Em junho, foram produzidas 215,9 mil unidades, queda de 33,3%.
Na comparação com maio, recuo foi de 23,3%.
Luiz
Moan (dir.), presidente da Anfavea, anuncia queda de 16,8% na produção
de veículos no primeiro semestre de 2014
Nos 6 primeiros meses deste ano, o país fabricou 1,57 milhão de unidades ante 1,88 milhão no mesmo período do ano passado.
Em junho, quando foram produzidos 215,9 mil veículos, a queda foi de 33,3% em comparação ao mesmo mês de 2013 (323,9 mil). Em relação a maio deste ano, o recuo foi de 23,3%. Assim como fez a federação dos concessionários (Fenabrave), ao divulgar na última semana a baixa nas vendas, as montadoras apontaram a Copa do Mundo como uma das razões do resultado negativo no mês passado.
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“Em junho, tivemos menos de 17 dias de produção”, afirmou Luiz Moan,
presidente da Anfavea, explicando que diversas fábricas deram férias coletivas
no mês, enquanto outras trabalharam em regime parcial. Além da Copa,
feriados em dias de semana ajudaram a diminuir o número de dias úteis no
1º semestre.Além disso, a Anfavea atribui a queda no 1º semestre à maior seletividade dos bancos para conceder crédito para compra de veículos e às restrições de exportações para a Argentina.
Revisão nos números
O fraco desempenho do setor automotivo no semestre levou a Anfavea a rever, para baixo, as suas previsões para o ano. Agora, a associação projeta queda de 10% na produção de veículos em 2014, para um total de 3,34 milhões de unidades. Em relação às vendas, a expectativa é de queda de 5,4% no número de veículos licenciados.
A previsão anterior, divulgada em janeiro, era de alta de 1,4% na produção no ano de 2014 e de aumento de 1,1% nas vendas de veículos, na comparação com 2013.
Também é esperado, de 29,1%, no volume de exportações ante 2013. Considerando os valores, a baixa deve ser de 15,7%. “Não é um bom número para o ano, mas temos todas as indicações que teremos um 2º semestre melhor do que o 1º semestre”, destacou Moan.
Manutenção do IPI reduzido ajuda nas vendas
Para o 2º semestre, a associação prevê alta de 13,2% na produção e avanço de 14,3% nas vendas. "Serão 127 dias úteis contra 119 no primeiro semestre. Ou seja, em dias de venda teremos 7% de potencial de melhoria", afirmou o executivo.
Entre os fatores para o maior otimismo para o período estão a melhora da confiança do consumidor, a renovação do acordo automotivo com a Argentina, o maior número de dias úteis e a manutenção das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o final do ano.
“Se o aumento de IPI tivesse ocorrido (agora em julho, como previsto pelo governo) teríamos uma queda de quase 11,5% nas nossas vendas no 2º semestre”, estimou Moan.
Segundo ele, sem o adiamento da alta do IPI, a queda nos licenciamentos poderia chegar a 10% no ano, em vez do recuo de 5,4% esperado agora.
Exportações caem 35% no semestre
As exportações também sofreram retração no 1º semestre. Foram 169.457 unidades exportadas contra 262.340 veículos no mesmo mês do ano passado, uma queda 35,4%. Em relação a junho, a queda foi de 51,1%, com 24.199 unidades enviadas para fora.
Em valores, as exportações de veículos, máquinas agrícolas e rodoviárias recuaram 23,1% no semestre, somando US$ 6 bilhões, ante US$ 7,8 bilhões no 1º semestre de 2013. Em junho, as vendas externas somaram US$ 854,8 milhões – uma queda de 39,4% na comparação com o US$ 1,41 bilhão de junho de 2013.
Estoque cai, mas número de dias aumenta
A baixa produção em junho fez baixar o estoque das montadoras para 395,4 mil unidades (em maio, eram 399,9 mil). Levando-se em consideração o ritmo de vendas de junho, o número de veículos nos pátios das montadoras representam agora 45 dias de produção, ante 41 dias no final de maio.
Licenciamentos
O número de veículos licenciados no semestre foi 7,6% menor do que o total do 1º semestre de 2013. De janeiro a junho, foram emplacadas 1,66 milhão de unidades, confirmando os números divulgados pela Fenabrave na semana passada.
Somente em junho, as vendas de carros, caminhões e ônibus caíram 17,3% em relação a um ano antes, com um total de 263,6 mil unidades comercializadas.
Emprego
Segundo a Anfavea, o nível de emprego no setor diminuiu 3,1% em junho, reunindo 151.546 trabalhadores, ante 156.471 em junho 2013. Na comparação com maio, o recuou foi de 0,5% (152.317 trabalhadores).
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