segunda-feira, 2 de junho de 2014

Direita é festiva, Pondé!





Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Daniela Schwery

Pondé, poxa, não faça isso com a direita. Há mulheres resistentes aqui e são muito mais interessantes. Cadê vocês, ué? Li seu ensaio filosófico, dei boas risadas, mas vamos lá:
A direita não precisa ser mais festiva para se colocar, pois ela é festiva. Porém, a alegria das pessoas da direita é genuína e sincera, não se trata daquela falsa alegria histérica que recorre a bebidas exageradamente e drogas para se divertir, ou a tentativa desesperada de se mostrar descolado, sendo que é um mal resolvido por essência.
A pessoa da direita, independente da idade, é normal por princípio. Costumam ser pessoas que sabem conversar sobre tudo: política, futebol, religião, filmes, receitas, novelas, musicais e mais um pouco. E sabem se colocar, não agem como camaleões sociais se deixando seduzir por qualquer teoria que derrete o cérebro facilmente. 
Logo, os papos ficam acalorados, com vigor ao defender seu ponto de vista, não o ponto de vista do Marx que nem o próprio teria, sem aquela pretensa fachada da boa educação e bons modos, que é o traço da esquerda que a esquerda tanto nega ter. 
As festas da esquerda são sim as chatas, pois eles numa tentativa desesperada de negar, negar, negar e ser aceito, se retraem, nos retraem e deixa o ambiente pesado já que não entendem piadas, sarcasmo, ironias e nem nada na verdade.
Vai contar uma piada do Joãozinho num ambiente desse. Meu Deus, ferrou! Joãozinho é um playboy que não respeita mulheres e esse tipo de piada demonstra o viés baixo que temos. A exclamação “Meu deus” aqui inclusive é burra da minha parte, claro. Religião, afê! 
Mas se Joãozinho se admitisse da esquerda, e de preferência do PT, aí sim o pequeno cafajeste seria um ícone comedor que tem liberdade sobre as decisões e a Mariazinha que se faz de difícil é uma tonta oprimida e reprimida.
A esquerda muda de pato para ganso a linha da argumentação conforme seu maniqueísmo, mas entender a incongruência e  contradições do comportamento humano, por isso as piadas, não é o forte deles. Eles não entendem piadas, não são bem humorados, são chatos, muito chatos. Festas dos esquerdantes são um ó de chato.
A esquerda se vê como descolada e precisa crer nisso para ter aceitação desesperadamente, típico dos maus resolvidos que são, mas a verdade é que esquerdinhas estereotipados, não me refiro a esquerda que flerta com a direita e pensa pela própria cabeça, são chatos e esses sim precisam “pegar” mulher, afinal qualquer mulher que se permita ser “pega” não aguentaria realmente mais que uma ou duas noites com o infeliz, porque conhecer melhor o esquerdante é pior. Se tratará de uma grande decepção certamente.
Mulher da direita não se pega, se conquista. E mesmo que a mulher da direita faça sexo no primeiro encontro, não é garantia de sequencia, afinal, mulher da direita não se pega, como já disse, e sabe que terá que seduzir o homem também. Sedução é a premissa da direita. 
E certamente a mulher da direita que se permitiu a ter relações sexuais no primeiro encontro é porque algo a cativou genuinamente, cabe o homem cultivar um sentimento que se despertou ali e tocar a história. Pode dar certo ou não, não é garantia de nada, mas a pegada na direita é outra e não esta na pegação fútil e vazia. E sim, cabe ao homem, afinal entre pessoas da direita ter papéis claros e definidos, não representa nenhum problema ou ofensa pessoal.
Homem é homem, tem que agir como, e mulher é mulher, tem que ser frágil mesmo, feminina, cultivada. E ambos, já que não buscam aceitação, saberão que a tarefa mais difícil numa relação é respeitar as diferenças já que não querem uniformizar o pensamento com a visão deturpada da igualdade.
A palavra chave para casais da direita é admiração. Admira-se o jeito da outra pessoa por mais que seja diferente do seu, e isso soma pois dá um sentimento que a esquerda nem sabe o que é que se traduz na frase cafona, porque amar é ser cafona (e daí?) que é a extremação do amor: você me completa!
Pessoas “descoladas” e cults, ou seja, os esquerdinhas, por mais que neguem, querem estar na moda, tanto é que negam com todas as forças ser cafona e brega, o que é uma delícia, mas sempre estão na moda, nem que para isso comprem a rasteirinha última moda, ou o modelo de camiseta mais novo do Che Guevara.
O rapaz da direita é envolvente, chama a atenção a princípio por algum traço de personalidade, e conforme vai saindo com o rapaz e conhecendo melhor, ele vai se tornando mais interessante. Por que isso? Porque a primeira impressão foi boa e, ele terá princípios , valores e assuntos que o tornarão mais interessante a cada saída.
O rapaz da esquerda é um conto da carochinha, se moldou a nós para tão apenas nos comer, “jogou” um papo só para “pegar” porque precisa disso para se auto afirmar, na melhor das hipóteses agiu como um ouvinte, típico dos “psicólogos” que são, afinal eles são tudo: psicólogos, matemáticos, físicos, economistas, historiadores, poetas, músicos e claro, petistas!
Amantes das artes alternativas que não se renderam ao capitalismo selvagem e a moda (a-hã), por essa razão, para esconderem que são frustrados e não fazem sucesso com suas chatices, agem como ouvintes apenas já que adoram uma mulher da direita e morrem de inveja delas. Sim, homens da esquerda têm inveja das mulheres da direita e competem com elas.
Por isso se rolar um sexo entre a mulher da direita com o homem da esquerda, além de horrível, morno, sonso, pois o cara da esquerda é ruim viu, como não esta acostumado a passar da primeira noite, não sabem nem como é bom ser safadinho, caliente e picante como o bom amante da direita que quando conhece bem a sua parceira e se conhece bem (pessoas da direita se conhecem bem), sabem proporcionar prazer e ter prazer com muito mais qualidade e vai melhorando num crescente, quando se estabiliza, ok, sem problemas para o bem resolvido da direita que gosta da constância e a palavra rotina não é nenhum palavrão.
A esquerda morre de inveja disso, por isso defendem o divórcio, são contra a família, afinal manter uma mulher de qualidade é difícil, pra isso teria que fazer algo que a esquerda não sabe: admitir que é um chato de galocha, aí sim com auto análise, saberia amar e ser amado. E nessa busca de auto afirmação, parecem querer buscar histericamente uma novidade que não existe, é sempre mais do mesmo, receber bem o mais do mesmo que é psicologicamente saudável.

Filmes alternativos, África, exposição, artes de artistas que não deram certo são um pé no saco! Pois bem esquerdinhas, o que é legal é: ver novela na Globo, assistir SBT, assistir comédia, como parte de um todo que se faz para se entreter, ler e abusar da “imprensa golpista” como Folha, Estadão e Veja pelo simples motivo que é legal mesmo, não é chato e enfadonho como mídias cults e alternativas, assistir comédia que é sucesso, clássicos que foram sucesso, gostam da cultura nerd, entendam, filme cults dá sono, África é uma pobreza dos infernos, só pseudo intelectuais para gostar disso, quem é bom de fato e bem resolvido não consegue gostar disso porque pobreza e sofrimento alheio é algo que incomoda tão profundamente que falar sobre o assunto é chato porque gera tristeza, não é um meio para “pegar” mulher, evita-se o assunto não porque a direita é burra, ignorante e fascista, como diria as crias da USP, mas porque realmente dói e o desejo é que todo mundo tivesse emprego para com o seu salário pessoas pudessem fazer suas escolhas, pra um esquerda isso é um absurdo.
Como o africano  pode fazer escolhas com o seu dinheiro e sem a intervenção exagerada do Estado???? Quando ainda não nos depararmos com aqueles mais esquerdantes ainda que negarão ser esquerdas e negam o Estado desesperadamente porque no auge da arrogância bancarão ser comunas, ou anarquistas, estes são piores ainda, um saco, um sono só, e são uma roupagem dos esquerdinhas.
E de uma vez por toda: se faz sucesso é legal. Fácil assim. Se não faz, é chato, não caiu no gosto popular. E decidam-se nessa questão quando a questão é sucesso: o povo é burro ou o povo tem razão? tsk, tsk…. dureza essa contradição para o esquerdinha caricato hein.
Logo, a direita é muito mais festiva já começa porque sabe dançar: dança para um rapaz da direita é sedução, não “pegação”, dança entende-se gostar de boa música, não barulhos esquisitos. A direita sim é que sabe viver, pois sabe dançar, sabe beber, sabe comer, sabe ser alegre genuinamente e sinceramente, pois não é escravo de um tipo, louco para ter aceitação de outrem.
Sendo assim, quando esta feliz, realmente esta, pois como faz o que gosta de fato, envolverá a mulher que também esta fazendo o que gosta de fato e não é uma mal resolvida, adivinha só, pode até sair um casamento, coisa abominável para o esquerdinha, e ambos terão a meta de fazer durar este casamento, pode ser que não dê certo, mas é o princípio que norteará os casais da direita, casais estes que podem ser dar entre homossexuais inclusive.
Esquerdinhas não admitem a ideia de existir casais homossexuais da direita. Pois pasmem, há muito mais gays da direita que da esquerda, que detestam gayzistas e acreditam na formação da família e são religiosos com atitudes, assim como mulheres da direita que detestam as feministas e as vem como uma aberração para a classe feminina.
Tanto é fato isso, que homossexuais sensatos querem ter seu direito reconhecido de formar famílias, não destruí-las, não brigam por privilégios e aí aparecem as deturpações de ambos os lados, direita e esquerda, desconstruir a imagem dos outros para criar discursos, mas isso entre os esquerdantes caricatos os unirá mais e mais, enquanto as pessoas da direita negarão a própria direita caricata, o que renderá assuntos  com conteúdo entre prováveis casais a serem formados pela direita, na esquerda seria uma briga, uma chatice um bate papo desse.

Ao sair com rapazes da direita, conseguimos ter papos assim:
- Eu assisti Jesus Cristo superstar e adorei.
 - Gosto muito das peças do Andrew Lloyd Weber, Evita também é muito bom, fazem críticas sutis e deixam o entendimento em aberto para certos pontos polêmicos.
Esquerda e lá vem o sono: 
-  Eu assisti Jesus Cristo superstar e adorei.
 - Eu me recuso a assistir peças da Broadway que são sensacionalistas e só visam o lucro.
- Ah, mas é legal, consegue contar a história de Cristo de forma leve e intensa ao mesmo tempo, mesclar conceitos e estilos que, ao mesmo tempo que rompe o clássico a se falar de religião, fala-se em religião sim e enaltece Jesus. É muito bom mesmo.
- Você não deve perceber o que querem na verdade, querem promover a Igreja através de peças que não são artísticas, são shows sensacionalistas para enaltecer os interesses da direita e da burguesia.
ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz… nessa hora já rola um palitinho para segurar as pálpebras para não cochilar na cara do rapaz esquerdinha.
Mulheres maduras da direita cochilariam e pronto. Tudo resolvido! As jovens não, com o tempo aprendem.


Daniela Schwery é anti petralha roxa, contra o aparelhamento do Estado, por um Brasil sem a cia Petralhas e Petralhetes LTDA (capital aberto só para Cuba). Contra os esquerdalhas, esquerdopatas esquerdantes. Contra os direitopatas que denigrem a própria direita. Contra a politização e partidarismo do pensamento. Pensamento não é como CUT, MST e, atualmente, a FIESP. Ideologia tem nome: prosperidade para maiorias, não minorias. Fora, PT!



Por uma direita festiva


Ser jovem e liberal é péssimo para pegar mulher. Este é o desafio maior para jovens que não são de esquerda. 

Um dos maiores desafios dos jovens que não são de esquerda não é a falta de acesso a bibliografia que seus professores boicotam (o que é verdade), nem a falta de empregos quando formados porque as escolas os boicotam (o que também é verdade), mas sim a falta de mulheres jovens, estudantes, que simpatizem com a posição liberal (como se fala no Brasil) ou de direita (quase um xingamento). 

Os cursos em que você encontra jovens liberais (economia, administração de empresas, engenharia e afins) têm muito poucas mulheres e as que têm não têm muito interesse em papo cabeça e política. O celeiro de meninas que curtem papo cabeça e política são cursos como psicologia, letras, ciências sociais, pedagogia e afins, todos de esquerda. 

E aí se recoloca o problema: quando liberais se reúnem há uma forte escassez de mulheres, o que é sempre um drama. E quando junta muito homem falando papo cabeça sem mulher por perto, todos ficam com cara de Sheldon. Sem mulheres, tudo fica chato em algum momento. 

Como resolver um problema sério como esse? 

Vou repetir, porque eu sei que questões altamente filosóficas são difíceis de se entender: o maior desafio para um jovem estudante liberal no Brasil é pegar mulher (no meio universitário e afins), sendo liberal. 

Claro, charme pessoal, simpatia, inteligência, grana, repertório cultural, sempre são fatores importantes, mas a esquerda tem um ponto a favor dela que é indiscutível: se você é de esquerda, pegar mulher é a coisa mais fácil do mundo. 

Qual o segredo da esquerda? É ser festiva. 

Outro dia, conversando com um amigo e colega que é bastante conhecido (por isso vou preservar sua privacidade), chegamos à conclusão de que a direita (liberal, claro, não estou falando de gente que gosta de tortura, tá?) precisa desesperadamente encontrar sua face festiva. 

A esquerda festiva (que é quase toda ela) reproduziu porque teve muitas mulheres à mão. Imagine papos como: "Meu amor, se liberte da opressão sobre o corpo da mulher!". Agora, imagine que você esteja num diretório de ciências sociais no final da noite ou num apê sem pai nem mãe (dela) por perto. Um pouco de vinho barato, quem sabe, um baseado? Um som legal, uma foto grande do Che (aquele assassino chique) na parede. 

Ou imagine você dizendo para uma menina bonitinha algo assim: "O capital mata crianças de fome na África!". Mesmo sendo ela uma jovem endurecida pela batalha contra a opressão da mulher (por isso tenta desesperadamente ser feia), seu coração jorrará ternura. 

Imagine a energia de uma manifestação! Braços dados ou não, mas caminhando e cantando. Imagine a fuga, correndo juntos da polícia. Os corações batendo juntos!
E claro, imagine vocês no bar da faculdade (matando a aula, porque quem assiste aula não pega mulher): muita cerveja, muitas juras de revolta contra as injustiças sociais, muitas citações de Marx e Foucault. 

Ou, mais sofisticado ainda: um festival de documentários em Cuba! Meu Deus, pode haver paraíso melhor para se conhecer meninas "donas do seu corpo"? 

Desde as primeiras populações na pré-história sabe-se que sem álcool e conversa (por isso aprendemos a falar, do contrário só as meninas falariam) a humanidade teria desaparecido porque mais da metade das meninas não iam querer transar –principalmente quando descobriram a dor do parto. 

O canal para uma direita festiva é: fale de liberdade, do sofrimento humano, de corpo, discuta documentários, diga que a vida não tem sentido, mas que a beleza existe, não se vista como o Sheldon, viaje para a Islândia, e (pelo amor de Deus!) não fale de economia. As meninas destetam economia, essa "ciência triste", porque atrapalha a alegria da vida. 

Ou rezem para o Brasil virar a Venezuela e aí os meninos liberais vão pegar todas.
Eu sei: vão dizer que estou afirmando que discutimos papo cabeça para pegar mulher, mas, lamento, é isso mesmo que estou dizendo, pelo menos em parte. Acordei hoje numa "vibe" darwinista. Sorry. 

luiz felipe pondé

Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, 'Contra um mundo melhor' (Ed. LeYa). Escreve às segundas.

Nenhum comentário: