O corpo do defunto ainda nem esfriou e já estão discutindo quem vai
ficar a herança. É mais ou menos isso que ocorre hoje no Brasil após a
derrota da seleção contra a Alemanha. Ainda tentamos digerir a
humilhação de perder de 7 a 1 numa semifinal de Copa, em casa, mas
investidores e políticos se movimentam para tentar ganhar dinheiro e
votos. A rapidez da reação assusta, mas é do jogo.
A bolsa de valores subiu 1,8% nesta quinta-feira (10) apoiada na especulação de que o vexame nos gramados vai piorar o clima de pessimismo no país e prejudicar as chances de a presidente Dilma Rousseff se reeleger. Para os investidores, se Dilma perder a eleição, isso vai significar menos intervencionismo na economia e maior perspectiva de lucro para as estatais.
Os "urubus" do mercado financeiro já tinham até deixado de "secar" a seleção, porque o evento é um sucesso e o Brasil estava nas semifinal. Mas, como disse a presidente, ninguém em seu pior pesadelo previa que tomaríamos quatro gols em seis minutos.
Os políticos também já fazem as contas se vão poder ou não "lucrar" com a situação. A tendência seria o candidato da oposição, Aécio Neves, se beneficiar com a sensação de mal-estar provocada pela derrota, que leva a população a pensar que o país precisa de uma mudança.
Mas não é tarefa fácil se aproveitar de uma "tragédia". Os marqueteiros terão que acetar a mão ou correm o risco do tiro sair pela culatra. O senador disse ontem que o governo "pagará o preço", porque "tentou se apropriar politicamente da Copa".
Dilma vinha colhendo os frutos da boa organização da Copa e do otimismo que tomava conta da população. Chegou subir quatro pontos nas pesquisas. A humilhação em campo pode inverter o jogo. Também ontem ela tentava fazer do limão uma limonada e pregava a "renovação do futebol", que "precisa parar de exportar seus atletas".
A minha torcida é que essa derrota fique restrita aos campos e não contamine a disputa eleitoral. Apesar da mítica em torno do futebol, o resultado das Copas não costuma influenciar nas eleições, que são pautadas pela economia e pelo bem-estar da população.
E, com uma previsão de crescimento de apenas 1% do PIB este ano, temos muito o que discutir.
A bolsa de valores subiu 1,8% nesta quinta-feira (10) apoiada na especulação de que o vexame nos gramados vai piorar o clima de pessimismo no país e prejudicar as chances de a presidente Dilma Rousseff se reeleger. Para os investidores, se Dilma perder a eleição, isso vai significar menos intervencionismo na economia e maior perspectiva de lucro para as estatais.
Os "urubus" do mercado financeiro já tinham até deixado de "secar" a seleção, porque o evento é um sucesso e o Brasil estava nas semifinal. Mas, como disse a presidente, ninguém em seu pior pesadelo previa que tomaríamos quatro gols em seis minutos.
Os políticos também já fazem as contas se vão poder ou não "lucrar" com a situação. A tendência seria o candidato da oposição, Aécio Neves, se beneficiar com a sensação de mal-estar provocada pela derrota, que leva a população a pensar que o país precisa de uma mudança.
Mas não é tarefa fácil se aproveitar de uma "tragédia". Os marqueteiros terão que acetar a mão ou correm o risco do tiro sair pela culatra. O senador disse ontem que o governo "pagará o preço", porque "tentou se apropriar politicamente da Copa".
Dilma vinha colhendo os frutos da boa organização da Copa e do otimismo que tomava conta da população. Chegou subir quatro pontos nas pesquisas. A humilhação em campo pode inverter o jogo. Também ontem ela tentava fazer do limão uma limonada e pregava a "renovação do futebol", que "precisa parar de exportar seus atletas".
A minha torcida é que essa derrota fique restrita aos campos e não contamine a disputa eleitoral. Apesar da mítica em torno do futebol, o resultado das Copas não costuma influenciar nas eleições, que são pautadas pela economia e pelo bem-estar da população.
E, com uma previsão de crescimento de apenas 1% do PIB este ano, temos muito o que discutir.
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