segunda-feira, 24 de março de 2014

Estacionamento subterrâneo na Esplanada e o recado implícito da insustentabilidade e do descaso com o cidadão



Por sugestão da minha amiga e vizinha Marilzete, vamos hoje tratar sobre o Estacionamento subterrâneo na Esplanada, que está no PPCUB (conheça mais, clicando aqui).

Sobre o assunto, eu estava lendo o blog do Chico Sant'Anna e encontrei a interessante matéria "A gente não quer estacionamento subterrâneo na Esplanada" (clique aqui e veja!), publicado originalmente no blog Quadrado. Muito bom, recomendo!

Temos que saber o que a gente quer para a nossa cidade! Queremos uma cidade sustentável ou insustentável? Construir um estacionamento subterrâneo implica imaginar que mais carros vão vir até o centro da Capital Federal. É um reforço ao estímulo ao uso do automóvel. É mais congestionamento! É mais deseconomia! É mais estresse! É mais poluição!

Sabe qual é o recado implícito que enxergo nesse estacionamento subterrâneo? São nossos governantes dizendo aos cidadãos: "Aqui está a infraestrutura, agora se vire para realizar seus deslocamentos. Compre seu carro, pague os impostos, o combustível e a manutenção, e venha para a Esplanada". Penso que o correto seria: "Caro cidadão, para se deslocar na cidade, além do seu carro, você tem a opção do metrô, do ônibus de qualidade, da bicicleta e das calçadas. São opções sustentáveis, confortáveis e mais baratas".

Enquanto alguns tomadores de decisão de Brasília continuam vislumbrando este tipo de "solução" para a mobilidade urbana do Distrito Federal, em Paris estão sendo aplicadas ações públicas sustentáveis: incentivos à bicicleta e ao transporte público e desestímulo ao uso do carro.

Veja a matéria  abaixo do Portal Mobilize Brasil.

Paris oferece bicicletas e transporte público
 gratuito para driblar poluição
Para solucionar estado de alerta, capital francesa libera uso de metrôs, trens, ônibus e bicicletas
Fonte: Opera Mundi |  Autor: Da redação  |  Postado em: 14 de março de 2014
Acesse o original clicando aqui.

Em estado de alerta máximo devido a um pico de poluição, a Prefeitura de Paris liberou o pagamento de aluguel para bicicletas e carros elétricos desde a manhã desta quinta-feira (13/03). A partir das 5h30 locais de amanhã (14/03), os transportes públicos também serão gratuitos até a noite de domingo (16/03) na região administrativa de Île-de-France, que engloba a capital francesa.

Há três dias em alerta em virtude do clima seco e de temperaturas anormalmente elevadas para os parâmetros de inverno europeu, o sindicato de transportes da île-de-France tomou a decisão de abranger os metros, trens e ônibus. A iniciativa propõe diminuir a frota de carros durante o período para evitar que a poluição aumente nas grandes cidades.

“Considerando os importantes riscos para a saúde dos franceses, decidimos, em conjunto ao governo, garantir que os transportes públicos sejam gratuitos durante este pico de poluição”, declarou o presidente do sindicato da região, Jean-Paul Huchon, ao Le Monde. “Peço que todos os cidadãos privilegiem o uso da rede pública”, acrescentou.

Na quarta (12/03), a Prefeitura de Paris já havia anunciado para hoje o aluguel gratuito das bicicletas de baixo custo “Velib’” (semelhante aos sistemas de bikes dos bancos Itaú e Bradesco em São Paulo) e dos carros elétricos não poluentes, “Autolib’”. Na tentativa de driblar a onda de poluição, as autoridades municipais da capital também se comprometeram a parar com a utilização de todos os veículos municipais que não sejam “estritamente indispensáveis”.

Já nas estradas, o limite de velocidade também foi reduzido de 130 km/h para 110 km/h e de 90 km/h para 70 km/h. De acordo com a polícia local, o controle de velocidade será reforçado e a circulação de caminhões cuja carga supere 3,5 toneladas será suspensa. No sábado (15/03), a prefeitura vai analisar a evolução dos níveis de poluição e, caso não haja melhora, novas medidas devem ser tomadas. 

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