Educação
foi o tema do painel de abertura do segundo dia do 27º Fórum da
Liberdade, que reuniu o presidente do Further Education Enterprise Group
e fundador de um dos quatro eventos internacionais oficiais da Semana
Global o Empreendedorismo, Chris Arnold; o educador e escritor Eugenio
Mussak; e o presidente do Instituto Liberal, colunista da revista Veja e
do jornal O Globo, Rodrigo Constantino.
“Uma professora salvou a minha vida”, iniciou Arnold ao contar sobre Mary Wilson, educadora que o auxiliou a fazer um plano de vida quando passava por um momento difícil. “Eu estudava na segunda pior escola de todo o Reino Unido e Mary percebeu em mim uma possibilidade de mudança. Ela me disse para viajar pelo mundo, conhecer outras culturas e não sentir pena de mim mesmo”, contou.
Para ela, o jovem de apenas 16 anos criaria
confiança fazendo isso. “Depois de adquirir poder sobre mim mesmo, eu
deveria abrir uma empresa para fazer algo criativo”, contou. Após
participar da última prova da escola, ele saiu do Reino Unido e ficou
quase quatro anos colocando seu plano em prática. “Fiz de tudo,
estacionei carros e fui segurança de bar, mas colecionei pessoas
incríveis.
Quando descobri que a paixão era mais importante que o cérebro, descobri o sucesso”, recorda.
Quando descobri que a paixão era mais importante que o cérebro, descobri o sucesso”, recorda.
O
palestrante reiterou a importância do espírito empreendedor do Brasil e
sugeriu que o país utilize tecnologia para seu modelo de educação.
“Acredito que isso vá oferecer aos brasileiros a oportunidade de acesso
aos pensamentos e ideias que estão pelo mundo.
A Copa está chegando e o
mundo inteiro estará olhando para esse país. É preciso aproveitar a
oportunidade”, concluiu.
Eugenio
Mussak destacou a importância do educador na vida das pessoas e contou
sua missão como parte do processo educacional. “Fui picado pela mosca da
educação e nunca mais consegui me afastar da sala de aula.
Após
algumas experiências lecionando, eu me dediquei ao que faço até hoje:
educação corporativa”, contou.
A partir daí, o professor compreendeu a
relevância de apostar no desenvolvimento humano e que ele deve ser
praticado dentro das empresas. “Precisamos desenvolver competências
muito mais do que fornecer conhecimento”, destacou.
Mussak salientou que
a competência de uma organização será medida pela quantidade de
resultados que ela entregar, além da quantidade de recursos que a mesma
utilizar para alcançar esses resultados. “São quatro pontos importantes
para fazer isso.
Saber usar os recursos financeiros, humanos e naturais e
compreender a importância do tempo, de fazer cada vez mais em um menor
período”, acrescentou. Por fim, o professor definiu o perfil CHA como
ideal para o desenvolvimento humano. “Conhecimento, Habilidade e
Atitude. Conhecimento fornece saber, habilidade me dá poder e atitude é o
querer. Saber, poder e querer”, concluiu.
Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal, acredita que os educadores fracassaram na entrega de um produto de qualidade para o Brasil. “Todos dizem que educação é a solução, mas a qual modelo se referem? Jogar mais dinheiro público no atual modelo do Brasil vai ser ainda pior”, disse. Constantino também criticou o ensino base do país e defendeu a meritocracia. “A educação básica que nós temos beneficia apenas um grupo: as elites.
Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal, acredita que os educadores fracassaram na entrega de um produto de qualidade para o Brasil. “Todos dizem que educação é a solução, mas a qual modelo se referem? Jogar mais dinheiro público no atual modelo do Brasil vai ser ainda pior”, disse. Constantino também criticou o ensino base do país e defendeu a meritocracia. “A educação básica que nós temos beneficia apenas um grupo: as elites.
O Brasil é um pais que condena o sucesso
individual, o que considero uma atitude invejosa”, definiu. Para ele, o
ideal é retirar o Estado da educação. “Educação é coisa muito séria para
ficar nas mãos de um governo burocrático”, enfatizou. Constantino
também criticou a cota racial nas universidades. “Para combater o
racismo, se fomenta o mesmo criando um tribunal racial dentro das
universidades.
Um tribunal que decide a cor das pessoas”, salienta.
Outro ponto debatido foi o politicamente correto e a cultura do diploma.
“É aquela história do: você sabe com quem está falando? As pessoas dão
mais valor para esse papel do que para o argumento. Se fecham em uma
torre de marfim arrogante. O Brasil está mais distante de uma boa
educação liberal do que Plutão está da Terra”, finalizou.
09 de abril de 2014
09 de abril de 2014
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