sexta-feira, 16 de maio de 2014

Opinião: A máquina do estado como cabo eleitoral


“Defendo um Estado pequeno e forte e o que me parece é que vocês têm no Brasil exatamente o inverso, ou seja, um Estado grande e fraco.”


De Margareth Thatcher, primeira- ministra   entre 1979   e 1990, pode-se dizer qualquer coisa, menos que ela tenha sido omissa com relação a gigantesca tarefa que lhe coube. Resgatar o país da ladeira descendente da falência generalizada na qual afundava não só a Inglaterra, como de resto, todo o Reino Unido. 

Conhecida pelas posições firmes contra a existência de um Estado provedor que tudo pode, costumava afirmar que o problema do comunismo era que um dia o dinheiro dos outros acabava. Da mesma forma Abraham Lincoln (1809-1865) considerava que a prosperidade de uma nação não poderia ser construída com o desestímulo à poupança.    ...

Em 1994 Thatcher esteve no Brasil, numa época em que o país ensaiava ainda a adoção de medidas econômicas que viriam a dar no estabelecimento do Plano Real. Naquela ocasião disse para sua audiência: “Defendo um Estado pequeno e forte e o que me parece é que vocês têm no Brasil exatamente o inverso, ou seja, um Estado grande e fraco.”   Passadas duas décadas, o diagnóstico ainda é válido. Basta analisar, por exemplo, as imensas dificuldades que o Estado brasileiro enfrenta para promover, de forma decente, a realização de um torneio internacional de futebol. 

O pior com relação a   esse gigante de pés de barro é que a classe política dirigente se utiliza da inchada máquina pública   para promover sua perpetuação no poder. É o wellfare state organizado exclusivamente para o bem estar da elite política. As falências anunciadas da Petrobrás, da Eletrobrás, dos Fundos de pensão , da Caixa Econômica , do Banco do Brasil e do próprio BNDES estão aí para quem se der ao trabalho de analisar seus balancetes e estatísticas. Parafraseando Quércia : quebro o País, mas faço minha sucessora. 


Fonte: Blog do ARI CUNHA - 16/05/2014 - - 08:40:11
 
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