aviões, fuzila cidadãos que protestam e ameaçam chicotear eleitores que não votarem em seus líderes.
Se perdermos o processo de mudanças sociais que existe no Brasil, perderemos muito em toda a América Latina [pois significa] a volta do neoliberalismo significa o fim da soberania do povo brasileiro.
Interessante essa preocupação dela com a gente, não? Anote bem este momento, pois ele será útil em breve:
O que acontece no país reflete em todos os vizinhos [...] Hoje não temos presença ou ingerência estrangeira no Brasil, na Bolívia, na Venezuela, no Equador. Se o Brasil voltar a flertar com o imperialismo, o que fatalmente acontecerá caso a direita triunfe, tenham certeza de que tentarão derrubar a todos.
Evitar o imperialismo, no dialeto dessa gente, significa “rebaixar-se aos imperialistas russos e chineses”.
É por isso que ela fantasia que se o PSDB ganhar, teríamos um “golpe à integração latino-americana”:
Se não tivermos o Brasil ao nosso lado, perderemos em todos os sentidos. Boa parte da integração do continente, política, econômica e cultural, passa pela importância do Brasil, principalmente pelas transformações promovidas por Lula e, depois, por Dilma Rousseff [...] A volta do neoliberalismo seria trágica para todo o continente.
O que temos aqui? O interesse do Brasil é irrelevante, mas sim o de países bárbaros da América Latina. Note que não são os países mais civilizados da América Latina. São países que censuram mídia, chicoteiam eleitores, fuzilam opositores e gostam de “negociação” com terroristas que cortam cabeças.
E sobre o roubo de dois campos da Petrobrás localizados na Bolívia por Evo Morales?
O neoliberalismo fez contratos péssimos, que praticamente entregavam nosso gás aos compradores. O que o próprio Evo explicou para o povo boliviano foi que vendíamos o gás com determinados componentes que saíam praticamente de graça. Então, pediu a Lula para renegociarem e que o país vizinho pagasse um preço justo, levando em conta todos os componentes que estavam adquirindo. Lula, que consideramos um irmão de nossa gente, concordou e disse a revisão era justa, de fato. Na mesma linha política veio o governo Dilma, que manteve o acordo. No caso de uma guinada neoliberal, dificilmente os contratos serão renegociados.
Lembre da parte onde ela falou de soberania, agora há pouco. “Soberania do Brasil” significa perder dois campos de petróleo, roubados pelas tropas de Evo Morales, e ficar quietinho por meio de um acordo que serve como uma traição à pátria por parte do PT.
Somos internacionalistas [...] Para nós, a revolução só é possível com articulação regional e o Brasil é imprescindível para os processos de mudança na Bolívia e em todos os países que desejam um mundo não unipolar, nem bipolar, mas multipolar.
Tradução: o socialismo é um lixo tão grande que é preciso que vários outros países laterais se aliem para que no saqueamento de seus países a comparação com quem está do lado não fique tão desfavorável, e que o povo possa ser enganado por mais tempo.
O discurso dessa Valéria é mais um sinal de que já passou da hora de tirar o PT do poder. Quando a escória civilizacional do continente resolve clamar pela manutenção do governo atual, é um alerta de que já passou da hora de trocarmos de governo.

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