Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Uma remessa de US$
3 milhões do Brasil para o presidente de Cuba, Raul Castro, chamou a atenção de
agentes do Drug Enforcement Administration (a agência anti-drogas dos EUA) que
acompanham o desenrolar da Operação Lava Jato no Brasil. A DEA suspeita que o
dinheiro possa ter a ver com alguma operação de tráfico de drogas, supostamente
tolerada pelo governo cubano. Agentes admitem que as verdinhas também podem ser
um mero investimento de integrantes do governo brasileiro em parceria com a
família Castro.
O dinheiro foi
repassado ao mandatário cubano através do esquema do doleiro Alberto Youssef,
investigado pela Polícia Federal e processado pela Justiça Federal, no Paraná.
O caso de remessa de dólares aos cubanos pode ganhar contornos politicamente
explosivos. Segundo as investigações, a ordem para o envio dos recursos teria
partido de Gilberto Carvalho, Secretário Geral da Presidência da República – e um
dos ilustres membros da chamada “República de Londrina” – cidade paranaense
onde Youssef tinha uma de suas bases. A grana para Raul teria vindo das Ilhas
Seychelles.
Durante um jantar
sábado à noite, na residência de um executivo de transnacional no Rio de
Janeiro, o affair cubano foi revelado por um deputado federal filiado a um dos
principais partidos da base aliada do governo. Descontente com o governo Dilma,
e praticamente pronto para saltar fora da coalizão com o PT, o parlamentar cometeu
outra “inconfidência empresarial” que pode abalar a cúpula petista. Os EUA monitoram
uma atípica troca milionária do volume de ações de uma megaempresa do ramo
alimentar. A operação foi feita por um bilionário brasileiro em favor da
família de um ilustre político petista.
O assunto é
acompanhado por uma força-tarefa de 150 funcionários norte-americanos do FBI,
SEC (Securities and Exchange Comission) e do Departamento de Justiça. Desde
final de abril, eles investigam como membros da cúpula do governo brasileiro
interferem na gestão de grandes empresas brasileiras cotadas na Bolsa de Nova
York. O alvo dos americanos é entender a atuação de apadrinhados políticos
(principalmente petistas e peemedebistas) nos maiores fundos de pensão de
estatais, que gerenciam mais de US$ 600 bilhões em ativos de várias companhias
listadas na Nyse. A atuação do BNDES, seu braço de investimentos BNDESpar,
Banco do Brasil e Caixa é monitorada pelos “pesquisadores” do Tio Sam.
Depois da Copa do
Mundo, com a Seleção Brasileira ganhando ou perdendo, bem no meio da campanha
reeleitoral, o governo Dilma pode ter uma surpresa muito desagradável com o
resultado dessa “pesquisa” feita pelos norte-americanos. A confusão promete ser
impactante política e economicamente, porque um dos alvos analisados é a
BM&F Bovespa, onde os negócios se consolidam. Oficialmente, os auditores
norte-americanos tentam obter mais informações para embasar pelo menos três processos
sancionadores abertos na SEC, um outro aberto na Nyse, além de inquéritos
tocados pelo FBI – a Polícia Federal dos EUA.
Voo certo
Legados
Por
falar nisso, hoje, quando levar a Taça do Palácio do Planalto, tomara
que nenhum puxa-saco entregue a faixa presidencial ao Josef Blatter, já
que a Fifa comanda o carnaval futebolítico brasileiro, tal qual um Rei
Momo, até julho.
Dilminha detonada
A petralhada está
PT da vida com Falcão e turma do Rappa.
Sábado, em Ribeirão
Preto (SP), a 13ª edição do João Rock, considerado o maior festival de música
pop e rock do interior, registrou 40 mil pessoas xingando a Presidenta Dilma.
Desprincípios
Mudando de lado?
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 2 de Junho de 2014.
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