CBF em guerra com a Fifa: "O hexa incomoda", diz diretor jurídico
A CBF vai recorrer da decisão da Fifa de não punir o jogador colombiano Camilo Zuñiga, que tirou Neymar da Copa ao acertá-lo com uma joelhada durante a partida das quartas de final. A entidade vai apresentar ainda nesta segunda-feira um recurso ao Comitê de Apelação da Fifa. O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, já avisou que, caso não seja atendida, vai levar o caso ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça).Ainda que uma eventual punião ao atleta colombiano não tenha consequências práticas para a seleção brasileira, a CBF entende que a Fifa manda um recado ao não condená-lo pela agressão a Neymar.
- A CBF estranha a decisão do Comitê Disciplinar, e quer
saber quais os critérios que estão sendo adotados em cada caso.
Respeitamos a decisão, mas queremos entender os critérios.
A Fifa
exacerba para o Suárez [o uruguaio que mordeu um rival], a quem puniu
com nove jogos, quatro meses e multa de 100 mil francos. Ao mesmo tempo
fecha os olhos para uma reação violenta e flagrante. A Fifa ratificou,
validou, liberou a joelhada nas costas - declarou Lopes ao blog, por
telefone.
Segundo o dirigente, estão se confirmando os piores
temores da comissão técnica do Brasil - Carlos Alberto Parreira e Luiz
Felipe Scolari se queixam com frequência de perseguição por parte da
Fifa.
- Felipão estava certo. Houve uma confusão generalizada no
jogo contra o Chile, e apenas nosso assessor de imprensa foi punido
[Rodrigo Paiva foi suspenso por quatro partidas]. Agora essa absolvição
ao jogador que tirou Neymar da Copa com uma jogada violenta. Parece que a
ideia do hexa incomoda - afirmou o diretor jurídico da CBF.
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