Jorge Oliveira
Publicado: 23 de março de 2014 às 12:41
Brasília – Lula mandou a Dilma calar a boca. Não quer
mais ouvi-la falando bobagens sobre o seu governo. Em um mês, a
presidente irritou seu antecessor que esbravejou com impropérios contra
as tolices que, segundo ele, ecoam lá do Palácio do Planalto.
A primeira delas ocorreu quando Dilma recebeu o governador do Rio, Sergio Cabral, para se solidarizar com a eleição do Pezão.
Disse aos bons ouvidos de Cabral que a “candidatura de Lindberg era uma invenção do Lula”. A declaração foi um tiro nos peitos do ex-presidente que se considera um gênio da política, portanto, imune às críticas e à repreensão de quem ele considera amadora para assuntos políticos.
Agora, Dilma extrapolou, na opinião de auxiliares de Lula. Pressionada pelas revelações de uma matéria no Estado de S. Paulo sobre a refinaria de Pasadena, no Texas, a presidente jogou no colo do Lula a responsabilidade pela compra do ferro velho belga que lesou os cofres da Petrobrás em mais de 1 bilhão de dólares.
E ela sabe o que diz porque assinou embaixo a negociata como então presidente do Conselho da empresa e Ministra-Chefe da Casa Civil. Ao mandar calar a boca, Lula demonstra sua irritação com a Dilma que nos últimos dias mostra um sério descompasso entre o que pensa e o que diz, sintomas de desequilíbrio que tende a se agravar até as eleições.
E diante de tanto disse-me-disse, mais uma vez o IBOPE aparece para por panos quente na crise. Anuncia uma pesquisa em que aponta a presidente como favorita com 40% da preferencia dos eleitores com seus dois declarados concorrentes, Aécio e Eduardo Campos, lá embaixo, o que levaria à vitória dela já no primeiro turno.
É sempre assim, você já observou?, quando estoura uma crise, o IBOPE saca da gaveta uma pesquisa para acomodar a agitação política e evitar a dispersão dos partidos aliados do governo no Congresso Nacional.
Dessa vez, o IBOPE não divulgou a rejeição da presidente – a maior entre os três candidatos. Mostra que 93% dizem conhecer a Dilma contra 35% e 27% que não conhecem respectivamente Eduardo Campos e Aécio.
Outro número, porém, desmancha a pesquisa otimista do IBOPE. Ele está na coluna do Merval Pereira do Globo. Lá está escrito que “64% do eleitorado quer que o próximo presidente “mude totalmente” ou “muita coisa” na próxima gestão. Entre eles, apenas 27% consideram que a própria Dilma poderá fazer as mudanças necessárias”.
Esses são os dados reais que os institutos amigos omitem pra criar clima de otimismo entre os petistas e chantagear a base aliada. O resto é bobagem, conversa pra boi dormir.
Como já disse aqui, numa pré-campanha, os índices de preferência de cada candidato são desprezíveis até os programas eleitorais na TV. A rejeição, essa sim, é mais relevante quando se estuda as chances do candidato.
E por aí a Dilma está indo de ladeira abaixo, se consolidando como a candidata em que o leitor “não votaria de jeito nenhum”, coisa difícil de se derrubar numa campanha.
A regra número 1 do marketing político ensina que quando é crescente a rejeição do candidato, a melhor coisa a fazer é “escondê-lo”, ou seja, trabalha-se conceitualmente com as suas propostas e “engaveta-se” o político na tentativa de melhorar a sua imagem.
Se a Dilma continuar insistindo em viajar para inaugurar obras de vereador, com as vaias se espalhando por todos os cantos, é real a chance de ela não se reeleger.
A primeira delas ocorreu quando Dilma recebeu o governador do Rio, Sergio Cabral, para se solidarizar com a eleição do Pezão.
Disse aos bons ouvidos de Cabral que a “candidatura de Lindberg era uma invenção do Lula”. A declaração foi um tiro nos peitos do ex-presidente que se considera um gênio da política, portanto, imune às críticas e à repreensão de quem ele considera amadora para assuntos políticos.
Agora, Dilma extrapolou, na opinião de auxiliares de Lula. Pressionada pelas revelações de uma matéria no Estado de S. Paulo sobre a refinaria de Pasadena, no Texas, a presidente jogou no colo do Lula a responsabilidade pela compra do ferro velho belga que lesou os cofres da Petrobrás em mais de 1 bilhão de dólares.
E ela sabe o que diz porque assinou embaixo a negociata como então presidente do Conselho da empresa e Ministra-Chefe da Casa Civil. Ao mandar calar a boca, Lula demonstra sua irritação com a Dilma que nos últimos dias mostra um sério descompasso entre o que pensa e o que diz, sintomas de desequilíbrio que tende a se agravar até as eleições.
E diante de tanto disse-me-disse, mais uma vez o IBOPE aparece para por panos quente na crise. Anuncia uma pesquisa em que aponta a presidente como favorita com 40% da preferencia dos eleitores com seus dois declarados concorrentes, Aécio e Eduardo Campos, lá embaixo, o que levaria à vitória dela já no primeiro turno.
É sempre assim, você já observou?, quando estoura uma crise, o IBOPE saca da gaveta uma pesquisa para acomodar a agitação política e evitar a dispersão dos partidos aliados do governo no Congresso Nacional.
Dessa vez, o IBOPE não divulgou a rejeição da presidente – a maior entre os três candidatos. Mostra que 93% dizem conhecer a Dilma contra 35% e 27% que não conhecem respectivamente Eduardo Campos e Aécio.
Outro número, porém, desmancha a pesquisa otimista do IBOPE. Ele está na coluna do Merval Pereira do Globo. Lá está escrito que “64% do eleitorado quer que o próximo presidente “mude totalmente” ou “muita coisa” na próxima gestão. Entre eles, apenas 27% consideram que a própria Dilma poderá fazer as mudanças necessárias”.
Esses são os dados reais que os institutos amigos omitem pra criar clima de otimismo entre os petistas e chantagear a base aliada. O resto é bobagem, conversa pra boi dormir.
Como já disse aqui, numa pré-campanha, os índices de preferência de cada candidato são desprezíveis até os programas eleitorais na TV. A rejeição, essa sim, é mais relevante quando se estuda as chances do candidato.
E por aí a Dilma está indo de ladeira abaixo, se consolidando como a candidata em que o leitor “não votaria de jeito nenhum”, coisa difícil de se derrubar numa campanha.
A regra número 1 do marketing político ensina que quando é crescente a rejeição do candidato, a melhor coisa a fazer é “escondê-lo”, ou seja, trabalha-se conceitualmente com as suas propostas e “engaveta-se” o político na tentativa de melhorar a sua imagem.
Se a Dilma continuar insistindo em viajar para inaugurar obras de vereador, com as vaias se espalhando por todos os cantos, é real a chance de ela não se reeleger.
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