A polícia aponta como autor dos crimes Washington dos Santos Pereira, o Galeguinho, que tem 23 anos e uma grande lista de passagens pela polícia.
Os tiros no rosto que mataram duas pessoas no Paranoá evidenciavam o modo de trabalho de um suposto traficante conhecido
na região.
A polícia aponta como autor dos crimes Washington dos Santos Pereira, o Galeguinho, que tem 23 anos e uma grande lista de passagens pela polícia. Solto após cumprir pena por tráfico, ele é suspeito de fazer parte de uma das facções que disputam o território.
Outros quatro assassinatos ainda são investigados. “Conseguimos identificar as duas facções e iniciou-se um processo de investigação por conta de homicídios do mês passado.
Em uma semana, foram seis”, diz o delegado Laércio Rosseto, da 6ª DP (Paranoá).
As mortes, com caráter de execução, foram, para a polícia, motivadas pela guerra do tráfico. Apesar de Galeguinho não ser o chefe de nenhuma das organizações criminosas, o delegado acredita que o indiciamento dele significa um marco: “É a ponta do iceberg para a gente poder chegar aos outros dois de seu grupo”.
Para Rosseto, a disputa pelo tráfico “fomenta outros crimes, como roubo e furto, para que os usuários consigam manter o vício. Existe uma cadeia. Todas as mortes estão ligadas ao tráfico e até as vítimas têm passagens. Seria o mundo do crime em guerra entre si”.
O delegado ressalta que existe parceria com a PM, mas a mobilização deve ser maior. “Estou fazendo a solicitação formal aos meus superiores para que a gente possa implementar ações com o Grupo de Operações Especiais e intensificá-las de forma a prevenir e a reprimir essa onda de homicídio”, esclareceu. A intenção é promover ações específicas para a noite violenta do Paranoá em forma de choque de ordem.
Vítima tentou fugir, mas foi assassinada
Fábio Neves da Silva, 27, e Rafael Rodrigues Macedo, 22, foram as vítimas dos homicídios no início de outubro. Ambos tinham passagem pela polícia e eram conhecidos do suspeito. Fábio cumpria pena em regime domiciliar por um homicídio e quatro roubos. Ele levou um tiro no rosto e outro de raspão no peito.
A segunda vítima levou três tiros, todos no rosto. Ele tinha passagens por estelionato e porte de arma e já havia morado fora do Paranoá na tentativa de fugir. “Ele queria sair do tráfico, mas o suspeito e a facção não deixavam”, esclarece o delegado Laércio Rosseto. “O modo com que os tiros foram disparados mostra a tentativa de impor medo, tanto que a população já estava se sentindo intimidada”, completa.
Rosseto lembra que os envolvidos conseguiram progressão de regime, resultando no “retrabalho” da polícia. Mas, desta vez, as provas seriam robustas o suficiente para oferecer condições para a denúncia e julgamento. Rosseto diz não desistir: “Vamos continuar fazendo uma investigação forte e com provas e, como não são primários, dessa vez a pena será muito mais pesada”. Agora, pelos dois homicídios, Galeguinho pode pegar até 60 anos de prisão.
Saiba mais
Uma das grandes dificuldades apontadas pelo delegado é o medo de testemunhar. Caso a população do Paranoá e Itapoã tenha informações que possam contribuir para as investigações, basta ligar para o 197. As denúncias são sigilosas.
Não houve busca e apreensão na casa do suspeito, que mora com a mãe. As investigações indicam que as drogas e armas ficam escondidas em outro lugar.
A polícia suspeita que pelo menos seis pessoas participem das duas quadrilhas. Dois da facção rival à de Galeguinho estão presos na Papuda. Fábio Roberto Santos Machado, 34, e Jucélio de Nascimento Pereira, 37, ficarão seis anos e sete anos atrás das grades, respectivamente.
A polícia aponta como autor dos crimes Washington dos Santos Pereira, o Galeguinho, que tem 23 anos e uma grande lista de passagens pela polícia. Solto após cumprir pena por tráfico, ele é suspeito de fazer parte de uma das facções que disputam o território.
Outros quatro assassinatos ainda são investigados. “Conseguimos identificar as duas facções e iniciou-se um processo de investigação por conta de homicídios do mês passado.
Em uma semana, foram seis”, diz o delegado Laércio Rosseto, da 6ª DP (Paranoá).
As mortes, com caráter de execução, foram, para a polícia, motivadas pela guerra do tráfico. Apesar de Galeguinho não ser o chefe de nenhuma das organizações criminosas, o delegado acredita que o indiciamento dele significa um marco: “É a ponta do iceberg para a gente poder chegar aos outros dois de seu grupo”.
Para Rosseto, a disputa pelo tráfico “fomenta outros crimes, como roubo e furto, para que os usuários consigam manter o vício. Existe uma cadeia. Todas as mortes estão ligadas ao tráfico e até as vítimas têm passagens. Seria o mundo do crime em guerra entre si”.
O delegado ressalta que existe parceria com a PM, mas a mobilização deve ser maior. “Estou fazendo a solicitação formal aos meus superiores para que a gente possa implementar ações com o Grupo de Operações Especiais e intensificá-las de forma a prevenir e a reprimir essa onda de homicídio”, esclareceu. A intenção é promover ações específicas para a noite violenta do Paranoá em forma de choque de ordem.
Vítima tentou fugir, mas foi assassinada
Fábio Neves da Silva, 27, e Rafael Rodrigues Macedo, 22, foram as vítimas dos homicídios no início de outubro. Ambos tinham passagem pela polícia e eram conhecidos do suspeito. Fábio cumpria pena em regime domiciliar por um homicídio e quatro roubos. Ele levou um tiro no rosto e outro de raspão no peito.
A segunda vítima levou três tiros, todos no rosto. Ele tinha passagens por estelionato e porte de arma e já havia morado fora do Paranoá na tentativa de fugir. “Ele queria sair do tráfico, mas o suspeito e a facção não deixavam”, esclarece o delegado Laércio Rosseto. “O modo com que os tiros foram disparados mostra a tentativa de impor medo, tanto que a população já estava se sentindo intimidada”, completa.
Rosseto lembra que os envolvidos conseguiram progressão de regime, resultando no “retrabalho” da polícia. Mas, desta vez, as provas seriam robustas o suficiente para oferecer condições para a denúncia e julgamento. Rosseto diz não desistir: “Vamos continuar fazendo uma investigação forte e com provas e, como não são primários, dessa vez a pena será muito mais pesada”. Agora, pelos dois homicídios, Galeguinho pode pegar até 60 anos de prisão.
Saiba mais
Uma das grandes dificuldades apontadas pelo delegado é o medo de testemunhar. Caso a população do Paranoá e Itapoã tenha informações que possam contribuir para as investigações, basta ligar para o 197. As denúncias são sigilosas.
Não houve busca e apreensão na casa do suspeito, que mora com a mãe. As investigações indicam que as drogas e armas ficam escondidas em outro lugar.
A polícia suspeita que pelo menos seis pessoas participem das duas quadrilhas. Dois da facção rival à de Galeguinho estão presos na Papuda. Fábio Roberto Santos Machado, 34, e Jucélio de Nascimento Pereira, 37, ficarão seis anos e sete anos atrás das grades, respectivamente.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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