O PT, desesperado com o risco maior de
perder as eleições, e com ela o poder e milhares de boquinhas penduradas
em enormes tetas estatais, partiu para o ataque, como recomendou Lula. O
marqueteiro João Santana preparou um vídeo em que a estratégia do medo
fica escancarada: se “eles”, da oposição, vencerem, então todas as
“conquistas” obtidas pelo PT estarão ameaçadas, e o desemprego será
inevitável.
Justificando-se, o marqueteiro do PT
alega que há, de fato, o risco de desemprego, pois a oposição fala em
“medidas impopulares”. Ele cita, além do salário mínimo que deixaria de
subir tanto, os subsídios do BNDES, cujo presidente Luciano Coutinho
chamou as críticas dos economistas de “envenenadas” e “irracionais”.
Coutinho, o mesmo que na década de 1980 aplaudia e implementava medidas
como a Lei da Informática, responsável pelo atraso tecnológico do país.
O governo atual é dominado pelo
marketing. Tudo visa apenas às eleições. Mas o povo não será bobo a
ponto de cair nessa. Há uma gigantesca diferença entre medidas
impopulares e medidas populistas, e no final do dia, estas são muito
mais prejudiciais aos mais pobres do que aquelas. Mas somente um
governante sério diria aos cidadãos que medidas duras precisam ser
tomadas para evitar o pior. O PT não é sério.
Comecemos pelo salário mínimo. Se
aumentá-lo por decreto é tão positivo para os trabalhadores mais pobres,
por que não colocá-lo logo de uma vez em R$ 5 mil? O que impede? Ora,
até mesmo um economista petista pode compreender que uma medida
populista dessas seria catastrófica para o país. Qual a razão? Simples: o
desemprego iria explodir, assim como a informalidade. Ninguém iria
contratar pagando um valor arbitrário muito acima do de mercado, ou
seja, daquele fruto do encontro entre oferta e demanda.
Há vários países mais ricos sem salário
mínimo, como muitos escandinavos, e nem por isso os trabalhadores vivem
mal. Ao contrário: ganham muito mais do que os brasileiros. Como?
Porque
o salário não depende da boa vontade de patrões, da pressão sindical,
ou de decretos estatais, e sim da produtividade do trabalho em um
ambiente de mais concorrência entre os empregadores. Mas o PT finge não
saber disso (e alguns realmente não sabem), para continuar enganando os
trabalhadores com a falácia de que ele, o governo, é quem garante ganhos
salariais ao povo.
O que dizer dos subsídios do BNDES? Uma
piada de mau gosto, claro. O maior programa de transferência de renda
dos pobres para os ricos, o Bolsa Empresário. O BNDES desembolsa R$ 200
bilhões por ano a taxas abaixo da de mercado, sendo que 60% vai para
grandes empresas. Esse orçamento paralelo tem impacto na inflação,
aquele imposto cruel que pune os mais pobres. Mas os acionistas de
grandes frigoríficos, assim como Eike Batista, agradecem ao PT e, como
prova de afeto, doam milhões para sua campanha. Realmente, acabar com
essa farra seria catastrófico… para os ricaços amigos do PT!
Em 2002, o marqueteiro Duda Mendonça,
aquele que confessou ter recebido do PT em paraíso fiscal, cunhou o
slogan “a esperança venceu o medo”. É irônico ver o mesmo PT, hoje,
apelando para o contrário: “o medo venceu a esperança”. Verissimo, o
filho de Erico, com a sutileza de um elefante numa loja de porcelana,
escreveu uma coluna
hoje sobre a volta de Hitler, fazendo clara alusão ao risco que ronda o
país com o avanço da “direita”. Mas não era justamente Hitler quem dava
tanta importância e poder ao homem do marketing?
A verdadeira ameaça de retrocesso está em
manter o PT no poder. O Brasil corre o risco de virar uma nova
Argentina ou Venezuela, pois o PT declara abertamente seu amor pelo
bolivarianismo. Suas medidas populistas geram apenas inflação, sendo que
vários preços se encontram represados, o que o ministro Guido Mantega
nega (prova de que estão, e muito). O PT está conseguindo minar a
esperança dos brasileiros em um futuro melhor, mais radiante e próspero,
sem tanta corrupção.
Mas a esperança é a última que morre, e
vai vencer o medo. Os eleitores vão se dar conta de que o discurso do PT
é resultado de muito desespero, não por receio de retrocesso para o
país (que retrocesso pode ser maior do que a destruição institucional
que o próprio PT vem realizando?); mas, como alfinetou Aécio Neves, pelo
pânico de perder seus próprios empregos.
O aparelhamento da máquina estatal por
petistas foi algo sem precedentes na história de nossa república. Foi
exclusivamente o medo de perder essas mamatas que fez com que o partido
adotasse essa patética estratégia de marketing, incutindo medo na
população. Não vai dar certo. Os brasileiros vão enxotar os petistas do
poder nas urnas, justamente para manter viva a esperança em um Brasil
melhor e mais justo.
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