Neste
domingo, o Estadão publicou uma reportagem em que ouve membros do
famigerado grupo dos “Black Blocs”. Eles garantem que estão preparados
para, literalmente, botar para quebrar durante a Copa do Mundo. A
intenção deliberada, declarada, explícita, é provocar o caos nas cidades
que receberão os jogos.
Se vão ou não conseguir realizar seu intento,
não sei. Mas estão se organizando para tanto.
Mas isso
ainda é o de menos. A canalha vai mais longe. Diz esperar a colaboração
do PCC. Os delinquentes dão a entender que pode haver uma união objetiva
com o partido do crime. Um deles chegou a dizer que um black bloc preso
foi muito bem tratado na cadeia pela organização criminosa. Assustador,
não é?
O Estadão
ouviu neste domingo o ministro da Justiça, José Eduardo Cadozo, que é,
como todo mundo sabe, uma figura ilustre do petismo. Cardozo afirmou: “É
inadmissível que pessoas queiram se associar ao crime para fazer
reivindicações”. Ora, não me diga! E emendou o auxiliar da presidente
Dilma: “Não toleraremos abuso de qualquer natureza, e as pessoas que
praticarem ilícitos responderão nos termos da lei”.
Ora, de
qual lei? O governo que Cardozo representa chega à Copa do Mundo sem ter
conseguido votar uma legislação que puna com especial rigor o
vandalismo e a violência. E só não o fez por razões ideológicas. Os
petistas são contra a aprovação de um texto que puna ações de caráter
terrorista porque temem que seus amigos dos chamados “movimentos
sociais” acabem punidos — aqueles mesmos grupos aos quais Dilma
pretende, por meio de um decreto, entregar parte dos destinos da
República.
De resto,
como esquecer que um deputado estadual petista de São Paulo, Luiz Moura,
participou de uma reunião a que compareceram membros do PCC? O objetivo
era planejar novos incêndios a ônibus em São Paulo. Todo mundo sabe — e
espero que não seja surpresa para o ministro da Justiça — que o partido
do crime se infiltrou no sistema de transporte público de São Paulo e
de outras capitais do país. Há muito a questão deveria estar sendo
investigada pela Polícia Federal. E por que não está?
Em vez
disso, figuras de proa do petismo, como o secretário de Transportes da
capital, Jilmar Tatto, deputado federal licenciado, e Alexandre Padilha,
candidato do PT ao governo do Estado, prestigiam o tal Moura, que
pertence ao grupo de Tatto e recebeu Padilha com tapete vermelho numa
festança de arromba.
Cardozo
acha inadmissível a união entre black blocs e o PCC? Falar é fácil. A
questão é saber o que fizeram até agora o ministro e seu partido para
combater essa aliança insana. E a resposta, infelizmente, se traduz em
uma palavra: nada! Continuamos a rezar para que Deus tenha piedade de
nós, já que, ao governo, falta responsabilidade.
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