Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O espectro da
fraude eleitoral ronda as moderníssimas eleições brasileiras. A frase de
defeito seria perfeita para Carlinhos Petralha e Frederico Banqueiro iniciarem
a redação do Manifesto Capimunista - uma obra sobre o sistema político e
econômico tupiniquim. O Brasil se autodesmoraliza com a incontestável
insegurança de um processo eletrônico de votação sem chances de auditoria
externa ou recontagem física dos votos que reelege representantes do crime
organizado a cada dois anos.
O incompleto modelo
eletrônico de votação, sem possibilidade de auditoria impressa do voto, é a
única coisa que pode garantir 101% de chances a favor da reeleição da
Presidenta Dilma Rousseff. Além disso ou combinada com isso, a
velha compra de votos nos currais eleitorais nos grotões urbanos e nas pequenas
cidades do norte-nordeste. A onda de pesquisas com resultados cientificamente inconfiáveis
respalda, psicossocialmente, o número final que o sistema proclamar na votação.
Em várias
“comunidades” do Rio de Janeiro, principalmente no Complexo da Maré e na
Baixada Fluminense, existem vários cidadãos com dois títulos de eleitores. Eles
recebem dinheiro em troca do voto. Este mecanismo eleitoral do crime organizado
foi denunciado, oficialmente, pela inteligência do Exército à Presidenta Dilma
Rousseff – candidata à reeleição. Generais revoltados com tal escândalo já
falam em “risco de ruptura institucional”, dependendo do resultado. Eis a verdadeira
Zona Eleitoral que o Alerta Total denunciou na edição de 27 de agosto.
Só a identificação
biométrica, individualizada, do eleitor, cruzando dados do número do cadastro
do eleitor, da carteira de identidade e do CPF, poderia evitar tal duplicidade
de títulos ou a chance de alguém votar no lugar de alguém que já morreu – mas
continua eleitoralmente ativo. Mas o Tribunal Superior Eleitoral não agiu com a
necessária velocidade para fazer o recadastramento geral dos eleitores. Mais
grave ainda: a oposição sequer cobrou tal celeridade que deveria ser
prioritária e urgente para impedir a fraude eleitoral na hora da votação. A
urna só é liberada para o voto se reconhecer as digitais do eleitor.
A meta do TSE era contar, neste ano, com 22 milhões de eleitores identificados pela impressão digital. Em julho, chegou a um total de 23.851.673 aptos a votar com biometria. O eleitorado brasileiro total habilitado a votar este ano é de 142.822.046 eleitores – conforme as estatísticas eleitorais de 2014 do TSE. Este é o número de “apostadores” no verdadeiro Cassino Eleitoral do Al Capone. Você sabe em quem vota. Mas é o sistema quem sabe quem se elege.
A meta do TSE era contar, neste ano, com 22 milhões de eleitores identificados pela impressão digital. Em julho, chegou a um total de 23.851.673 aptos a votar com biometria. O eleitorado brasileiro total habilitado a votar este ano é de 142.822.046 eleitores – conforme as estatísticas eleitorais de 2014 do TSE. Este é o número de “apostadores” no verdadeiro Cassino Eleitoral do Al Capone. Você sabe em quem vota. Mas é o sistema quem sabe quem se elege.
Fantasma da Fraude
Dois motivos
colocam nosso modelo eleitoral brasileiro na vanguarda do atraso democrático.
Primeiro, o absurdo voto obrigatório – negação da liberdade individual. Uma
massa de ignorantes, manipulável por pressão política, econômica ou pelo
desconhecimento sobre o mundo real, é compulsoriamente obrigada a dar uma dedada
mágica na urna eletrônica. O ato de pseudocidadania garante emprego bem
remunerado aos políticos, por quatro anos (no caso de vereadores, deputados,
prefeitos, governadores e o presidente da república) ou oito anos (no caso dos
senadores).
O segundo motivo é
o sistema eletrônico de votação com resultado final incontestável. Pior que
isto é o rótulo dogmático de “100% seguro” imposto pela Justiça Eleitoral. É
muito inocência acreditar, piamente, nesta infalibilidade ou confiabilidade
total do sistema.
Principalmente no País do Mensalão, onde as instituições republicanas funcionam conforme os piores vícios corruptos de uma monarquia absolutista. O governo do crime organizado transforma nossas eleições em um passeio cívico pelo cassino do Al Capone.
Principalmente no País do Mensalão, onde as instituições republicanas funcionam conforme os piores vícios corruptos de uma monarquia absolutista. O governo do crime organizado transforma nossas eleições em um passeio cívico pelo cassino do Al Capone.
Só um político de
expressão – justiça histórica lhe seja feita – criticava tal processo. O
falecido Leonel de Moura Brizola denunciava uma armação perfeita. Pesquisas de
opinião, com resultados duvidosos, indicando a vitória de quem lhe financiasse,
ajudavam a abrir caminho para a fraude. Tanto induzindo o eleitor mais
ignorante a “votar com o vencedor”. Quanto preparando o terreno psicossocial
para a manipulação final do resultado eleitoral. O resultado da pesquisa
casaria direitinho com o da votação – o que impediria a contestação do número
final.
Esforços hercúleos
de defensores da transparência e segurança total do processo eleitoral
conseguiram emplacar a chance legal de o voto ser recontado parcialmente. O
artigo 5º da Lei 12.034, de setembro de 2009, previa a exigência de impressão
dos votos, para posterior conferência, por amostragem, de 2% das urnas de todas
as zonas eleitorais. Uma auditoria independente contaria os votos em papel,
Assim seria feita uma comparação entre os resultados e os boletins das urnas.
Esse modelo já não
seria o ideal. Melhor seria uma auditoria total. O resultado eletrônico pode e
deve ser ágil, como é. Mas a posterior conferência poderia acontecer sem tanta
pressa.
O resultado final só seria homologado, com proclamação definitiva do vencedor, após a conferência pública e independente. O resultado da urna eletrônica teria de coincidir com o do papel. A recontagem valeria para esta eleição de 2014...
O resultado final só seria homologado, com proclamação definitiva do vencedor, após a conferência pública e independente. O resultado da urna eletrônica teria de coincidir com o do papel. A recontagem valeria para esta eleição de 2014...
O sistema previsto
era simples. Após a confirmação do voto, a urna imprimiria o voto. O papel
seria depositado automaticamente em um recipiente lacrado. Por que o eleitor
não poderia fazer isto, confirmando se o voto foi corretamente atribuído pela
maquininha de votação? Tudo bem, não quiseram assim... Afinal, o eleitor é inconfiável...
A informática, não?
Agora, o mais grave
e triste. Integrantes do movimento do Voto Seguro – liderado pelo engenheiro
Amilcar Brunazo Filho - sempre denunciaram a insegurança do nosso sistema
de votação, apuração e fiscalização. No entanto, foi a própria Justiça
Eleitoral quem sempre criou obstáculos para que o sistema tenha transparência.
No dia 6 de novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal – presidido
pelo super Joaquim Barbosa - ajudou a sepultar de vez a possibilidade de conferência
do voto, por impressão e posterior recontagem por amostragem de urnas.
Em 2011, a
Procuradoria Geral da República questionou o modelo. Alegou-se que a impressão
do voto geraria um número de identificação associado á assinatura do eleitor.
Tal processo comprometeria o princípio constitucional do segredo do voto. O
STF, imediatamente, concedeu uma decisão liminar, suspendendo o pedido.
Dois anos depois,
neste final de 2013, em plenos festejos pós condenação dos mensaleiros, os
ministros do STF decidiram que o voto impresso seria desnecessário, porque a
justiça eleitoral já faz auditorias a cada eleição e fica à disposição para
fazer recontagens, se isto for requisitado. Curiosamente, nenhum partido
político brasileiro, até hoje, pediu a tal recontagem...
Nosso sistema de
votação tem falhas. Amilcar Brunazo Filho já denunciou: “Conhecendo todos os
procedimentos usados, por força de minha função como representante técnico de
partidos junto ao TSE, sei como agentes dos cartórios eleitorais desonestos
podem proceder para conseguir a troca de BUs (Boletins de Urnas) usando as
próprias urnas para emitirem, com antecedência, BUs falsos, porém aceitos pelo
sistema, burlando todos os recursos de criptografia, assinaturas, tabelas, etc.
Descrevo os passos desta fraude nos cursos de fiscalização que dou para poder
ensinar como se defender. E a única defesa eficaz contra esta fraude de troca
de BUs é justamente a coleta de cópias impressas dos Bus, assim que são
emitidos nas seções eleitorais”.
País com o antidemocrático
voto obrigatório, pesquisas de opinião eleitoral manipuladas e insegurança no
processo de votação é capaz de produzir qualquer escatologia política. A
dogmática confiança na veracidade absoluta do resultado da votação é o mais
doloroso calcanhar de Aquiles do subdesenvolvido regime político tupiniquim.
Já passou da hora
de os segmentos esclarecidos da sociedade engrossarem a campanha pelo voto
seguro. Repito: só o fantasma da fraude eleitoral pode garantir a vitória
petralha em 2014. Corremos tal risco concreto no domingo que vem.
Urna
fraudável
Interessante material
reunido sobre o inseguro sistema eleitoral brasileiro
Picaretagem
eleitoreira impune
Olha a tornozeleira
do Paulinho...
Paulo Roberto
Costa, ilustre delator premiado, já curte a benesse da “prisão domiciliar”, no
Rio de Janeiro, vestindo a nada elegante tornozeleira eletrônica.
Quando será, agora,
que o Judiciário vai agir com a devida rapidez para também incriminar os 12
senadores, 49 deputados e, no mínimo, três governadores, delatados pelo “Paulinho”
(como Luiz Inácio da Silva costumava chamar, carinhosamente, o ex-diretor de
abastecimento da Petrobras)?
A velocidade
concreta da resposta revelará se a Lava Jato vai punir para valer ou se, como
de costume, só vai “punir” alguns bodes expiatórios...
Rejeitado
Militares
comemoraram ontem o fato de a Justiça Federal em São Paulo ter rejeitado a
denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o coronel da
reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, na qual ele foi apontado como
responsável pela morte do jornalista e militante político Luiz Eduardo da Rocha
Merlino, em 1971.
O juiz
substituto Rubem David Müzel ressaltou que qualquer possibilidade de punição do
militar foi extinta em decorrência da Lei da Anistia de 1979.
Agora,
os militares querem que o governo federal explique por que investiu US$ 700 mil
na tradução de jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, na
insistente tentativa de revogar a Lei de Anistia...
Mercado
nervoso
Efeito bumerangue?
Sempre
com a ajuda da Águia norte-americana, a Polícia do México prendeu ontem um dos
seus maiores barões do narcotráfico.
O
famoso “El H” – procurado por recompensas de até US$ 5 milhões...
Será
que mega-prisões como a de Hector Beltran Leyva, de 49 anos, também podem
acontecer no Brasil, em breve?
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