Na foto, Dilma, Lula e Eduardo Campos na Refinaria Abreu e Lima,
comemorando com Chávez. Todo mundo sabe que a Venezuela deu um calote no
Brasil e saiu do negócio. Uma obra que começou orçada em R$ 4 bilhões
já está custando R$ 40 bilhões. Dilma e Campos são candidatos à
presidência da República. Eles fazem parte deste esquema vergonhoso da
refinaria pernambucana, onde o BNDES cometeu, no mínimo, gestão
temerária. Está na hora de mudar a fotografia do Brasil.
A classificação de risco e o porte da Petrobras foram
argumentos suficientes para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) liberasse um financiamento de R$ 9,89 bilhões para a construção
da refinaria Abreu e Lima, dispensando a necessidade de, antes, exigir da
estatal a apresentação de estudos técnicos sobre a viabilidade ou não do
empreendimento, que está em construção em Pernambuco.
Reportagem publicada ontem pelo Valor revelou que, no dia 30
de outubro de 2008, o conselho de administração da refinaria aprovou o
"plano básico de organização" de Abreu e Lima. Em 12 de maio de 2009,
após chancelar o plano básico, o conselho aprovou as condições para a empresa
firmar um empréstimo de R$ 10,5 bilhões, do BNDES.
Um mês depois, no dia 30 de
julho, o BNDES assinou um contrato de financiamento no valor de R$ 25 bilhões
para apoio do programa de investimentos da Petrobras. Desse valor, foi acertado
que R$ 9,89 bilhões seriam utilizados na refinaria Abreu e Lima. Acontece que, somente
em 14 de janeiro de 2010, o conselho de administração decidiu submeter para a
aprovação Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira (EVTE) da refinaria.
Em resposta encaminhada ao Valor, o banco estatal admitiu
que, de fato, liberou o recurso sem analisar os estudos técnicos do
empreendimento. "Na avaliação do pedido de financiamento em questão, o
BNDES levou em consideração a classificação de risco e o porte da Petrobras,
que foi a fiadora do crédito à Refinaria Abreu e Lima", informou o banco. Segundo o BNDES, pesou na avaliação o fato de que "a
companhia possui um excelente histórico de crédito junto ao BNDES e tomou os
recursos para realização de um projeto dentro de seu ramo central de
atividade".
"Diante disso, a exigência feita pelo BNDES para a
contratação do financiamento era a apresentação pela Petrobras e pela Refinaria
Abreu e Lima de atas de suas respectivas diretorias executivas autorizando a
contratação da referida operação, além da prestação de fiança corporativa, o
que efetivamente ocorreu", informou o banco. Por fim, o BNDES acrescenta ainda que todo o recurso já foi
liberado e que "sua aplicação foi devidamente comprovada".
As transações do financiamento de Abreu e Lima constam das
123 atas que compõem as decisões tomadas sobre a construção da refinaria em
Pernambuco, entre março de 2008 e dezembro de 2013. A maior parte dos
documentos foi assinada pelo então diretor da área de abastecimento e refino da
Petrobras, Paulo Roberto Costa, que está preso desde o dia 20 de março pela
Polícia Federal, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
Pelo crivo de Paulo Roberto e de seu parceiro no conselho de
administração, José Carlos Cosenza (então gerente executivo de refino da
Petrobras), passaram mais de 150 termos aditivos de contratos. A refinaria de
Abreu e Lima, que chegou a ser inicialmente orçada em aproximadamente R$ 4
bilhões, hoje beira a marca de R$ 40 bilhões, sendo o empreendimento mais caro
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (Valor Econômico)
2 comentários:
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Insisto: a verdadeira caixa preta do PT é o BNDES. Quando ela começar a
aparecer, os escândalos da Petrobrás vão parecer um nada...
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Cel
O BNDS tem muito mais a esconder do que mostrar.
Isto aí é só uma amostra. O resto, que não sabemos, consta com "carimbo de sigiloso".
Só uma CPI do BNDS para escancarar toda a roubalheira petralha.
Chris/SP
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