Pelo acerto original, o PSB apoiaria o candidato do PSDB mineiro, Pimenta da Veiga, e os tucanos apoiariam a candidatura de Paulo Câmara, do PSB pernambucano. Eduardo Campos já admite de forma reservada a possibilidade de lançar uma candidatura em Minas, mesmo com o risco do lançamento do nome de Daniel Coelho, do PSDB, ao governo de Pernambuco.
Internamente, a candidatura própria em Minas tem sido defendida pela ex-senadora Marina Silva, pré-candidata a vice na chapa de Campos. Mas há o reconhecimento interno na campanha de Eduardo Campos de que esse movimento vai significar um rompimento formal do pacto de convivência entre os dois. O acerto inicial de Campos e Aécio era de despejar a artilharia contra a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff.
Em conversas com interlocutores, Eduardo Campos não esconde o desconforto com o evento recente para empresários, em Comandatuba, na Bahia, em que teve papel periférico ao lado de Aécio Neves. Ele registrou que o tucano teve o dobro do tempo para falar. E que, depois, a organização do evento fez críticas públicas ao comportamento do socialista ao lado de Marina Silva.
O grupo de Eduardo Campos avalia que a candidatura não pode ficar atrelada à estratégia da campanha de Aécio Neves. E que é preciso evitar armadilhas, como ocorreu na Bahia, e ao mesmo tempo, reforçar as diferenças entre os dois.
Diante disso, Aécio também vai mostrar uma agenda própria em temas como meio ambiente, numa forma de alfinetar Marina Silva, candidata à vice de Campos. Hoje, o tucano se reuniu com o coordenador do programa de governo, Antonio Anastásia, e o novo coordenador de Meio Ambiente e Sustentabilidade da campanha, Fabio Feldmann, ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário