sexta-feira, 11 de julho de 2014

Três volantes? Agora, Felipão?

Estadão

Almir Leite

sexta-feira 11/07/14

Enquanto Alemanha (minha favorita) e Argentina se preparam para o que realmente interessa, a disputa do título, o  Brasil tenta juntar com cacos para a melancólica decisão do terceiro lugar contra a Holanda. Disputa que, para mim,  nem deveria ocorrer, tal a inutilidade e a desmotivação dos envolvidos no jogo, todos ainda tentando curar a [...]

Enquanto Alemanha (minha favorita) e Argentina se preparam para o que realmente interessa, a disputa do título, o  Brasil tenta juntar com cacos para a melancólica decisão do terceiro lugar contra a Holanda.

Disputa que, para mim,  nem deveria ocorrer, tal a inutilidade e a desmotivação dos envolvidos no jogo, todos ainda tentando curar a ferida representada pela perda da chance de brigar pela taça.

Ganhar a disputa do terceiro lugar não alivia em nada a situação (se fosse uma Costa Rica ainda vá lá). Perder só serve para aumentar as críticas.

Mesmo porque há quem dê margem para elas.

Caso de Felipão.

Depois de cometer um dos maiores equívocos táticos do século no jogo com a Alemanha, ele agora acena em escalar a seleção com três volantes contra a Holanda – Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires – para povoar o meio de campo.

Agora que não precisa mais?

Ele devia ter feito isso contra a Alemanha.

Até um técnico iniciante faria isso.

Não o fez, mas sinaliza que o fará agora.

Talvez não queria cometer o mesmo erro pela segunda vez e a Holanda realmente é um time que merece ser respeitado – ainda mais quando todos os titulares jogam, o que não parece ser o caso.

Mas agora que não vale nada é que ele poderia arriscar.

Se optar realmente por três volantes, é bem capaz que Felipão diga que está atendendo ao desejo dos críticos.

Errará de novo.

Ele não tem de agir para agradar os críticos. Tem de pensar no que é melhor para a seleção.

Mas, de preferência, na hora certa.

Depois, Inês é morta.

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