Josias de Souza
Abrigada no PSB enquanto não obtém o registro da Justiça Eleitoral, a Rede de Marina Silva realiza neste sábado (26) uma “convenção estadual” para selecionar os candidatos que irá apoiar em São Paulo. Para o governo do Estado, a agremiação trabalha com uma lista de pelo menos meia dúzia de nomes. A relação não inclui o presidente do PSB paulista, o deputado federal Márcio França.
“Não estamos vetando o Márcio, mas ele não está no rol de nomes que nós apoiaríamos para o governo do Estado”, disse ao repórter, na noite passada, o porta-voz da Rede em São Paulo, Célio Turino. Ele acabara de participar de reunião com Marina Silva e cerca de 150 filiados da Rede em São Paulo. Nesse encontro, solidificou-se a decisão da Rede de apoiar no Estado uma “alternativa própria”, descartando a hipótese de uma aliança com o governador tucano Geraldo Alckmin, candidato à reeleição.
Nas últimas semanas, a Rede promoveu debates dos seus filiados com as pessoas que eles admitem apoiar na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. O porta-voz Turino citou oito nomes: Luiza Erundina (PSB), Pedro Dallari (PSB), Walter Feldmann (Rede-PSB), Mateus Prado (Rede-PSB), Gilberto Natalini (PV), Vladimir Safatle (PSOL), Ricardo Young (PPS) e Eduardo Jorge (PV). Entre todas as opções a que mais empolga a militância da Rede é Luíza Erundina. Mas ela ainda não demonstrou disposição para concorrer.
Eduardo Jorge, outro nome que agrada à Rede, já estrelou comerciais televisivos do PV como presidenciável da legenda. Mas Turino, o porta-voz da Rede, deu a entender que Marina e Eduardo Campos gostariam de atrair o PV para a coligação nacional. Nessa hipótese, Eduardo Jorge disputaria o governo paulista, não o Planalto.
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