João Vaccari, tesoureiro do PT, é investigado por uma série de falcatruas na Bancoop. Leia aqui.
Dos R$ 79,8 milhões doados ao PT nacional em 2013, quase R$
60 milhões --o equivalente a 75% do total-- veio de empresas
construtoras. Grupos como Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão
figuram na lista de maiores patrocinadores da sigla por meio de doações
ao
Diretório Nacional do partido.
O pagamento é feito de maneiras diversas. Enquanto a
Odebrecht fez apenas três doações no ano, sendo uma delas de R$ 4 milhões, a
Galvão Engenharia contribuiu mensalmente com o partido. Foram 12 doações ao
longo do ano, sendo 10 delas no valor de R$ 500 mil. As contribuições de pessoas físicas somaram R$ 2.943 --menos
de 0,1% do total.
O padrão de participação das empreiteiras se mantém nos
últimos anos --em 2012 e 2011 também foram elas as maiores doadoras. A
lista de
doações também revela o quanto elas se concentram nas mãos de poucos
grupos. Os dez maiores doadores --que, além de construtoras, incluem
grupos como JBS-Friboi e Solví, da área de saneamento-- somam quase R$
70
milhões, ou 87% do total arrecadado pelo partido.
Doações de pessoas físicas e jurídicas são uma das fontes de
financiamento dos partidos. O Fundo Partidário injeta outra parte dos recursos
ao caixa das siglas --em 2013, o PT recebeu R$ 47,3 milhões. As contribuições ao Diretório Nacional não se misturam com
as doações eleitorais, que são contabilizadas separadamente. Em 2012, por exemplo, o PT arrecadou, via Diretório
Nacional, R$ 35,2 milhões em doações. Só a campanha de Fernando Haddad para a
Prefeitura de São Paulo no mesmo ano obteve R$ 42 milhões. (Folha de São Paulo)
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