“Defendo um Estado pequeno e forte e o que me parece é que vocês têm no Brasil exatamente o inverso, ou seja, um Estado grande e fraco.”
De Margareth Thatcher, primeira- ministra entre 1979 e 1990,
pode-se dizer qualquer coisa, menos que ela tenha sido omissa com
relação a gigantesca tarefa que lhe coube. Resgatar o país da ladeira
descendente da falência generalizada na qual afundava não só a
Inglaterra, como de resto, todo o Reino Unido.
Conhecida pelas posições firmes contra a existência de um Estado
provedor que tudo pode, costumava afirmar que o problema do comunismo
era que um dia o dinheiro dos outros acabava. Da mesma forma Abraham
Lincoln (1809-1865) considerava que a prosperidade de uma nação não
poderia ser construída com o desestímulo à poupança. ...
Em 1994 Thatcher esteve no Brasil, numa época em que o país ensaiava
ainda a adoção de medidas econômicas que viriam a dar no estabelecimento
do Plano Real. Naquela ocasião disse para sua audiência: “Defendo um
Estado pequeno e forte e o que me parece é que vocês têm no Brasil
exatamente o inverso, ou seja, um Estado grande e fraco.” Passadas
duas décadas, o diagnóstico ainda é válido. Basta analisar, por exemplo,
as imensas dificuldades que o Estado brasileiro enfrenta para promover,
de forma decente, a realização de um torneio internacional de futebol.
O pior com relação a esse gigante de pés de barro é que a classe
política dirigente se utiliza da inchada máquina pública para promover
sua perpetuação no poder. É o wellfare state organizado exclusivamente
para o bem estar da elite política. As falências anunciadas da
Petrobrás, da Eletrobrás, dos Fundos de pensão , da Caixa Econômica , do
Banco do Brasil e do próprio BNDES estão aí para quem se der ao
trabalho de analisar seus balancetes e estatísticas. Parafraseando
Quércia : quebro o País, mas faço minha sucessora.
Fonte: Blog do ARI CUNHA - 16/05/2014 - - 08:40:11
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