terça-feira, 11 de novembro de 2014
Investigação nos EUA identifica que turma do Petrolão usa investimentos em hotéis para lavar grana a jato
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Investigadores do Departamento de Justiça dos EUA, a
partir de informações obtidas nos processos da Operação lava Jato, já
identificaram o centro bilionário de lavagem de dinheiro de corruptos políticos
do Brasil. Incentivos fiscais do estado de Nevada foram usados por centenas de
empresas abertas em nome de brasileiros para investir a grana obtida em negociatas
com o setor público. A maior parte das operações do doleiro Alberto Youssef se
direcionava para aquele estado norte-americano famoso pelos impostos
baixíssimos.
Investigadores já descobriram que o principal sistema para
lavagem de dinheiro era uma espécie de investimento em participações acionárias
de hotéis. O esquema mafioso-contábil superfatura as tarifas, cobrando pelo
teto de hospedagem, sem que tenha ocorrido ocupação de quartos. As notas
fiscais são emitidas, recolhendo-se e os mínimos impostos cobrados em Nevada.
Os resultados financeiros tornavam legalizado o dinheiro de brasileiros que
doleiros "transportavam".
No submundo do Congresso Nacional, em Brasília, já se
comentava ontem que os peritos norte-americanos já identificaram centenas de
políticos com negócios apenas em Nevada. Eles foram descobertos pelo complicado
cruzamento de dados de parentescos. A maioria das empresas é registrada em nome
de laranjas. Os mais idiotas usaram parentes. Os mais espertos usaram
"amigos" com maior dificuldade de rastreamento, mas que foram identificados
por uma coincidência fatal. Todos usaram o doleiro Youssef como "Banco
Central".
A novidade é que as falcatruas agora mapeadas já tinham
sido usadas no velho escândalo do Mensalão - que agora é exemplo de impunidade.
O maior prejudicado foi Joaquim Barbosa, pressionado a se aposentar, pelo rigor
excessivo com que agiu no julgamento da Ação Penal 470. A maioria dos
condenados já está tecnicamente solta, cumprindo regime de "prisão
domiciliar", excetuando-se Marcos Valério Fernandes de Souza - que, uma
hora, pode ficar pt da vida e partir para alguma delação premiada. Por
enquanto, Valério mantém o silêncio obsequioso na cadeia, para alívio de muitos
grandes investidores no ramo de hotelaria...
O pavor agora é com o Petrolão. O manjado esquema pode vir
à tona por pressão de investidores norte-americanos injuriados com os prejuízos
que tiveram na Petrobras, por causa das negociatas identificadas na Operação
Lava Jato. Agora, a coisa pode ficar séria para os corruptos brasileiros porque
o Departamento de Justiça dos EUA resolveu levar o caso aos tribunais. Uma ação
criminal corre em sigilo judicial para apurar se a Petrobras ou seus
funcionários, intermediários ou prestadores de serviço violaram o Foreign
Corrupt Practices Act, uma lei contra a corrupção que torna ilegal subornar
funcionários estrangeiros para ganhar ou manter negócios.
Outra ação civil é movida pela Securities and Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado de capitais), já que a Petrobras tem recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York.
Outra ação civil é movida pela Securities and Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado de capitais), já que a Petrobras tem recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York.
A coisa ficará mais preta que petróleo porque, como o
Alerta Total antecipou, pelo menos três magistrados da Corte de Nova York já
estariam dispostos a agir com total rigor contra diretores e ex-dirigentes da
Petrobras, incluindo a ex-presidente do Conselho de Administração Dilma Rousseff,
assim que chegarem aos tribunais os processos civis e criminais que apuram
lesões contra investidores norte-americanos geradas por práticas de corrupção
ou suborno.
O Brasil corre o sério risco de ter sua
"Presidenta" processada nos EUA, com chance de ser condenada, no
mínimo, a pagar multas milionárias. Nos States, o "Big Petroleum"
(vulgo Petrolão) corre em sigilo judicial. Moralmente, o segundo mandato já
termina sem sequer começar...
Maçom Andrezinho no limite
Custo da violência
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será
lançado na próxima terça-feira, mostrará que o problema da violência custa para
o Brasil o equivalente a 5,4% do Produto Interno Produto (PIB).
No ano de 2013, o montante desperdiçado atingiu R$ 258
bilhões.
A maior parte deste valor, R$ 114 bilhões, é resultado
justamente da perda de capital humano - no País em que 56 mil pessoas morrem
anualmente de forma violenta.
Custo Social da Violência
Além dos R$ 114 bilhões gerados pela perda de capital humano, entram na conta dos custos da violência R$ 39 milhões de gastos com contratação de serviços de segurança privada, R$ 36 bilhões com seguros contra roubos e furtos e R$ 3 bilhões com o sistema público de saúde.
Além dos R$ 114 bilhões gerados pela perda de capital humano, entram na conta dos custos da violência R$ 39 milhões de gastos com contratação de serviços de segurança privada, R$ 36 bilhões com seguros contra roubos e furtos e R$ 3 bilhões com o sistema público de saúde.
A soma destas despesas, que chegou a R$ 192 bilhões em
2013, ou 3,97% do PIB, é classificada no estudo como “custo social da
violência”.
O valor pode ser ainda maior, porque os gastos com pessoas
que ficam inválidas em razão da violência, por exemplo, não entraram no
cálculo.
Outros números
Completam os custos da violência no país os R$ 4,9 bilhões para manter as prisões e unidades de cumprimento de medidas socioeducativas.
Completam os custos da violência no país os R$ 4,9 bilhões para manter as prisões e unidades de cumprimento de medidas socioeducativas.
Também são contabilizados os investimentos governamentais
de R$ 61,1 bilhões em segurança pública.
Na avaliação dos responsáveis pela elaboração do anuário,
o último número é uma prova de que o problema da área não é falta de recursos,
e sim seu mau uso.
Comparações assustadoras
Em 2013, o investimento público em segurança cresceu 8,65% (patamar superior ao aumento da inflação e ao crescimento da economia) em relação ao ano anterior.
O gasto dos governos federal, estaduais e municipais com o setor no ano passado representou 1,26% do PIB.
Os Estados Unidos gastam 1% e a União Europeia, 1,3%.
Mas, enquanto o Brasil teve 24,8 homicídios por grupo de 100 mil habitantes no ano passado, os Estados Unidos registram uma taxa de 4,7 e a União Europeia, de 1,1.
Camadas da Violência
O BRICS Policy Center convida para o Colóquio "Camadas de
violência: Um estudo comparativo de policiamento entre Rio de Janeiro e
Recife".
A palestrante será Marta-Laura Suska, pesquisadora da
Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA.
O evento acontece na biblioteca do BPC (Rua Dona Mariana, 63 - Botafogo - Rio de
Janeiro), dia 18 de
novembro, às 16hs.
Vingança na vaga
Tomando pezão da Dilma
Rompido
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