quinta-feira, 13 de março de 2014

E agora, Magela?



E agora, Magela?
Sexta-feira, 02 de agosto de 2013
Share on orkutShare on facebookShare on twitterShare on emailMore Sharing Services


Lúcia Carvalho, na SPU desde 2007 indicada por Geraldo Magela
Por Marcos Mendanha

Filmado negociando propina para distribuição de moradia construída através de programa habitacional do GDF, o chefe de gabinete da Administração Regional do Riacho Fundo II, Francisco Gilvan Pereira da Silva, aparentemente é um peixe pequeno num mar de denúncias de irregularidades que envolve também a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), órgão subordinado à Secretaria de Estado de Habitação Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab).

Promotores da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público Social (Prodep), do Ministério Público do DF, investigam a Codhab e a Sedhab, órgão chefiado pelo deputado federal licenciado Geraldo Magela Pereira (PT). Os promotores trabalham em investigação sobre denúncias de supostas irregularidades na distribuição de lotes do Programa Morar Bem. Inclusive, entre os alvos da mesma investigação consta a Associação Pró-Morar do Movimento Vida de Samambaia (AMMVS).

A entidade representa 203 cooperativas habitacionais que disputam os lotes da 4ª Etapa do Riacho Fundo II, área de cerca de 1 milhão e 300 mil metros quadrados cedida gratuitamente pela União à AMMVS, através da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) na gestão da ex-distrital Lúcia Helena de Carvalho (PT). O projeto habitacional é fruto de convênio entre a SPU, o GDF e a AMMVS.

Lotes na 4ª Etapa do Riacho Fundo estariam sendo vendidos irregularmente a pessoas não integrantes das cooperativas que, após a compra, teriam então os seus nomes arrolados como membros das entidades, conforme denúncias de antigos cooperados que se sentiram lesados.

Em passado recente, a AMMVS era dirigida por Carlos Roberto de Oliveira, pai do atual subsecretário da Sedhab, Rafael Carlos de Oliveira, indicado ao cargo pelo próprio titular da Sedhab, Geraldo Magela.

Até 2010, antes da sua nomeação na Sedhab, Rafael Oliveira participava de movimentos populares junto com sua irmã Daniela Kely de Oliveira, ambos dirigentes da entidade União Nacional por Moradia Popular (UNMP).
A área no Riacho Fundo II foi cedida pela SPU à AMMVS no mês de abril de 2012, ocasião em que Rafael já integrava a cúpula da Sedhab ao lado de Magela.

Procurado pela imprensa, Rafael se defende alegando que não exerce influência sobre processos de habilitação conduzidos pela empresa pública ou eventuais favorecimentos à AMMVS.

O subsecretário Rafael Carlos de Oliveira com  Secretario Magela 

Magela – A exoneração Lúcia Carvalho da Secretaria de Patrimônio da União no DF, publicada no Diário Oficial da União de 30 de julho de 2013, enfraqueceu Magela. Lúcia ocupava a SPU desde 2007, indicada ao cargo por Magela.

Lúcia caiu acusada de envolvimento em supostas fraudes de demarcação fundiária, investigada pela Polícia Federal, sobre a antiga fazenda Cana do Reino, propriedade que incluía a região de Vicente Pires e terras além da Via Estrutural (rodovia DF-095), conforme espólio do falecido fazendeiro Eduardo Dutra Vaz.

Após deflagração da Operação Perímetro em 2012 pela da PF, na residência de Lúcia, o marido dela, o empresário Amauri Barros da Silva obteve habeas corpus na Justiça Federal através da atuação de cinco advogados que o defenderam “contra ato do Juízo Federal da 12ª Vara Federal”, que determinou a operação policial.

A empresa Brookfield Incorporações, acusada de cerca parte das terras, é ré no processo 20111.01.1.173370-2, sobre reintegração de posse que tramita no TJDF. A Brookfiel, cuja sede fica na Barra da Tijuca (RJ), tem filiais na Bahia, Goiás, Mato-Grosso, Mato-Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, além do DF. A empresa atua nos ramos da construção civil, vendas de materiais de construção e decoração.       

Fonte: BuffetPorcão.com[credito=FOTO: Mary Leal]
 

Nenhum comentário: