quarta-feira, 7 de maio de 2014

Eduardo Campos quer inovar radicalmente na contratação para “cargos de confiança”. Mas… será que vai funcionar na máquina pública?



(Foto: Thinkstock)
Cargos de confiança no Executivo: eles são milhares, são importantes — mas, no final das contas, os salários perdem longe para o mercado privado
Se o candidato do PSB à Presidência, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, chegar ao Planalto, uma das ideias radicalmente inovadoras que afirma pretender implantar é acabar com o compadrio, o nepotismo e as indicações políticas para os chamados “cargos de confiança” existentes na máquina do Executivo.

Esses cargos, estimados em 22 mil, em muitos casos — mas não na maioria — são ocupados por funcionários de carreira. Os que não estiverem preenchidos dessa forma, Campos prometeu contratar recorrendo a empresas e profissionais especializados no recrutamento de talentos, os chamados headhunters, em geral voltados para o mercado de executivos.


O governador do estado de Pernambuco e presidente do PSB , Eduardo Campos , almoça com empresários em São Paulo no hotel Renaissance localizado no bairros dos Jardins
(Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo)

O problema que Campos encontrará, se levar adiante seu plano, é simples e difícil de resolver: mesmo nos postos mais bem remunerados, os funcionários de carreira do Executivo ganham pouco, em comparação ao mercado em que os headhunters estão acostumados a atuar.
Ganha-se muito mais nos cargos de confiança do Legislativo e do Judiciário — onde, porém, o presidente da República não tem ação.

Ricardo Setti VEJA

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