BLOG PRONTIDÃO
Grupo dissidente decretou a paralisação por não concordar com o acordo fechado pelo sindicato com os patrões.
No Engenho Novo, um motorista foi ameaçado por grevistas.
Por toda a cidade passageiros se acumulam nos pontos à espera dos poucos ônibus que circulam
Metrô suspende vendas de bilhetes da integração devido à paralisação
Professores também param
A greve de rodoviários que acontece desde o primeiro minuto desta quinta-feira pegou os passageiros de surpresa no município do Rio.
Um grupo de grevistas está reunido na porta das garagens de empresas de ônibus na tentativa de convencer colegas a aderirem à paralisação. Alguns profissionais discordaram do aumento firmado entre o Sindicato de Motoristas e Cobradores do Município do Rio (Sintraturb Rio) em março deste ano.
O acordo fixou reajuste de 10% no salário e 40% na cesta básica. O grupo dissidente, no entanto, reclama que a classe não foi consultada sobre esse acordo e pede, pelo menos, mais 10% de aumento salarial e ticket de R$ 300.
Em função da greve dos rodoviários, o Metrô Rio suspendeu a venda de todos os bilhetes de integração com ônibus. Segundo a concessionária, a operação dos metrôs foi reforçada nesta quinta-feira para suprir a demanda maior pelo serviço. Na Rua Barão do Bom Retiro, no Engenho Novo, um motorista foi abordado por grevistas e ameaçado. Eles chegaram em dois carros e duas motos armados com barras de ferro, paus e pedras.
Entraram no coletivo que faz a linha 232 (Lins-Praça Quinze), com 20 passageiros, tomaram a chave do veículo e fecharam a rua. O motorista do ônibus, José Cláudio Daflon, muito assustado, contou que passava pelo local por volta das 4h50m quando foi abordado.
— Foi muito rápido. Não consegui ver quantos eram. Não me machucaram, mas fui ameaçado — conto, nervoso, lembrando sempre do filho. — Eu tenho que trabalhar. Tenho um filho para criar — disse.
As linhas que fazem o trecho Centro-Zona Sul e Centro-Barra da Tijuca são as mais atingidas. Na Central do Brasil e em outros pontos da Zona Norte, as filas estão longas. Acordada desde as 2h, a diarista Givanette Horácio, de 47 anos, saiu de Engenheiro Pedreira, em Japeri, às 3h30m, com destino a Lagoa, na Zona Sul. Às 6h, ela ainda estava na Central aguardando o ônibus da Linha 157. — Eu não sabia da greve. Cheguei aqui, às 5h, e não vou mais trabalhar. Vim de longe e fui pega de surpresa.
Por conta da greve nesta terça-feira, manobristas foram convocados para dirigir os veículos, na tentativa de diminuir o caos. De acordo com o sindicato, a maioria dos rodoviários aceitou o acordo durante assembleia, em março.
— A homologação com o reajuste de 10% foi retroativa ao mês de abril, prova disso é que os profissionais já receberam neste mês seus pagamentos com o aumento. Antes de discutir o reajuste junto aos empresários, tivemos a cautela de nos certificar das negociações em todo o país.
Em Porto Alegre, por exemplo, houve paralisação de doze dias sem que um acordo fosse fechado, o que acabou resultando em uma decisão do TRT local que fixou o reajuste em 7,5%, além de descontar os dias parados.
Em Belo Horizonte, também houve greve, e o reajuste foi de 7%. Já Petrópolis com três dias de greve e proposta de 7%; e Campos, onde os rodoviários estão continuam parados, quem vai dar a palavra final será o Tribunal Regional do Trabalho.
Diante deste quadro, o sindicato não poderia rejeitar uma proposta de 10% de aumento no salário e 40% na cesta básica, correndo o risco de deixar que o TRT fixasse o valor do reajuste. Todas essas ponderações foram colocadas durante a assembleia, e a proposta do Rio Ônibus foi aprovada por ampla maioria — explicou o vice-presidente da Sintraturb, Sebastião José.
Ainda de acordo com o Sintraturb, o movimento pode estar realizando uma atividade com fundo político.
— Existem pessoas desse grupo com intenções de futuras candidaturas no legislativo — afirmou o presidente José Carlos, em nota.
Na frente da garagem da Viação Real, a equipe do GLOBO permaneceu durante uma hora, até o fim da madrugada, e não viu nenhum veículo dando partida. Por lá, cerca de 20 funcionários das viações Silvestre e Translitorânea, tentam impedir a entrada de rodoviários que chegam para o trabalho. Funcionários da Real estão na porta de outras garagens com o mesmo objetivo.
Em nota enviada na noite desta quarta-feira, o Rio Ônibus declarou não ter conhecimento de greve, “uma vez que foi fechado um acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus”. Segundo o comunicado, o acordo já está valendo, e os motoristas já estão recebendo o mês de maio com aumento incluído. A entidade informou ainda que desconhece qualquer grupo dissidente, e que as negociações são feitas com o representante legítimo da categoria, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do município do Rio (Sintraturb-Rio), e teme que uma disputa sindical prejudique a população.
Manifestação de Rodoviários complicou o trânsito no Centro
Na tarde desta quarta-feira, uma manifestação de rodoviários interditou duas faixas da pista central da Avenida Presidente Vargas, sentido Praça da Bandeira, no Centro. O grupo, de cerca de 300 pessoas, iniciou o protesto na altura da Central do Brasil, e o trânsito ficou complicado. Caminhando lentamente, os manifestantes cruzaram o sentido Candelária ao chegar na altura da sede da prefeitura, na Cidade Nova. Agentes da CET-Rio acompanharam todo o ato, que seguiu pacífico.
Fonte: O Globo
A propósito: os garis do Distrito Federal planejam uma greve a ser iniciada no dia anterior ao do inicio da Copa; apesar de faltar mais de 30 dias para o inicio da COPA 2014 = a COPA DO FRACASSO, os garis já estão interrompendo de forma aleatória o recolhimento por um dia do lixo em algumas cidades da periferia de Brasília - a força total será concentrado no Plano Piloto no inicio da Copa FIFA.
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