quinta-feira, 8 de maio de 2014

Cresce a violência nascida da intolerância e estimulada pelo desgoverno Dilma




Cresce a violência nascida da intolerância


Falar em violência no Brasil, nos últimos 30 anos, chega a ser redundância. 


 [curiosamente, em 1985, se encerrou o último Governo Militar do ciclo iniciado em 1964 e teve inicio a chamada Nova República e a corrupção, a roubalheira, a desordem começaram a campear sem controle e sempre em ascensão.] 


Há, é certo, políticas públicas que, em algumas regiões metropolitanas, como as de Rio e São Paulo, conseguiram reduzir bastante a taxa de homicídios, termômetro usual para mensurar-se o nível de segurança pública. Mas há outro tipo de violência em ascensão, algo diferente, tão ou até mais grave, a qual esses indicadores clássicos não conseguem captar na sua totalidade.

O noticiário tem trazido uma mistura indigesta de atos de pura selvageria em linchamentos espalhados pelo país. Destacou o caso não menos bárbaro do torcedor assassinado ao ser atingido por um vaso sanitário jogado de cima do estádio do Arruda, em Recife, e tem acompanhado a sucessão sem-fim de embates violentos nas ruas de grandes cidades, principalmente São Paulo e Rio. Tudo junto compõe o clima de mau humor e exasperação que toma conta do país. Parece haver no ar uma eletricidade capaz de produzir faíscas a partir de qualquer situação banal. Rixa no trânsito, fila no banco, e assim por diante.

Pode-se fixar em junho do ano passado, na explosão de manifestações de ruas, inicialmente espontâneas, o marco zero do atual processo de degradação da convivência social. Mais precisamente quando aquelas manifestações foram sufocadas pelo oportunismo de grupos radicais, 


 [grupos radicais a serviço do desgoverno Dilma, orientados pelo famigerado Foro de São Paulo, que procura, desesperadamente, pretextos para adoção de medidas radicais que consolidem o ainda incipiente domínio das esquerdas sobre o Brasil.
Tentaram em 35, em 64 e foram vencidos.Serão novamente e mais quantas vezes for necessário.] 


aproveitando-se daquela mobilização contra precariedades na infraestrutura e nos serviços públicos, para estabelecer um padrão de atos cada vez mais violentos, com depredações de bens públicos, privados e agressões. Entre os alvos, policiais e imprensa profissional. 

A intolerância também ganhou as ruas.

O ápice da escalada foi o assassinato do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, em fevereiro, na Central do Brasil, pelo disparo criminoso de um rojão por Fábio Raposo e Caio Barbosa, dois integrantes dos grupos de vândalos que atuam nesses ataques. A devida reação das instituições de Estado, Polícia e Justiça fez arrefecer a ação de black blocs e aparentados. Mas eles estão de volta.


O motivo inicial foi a tarifa dos transportes públicos. Logo, a Copa entrou na agenda dessas organizações e, nas últimas semanas, em São Paulo e Rio, cresce nesta agenda a questão da moradia, com a atuação orquestrada, nas duas cidades, de invasores de imóveis e terrenos.


O modelo é o de sempre: ocupação, resistência e passeatas, com desfecho violento — depredações, barricadas erguidas com rapidez e logo incendiadas, para dificultar o avanço dos batalhões de choque. Qualquer grupo de poucas dezenas de pessoas tem conseguido paralisar áreas vitais de São Paulo e Rio.  


[as paralisações só ocorrem em consequência da leniência da polícia, que é motivada pelo cumprimento de  ordens superiores ou o receio dos integrantes da força policial serem acusados de qualquer ato que resulte em ferimentos ou mesmo morte dos baderneiros ou de algum transeuinte.
Desde o inicio deste século se tornou rotina a Polícia ser sempre acusada por qualquer fatalidade que ocorra em uma ação de repressão.
Morreu alguém, vitima de bala perdida ou outra fatalidade, durante um confronto PM x traficantes, baderneiros, criminosos, sempre a Polícia é responsabilizada – policiais são sumariamente presos, a palavra de um criminoso vale mais que de todos policiais integrantes da guarnição de uma viatura.
Esquecem,  os que responsabilizam a Polícia,  que não foi aquela instituição que promoveu a baderna, o confronto. Tais atos foram organizados por criminosos – traficantes, baderneiros e lixo similar – e a Polícia foi chamada para cumprir seu DEVER de restabelecer a ORDEM.
A cada ano transcorrido, desde 1985, mais se justifica mudar o dístico da Bandeira Nacional de ORDEM E PROGRESSO para ATRASO E DESORDEM.]


O Código Penal e a própria Constituição, no sentido mais amplo, têm sido revogados na prática, diante de um poder público inerte. [inerte e interessado no crescimento da baderna, da criminalidade, da anomia.]  Ou quase. É correto o cuidado das autoridades em não produzir um cadáver que possa ser manipulado a fim de turbinar os protestos. Mas a paralisia catatônica também não é a melhor postura.


Está evidente que há algo em curso, planejado, na linha da radicalização e da intolerância anárquicas. Até mesmo o atual momento de tensão em algumas favelas cariocas, em que o tráfico tenta retomar espaços perdidos para UPPs, tem sido aproveitado para se espalhar a violência em bairros da cidade, numa aliança espúria, tácita ou não, com criminosos.  


[tendo como regra geral à desmoralização da polícia; até a mãe de alguém que morre durante uma ação policial, movida pela dor da perda, se arvora em perita e sua palavra tem o ‘poder’ de confrontar um laudo oficial;
Também a ação humanitária de policiais em socorrer uma vítima de bala perdida – já morta ou agonizando – produz uma queda do corpo de uma viatura e tal gesto é interpretado de pronto como uma ação criminosa dos policiais, que são imediatamente presos.
Logo após é constatada a boa fé dos policiais, a nobreza de suas intenções, e são soltos.
Dias depois a ‘justiça’ decreta a prisão de dois daqueles policiais sob o argumento dos mesmos terem se envolvido em conflitos anteriores nos quais houve vitimas fatais.
Em outras palavras, os policiais são tratados pela má consequência do gesto humanitário de agora com base no fato de que em operações policiais havidas no passado tiveram a felicidade de matar em vez de morrerem.]


Militantes desses movimentos chegam a perseguir pessoas em locais públicos, no estilo dos grupos nazifascistas nas décadas de 30 e 40, na Alemanha, na Itália e na Áustria. 


 [militares octogenários são atacados por vândalos na saída do Clube Militar no Rio;
Oficiais com mais de 80 anos de idade são ‘escrachados’ por supostos atos que praticaram há mais de 35 anos quando tinham o DEVER de reprimir traidores terroristas e entre os que promovem e apoiam tais ‘escrachos’ tem um tal de Ivan Marx, membrodo Ministério Público.]  


Há dias, o próprio ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, conhecido pelo trânsito fácil com organizações sociais, foi afrontado por um desses militantes, no Rio. 


 [Gilberto Carvalho foi vítima do seu próprio veneno, já que ele é um dos mentores do Foro de São Paulo que tem a batuta para reger as ações criminosas dos bandidos do chamado MST = ‘movimento social terrorista.]


A questão vai, portanto, além de divergências partidárias —, embora se saiba que esquemas políticos têm aproveitado a radicalização com objetivos eleitorais. Esta infiltração é detectada há algum tempo no Rio de Janeiro. A insegurança pública ganhou, portanto, de meados do ano passado para cá, este ingrediente explosivo de organizações semiclandestinas radicais. Elas têm todo o direito de se pronunciar, mas desde que nos limites da lei. Não é o que acontece.

O clima, já ruim, se deteriora, e o surto de incivilidade em todo o país é ainda mais aprofundado pela onda de linchamentos e atos de selvageria cometidos já para além das fronteiras da barbárie. Mesmo que linchamentos sejam um trágica tradição no país, casos vinham se sucedendo até que, na segunda-feira, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi trucidada por vizinhos, na periferia de Guarujá, litoral nobre paulista, por ter sido acusada, na página no Facebook do “Guarujá Alerta”, de sequestrar crianças, para sacrificá-las em cerimônias de magia negra. Era mentira. E mesmo que fosse verdade, ali o Brasil retornou à Idade Média da caça literal às bruxas, a serem incineradas em praça pública

[os sequestros fossem fatos e, comprovadamente, sua autoria fosse da dona de casa, o linchamento seria o remédio natural e eficaz a ser aplicado.]

O sociólogo José de Souza Martins, professor da Faculdade de Filosofia da USP, estimou, em entrevista ao “O Estado de S. Paulo”, que haja três ou quatro casos no Brasil, por semana. Souza Martins fala com a autoridade de quem estuda linchamentos há 30 anos, já tendo catalogado dois mil. O Brasil deve ser o país em que mais se faz “justiça” pelas próprias mãos, afirma o sociólogo. O sintoma de descrença no Estado é claro. Como diz o professor, em um dos seus livros: “O linchamento não é uma manifestação da desordem, mas de questionamento da desordem.”


Desordem existente porque há um poder público — todo ele, nos mais diversos níveis — incapaz de agir para que a lei seja cumprida. Por black blocs ou quem seja. Que esta sucessão de selvagerias, país afora, faça todos refletirem sobre os rumos que a sociedade toma. No caso das autoridades, elas devem redobrar a atenção com a ordem pública. Mas não se trata apenas de um caso de polícia. Há uma séria questão nisso tudo que é a percepção popular — mesmo que não seja verbalizada por todos — da falência de instituições. A situação se agrava com o péssimo exemplo dado por partidos políticos, do PT ao PSDB, pelo envolvimento de correligionários em casos de corrupção.


O mau exemplo do PT chega a ser mais daninho, por ter conquistado o poder com a aura de extrema seriedade e honestidade.  


Ao trair as promessas de defesa intransigente da ética dá grande contribuição, infelizmente, ao descrédito da população diante dos poderes constituídos. Não há culpado único por todo este drama social.

Fonte: O Globo – Editorial

BLOG PRONTIDÃO

Nenhum comentário: