Figueiredo afirmou a jornalistas que resposta não se dará com 'sim' ou 'não'.
Segundo chanceler, se pedido de Snowden for formalizado, será analisado.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto
Figueiredo
Figueiredo
Ex-funcionário da agência de inteligência dos EUA, Snowden ganhou notoriedade mundial no ano passado ao revelar que Washington, por meio da NSA, espionava milhões de cidadãos estrangeiros, entre os quais chefes de Estado e dirigentes de empresas.
O material divulgado pelo norte-americano demonstrou, por exemplo, que os Estados Unidos monitoraram, entre outras autoridades, a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã Angela Merkel.
"Não é uma resposta que se dê com um 'sim' ou 'não'. Se chegar o pedido, será analisado, mas não chegou", disse Figueiredo a jornalistas nesta segunda, ao chegar no Palácio do Itamaraty.
Ao Fantástico, Snowden disse que "adoraria" morar no Brasil. "Eu adoraria morar no Brasil. De fato, eu já pedi asilo ao governo brasileiro. (...) Quando eu estava no aeroporto [de Moscou, na Rússia], mandei um pedido a vários países. O Brasil foi um deles. Foi um pedido formal", disse Snowden na entrevista.
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Questionado sobre o fato de o governo brasileiro negar que ele tenha
feito pedido de asilo, Snowden afirmou que a resposta se trata de
"novidade" para ele e que talvez algum procedimento não tenha sido
respeitado.O delator da espionagem indiscriminada das agências de inteligência norte-americanas ressaltou ainda que não irá oferecer documentos ao governo brasileiro em troca de asilo.
"Absolutamente, não [oferecer documentos ao Brasil]. Primeiro, eu não tenho documentos a oferecer. Eu nunca cooperaria com um governo em troca de asilo. Asilo deve ser dado por razões humanitárias", concluiu.
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