13/10/2014 06h00
- Atualizado em
13/10/2014 11h18
Partido de Campos e Marina aprovou apoiar a candidatura de Aécio Neves.
Presidente interino disse que partido 'traiu luta de Campos' com apoio.
Roberto Amaral (esq.), ao lado de Aécio, na reuniãoque anunciou o apoio do PSB ao candidato tucano
Na última quinta-feira (8), após reunião da executiva do partido em Brasília, o PSB aprovou apoiar a candidatura de Aécio com votos favoráveis de 21 dos 29 membros votantes. Outros sete optaram por votar pela neutralidade, sem apoio a nenhum candidato, e um quis apoiar a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
Neste sábado (11), o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, publicou uma carta em sua página oficial na internet criticando a posição tomada pela maioria de seus correligionários da executiva nacional. Na visão dele, o PSB “jogou no lixo” o legado de seus fundadores ao optar pelo apoio a Aécio.
Mesmo afirmando ter votado pela neutralidade do PSB no segundo turno, Amaral disse acreditar que a candidatura da petista Dilma Rousseff seja “a única alternativa para a esquerda socialista e democrática”. O presidente da sigla, que assumiu o cargo temporariamente após a morte de Eduardo Campos, disse que, ao apoiar Aécio, o partido “traiu o legado” do ex-governador pernambucano.
Em resposta, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), candidato a vice na chapa de Marina Silva, disse "lamentar" o apoio do presidente de seu partido à presidenciável petista. Segundo o parlamentar gaúcho, que integra a executiva nacional do PSB, Amaral não pode querer impor sua opinião sobre a dos demais dirigentes da legenda.
O PSB lançou para as eleições deste ano o nome de Eduardo Campos para disputar a Presidência da República, tendo como vice a recém-filiada Marina da Silva. O candidato, que foi presidente da sigla e governador de Pernambuco, morreu em acidente aéreo em agosto em meio à campanha eleitoral. Em seu lugar, o partido aprovou Marina como presidenciável e o deputado gaúcho Beto Albuquerque como vice.
No último domingo (5), Marina deixou a disputa após ser a terceira mais votada, com 22.176.619 votos (21,32%). Dilma obteve 43.267.668 votos (41,59%) e o tucano, 34.897.211 (33,55%). Além do PSB, neste domingo (12) Marina também declarou seu apoio a Aécio. No sábado, a viúva de Campos já havia declarado, por meio de carta, seu apoio à candidatura tucana.
saiba mais
O PSB integrou a base aliada do governo petista tanto na gestão de Luiz
Inácio Lula da Silva (2002-2010) quanto no governo Dilma Rousseff. Em
2013, quando tinha o comando do Ministério da Integração Nacional e da
Secretaria de Portos, o partido deixou a base
para poder se preparar para lançar a candidatura de Campos à
Presidência. Na ocasião, Campos, então presidente da sigla, destacou que
a saída do governo não significava que o partido faria oposição ao
governo Dilma.
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