segunda-feira, 7 de julho de 2014

O apogeu do politicamente correto: a verdadeira ameaça aos Estados Unidos vem de dentro!




Por João Luiz Mauad, publicado no Instituto Liberal


Os esquerdistas em geral e os americanófobos em particular vivem dizendo que a maior ameaça à hegemonia do império americano é a China, com seus bilhões de habitantes e uma economia que, em pouco tempo, ultrapassará a do Tio Sam.  Bobagem.  O crescimento chinês nem de longe ameaça o poderio americano.  Ao contrário, quem entende um pouquinho de economia sabe que quanto mais rica e pujante for a economia chinesa, mais os americanos têm a lucrar.

A maior ameaça à hegemonia norte americana é um vírus que vem corroendo as suas entranhas, uma doença auto-imune que há anos vem prejudicando o organismo social daquela nação: a elevação do politicamente correto a política de Estado.  Duvida, caro leitor? Então, preste atenção nisso:

O governo dos Estados Unidos está processando uma empresa privada por discriminação contra trabalhadores latino-americanos e asiáticos, porque eles não falam inglês no trabalho. Trata-se de uma empresa de Green Bay, Wisconsin, fabricante plásticos, que demitiu trabalhadores latino-americanos e asiáticos por não saberem expressar-se em … inglês. É que Obrigar funcionários a falar Inglês – nos EUA! – viola Título VII do Ato dos Direitos Civis de 1964, pelo menos para os xiitas da Administração Obama.

Segundo consta, a dita Lei protege os funcionários contra discriminação com base na origem nacional, o que inclui as características linguísticas. Portanto, os estrangeiros têm o direito de só falar apenas sua língua nativa, mesmo durante as horas de trabalho em uma empresa americana, funcionando em solo americano, ainda que ninguém mais os entenda.  


De acordo com um procurador federal, “Quando falar fluentemente Inglês não é, de fato, necessário para o desempenho seguro e eficaz de um trabalho, nem para o bom funcionamento do negócio do empregador, exigir que os funcionários sejam fluentes em inglês constitui geralmente uma discriminação e, consequentemente, viola a lei federal.” (Não sei se notaram, mas tal raciocínio implica que quem decide o que bom ou ruim para o funcionamento dos negócios não são seus administradores, mas o governo.)

Não por acaso, sob a presidência de Obama, a EEOC (Comissão de Igualdade de Oportunidades e Emprego) tem tomado uma série de medidas sem precedentes contra diversas empresas, sob a alegação de proteger os trabalhadores estrangeiros no local de trabalho.

Tudo começou em 2009, quando a agência emitiu uma ordem tornando ilegal a imposição do idioma inglês no local de trabalho.  Desde então, a agência tem agido como um rolo compressor, tomando medidas legais contra empresas em todo o país, acusando-as de tudo, desde discriminação contra as minorias por verificação de antecedentes criminais até levantamentos de crédito, passando pela obrigação de permitir o uso de trajes muçulmanos no local de trabalho.

De acordo com processos judiciais abertos pela EEOC contra várias empresas, as investigações de antecedentes criminais e verificações de crédito  “desproporcionalmente excluem os negros na admissão de emprego”. Já as empresas que proíbem mulheres muçulmanas de usar o hijab no trabalho “violam direitos religiosos garantidos sob as leis de direitos civis”, ainda que as coberturas de cabeça sejam proibidas para todos os funcionários, afirma a EEOC. 

No ano passado, por exemplo, um juiz federal nomeado por Obama deu à EEOC uma grande vitória, determinando que os direitos civis de uma mulher muçulmana teriam sido violados por um varejista de roupas que não lhe permitia usar o lenço de cabeça, conforme exigido por sua religião.

E ainda tem gente preocupada com os chineses…

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