24/03/2014 00h09
Ator reclamou do começo ao fim da visita no Rio, isso porque só passou dois dias no Brasil.
Na suíte, ele passou duas noites. É uma das mais caras do Brasil: R$ 8 mil a diária. Agora, você deve estar se perguntando: Quem é esse cara? Da última vez que fizeram essa pergunta para ele, a resposta se tornou uma cena que a gente pode chamar de um clássico do cinema: “My name is the gladiator!”
Russel Crowe viveu Maximus, o “Gladiador”. Levou um Oscar pela atuação. Já foi indicado para outros dois: pelo seu papel em “O Informante” e pelo atormentado gênio da matemática em “Uma Mente Brilhante”.
Ele tem quase 50 filmes no currículo e agora ele é “Noé”. Foi para divulgar o filme que ele veio ao Brasil. Na quarta-feira (19) surgiram as primeiras imagens de Russell Crowe, no Rio. Chegou de jatinho.
O Fantástico pergunta o que ele achou do aeroporto. “Aquela parte em que a gente chegou, para ser honesto, precisa dar uma arrumada”, declara o ator.
Ele não ficou só no hotel, participou da pré-estreia do filme e, pouco antes da nossa entrevista, resolveu dar uma volta de bicicleta pela cidade. “Foi um caos. Tirando as ciclovias da praia, não tem muito espaço para andar”, diz.
Fantástico: Alguém te reconheceu?
Russel Crowe: Algumas pessoas. Eles ficavam abismados, enquanto eu passava. Pior que eu estava usando capacete, óculos, não tinha como me reconhecer.
Na maratona de divulgação de “Noé”, a última parada antes do Brasil foi o Vaticano.
Há meses, ele vinha tentando chamar a atenção do Papa Francisco nas redes sociais para conseguir um encontro. O Fantástico pergunta se ele conseguiu.
“Olha, eu não sou chefe de Estado, não sou presidente de nada. Sou só um ator. Eu comecei a mandar mensagens para o Papa porque achei que qualquer pessoa com fé iria gostar de ver esse filme”, revela Russel.
Crowe e o diretor Darren Aronosfky participaram de uma audiência pública com o Papa, que não falou sobre o filme. “Noé” foi banido em diversos países do Oriente Médio por supostamente contrariar o que está escrito na Bíblia.
“Eu não acho que a abordagem do filme seja diferente. É que a Bíblia não entra em detalhes que são necessários na hora de colocar uma história no cinema”, opina o ator.
O Noé do filme vive um dilema: não consegue decidir se deve ou não exterminar a humanidade, sem deixar descendentes na Terra. O resto continua lá: 40 dias de chuva, o dilúvio, os animais entrando na arca à espera de salvação.
A arca do filme foi projetada de acordo com as especificações bíblicas: 40% da arca foi realmente construída, e o resto é computação gráfica. Os bichos são todos feitos no computador.
“Eu entendo a decisão do diretor de não usar bichos de verdade. Ele é vegetariano e um ativista da proteção dos animais”, afirma.
Em uma entrevista recente, Darren Aronosfky disse que trabalhar com Crowe é como uma luta, em que você precisa usar a força do oponente a seu favor.
O Fantástico pergunta se ele se acha uma pessoa difícil. “Esses caras que dizem que eu sou difícil são aqueles que não entendem os sacrifícios na hora de fazer um filme. Mas olha quantos eu já fiz com grandes diretores. Eu devo ter sido bom. Há uma razão para eles me contratarem e não outra pessoa. Como diria o Noé, eu sempre vou dar conta”, ressalta Russel.
Russell Crowe pretende lançar no final do ano seu primeiro filme como diretor. Ele também é o protagonista. “Não tem mais volta. Agora que eu sei como é dirigir um set de filmagem e que posso ser eu mesmo o autor. Não quero estar no filme de outra pessoa. Nunca mais”, revela.
Russell Crowe quer estar sempre no controle quando chegou para a entrevista, não gostou do cenário. Logo depois da entrevista, ele foi embora do Brasil e o último tuite do astro foi reclamando do trânsito. Ele reclamou do começo ao fim, isso porque só passou dois dias no Brasil.
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