quarta-feira, 7 de maio de 2014

Aécio diz que oposição se prepara para 'guerra' da CPI da Petrobras






Pré-candidato do PSDB à Presidência defendeu instalação de CPI mista.


Ele argumentou que inclusão de deputados ajudaria a ampliar a apuração.

 



Filipe Matoso Do G1, em Brasília



O senador Aécio Neves (PSDB) em visita a Agrishow em Ribeirão Preto, SP (Foto: Érico Andrade/G1) 
O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador
Aécio Neves (MG)


Um dos principais líderes da oposição, o senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira (7) que os partidos oposicionistas se preparam para uma "guerra" contra o governo federal na CPI da Petrobras.

Em entrevista a rádios de Alagoas, o presidenciável disse que a grande "disputa" na sessão desta quarta do Congresso Nacional – conjunta da Câmara e do Senado – será tentar assegurar a instalação de uma CPI mista de deputados e senadores para investigar a estatal do petróleo.

"Estamos nos preparando para mais uma guerra da CPI [da Petrobras]. Uma guerra que não acaba nunca", ressaltou durante entrevista à rádio Jovem Pan AM, de Maceió (AL).

Diante de uma série de denúncias recentes contra a Petrobras, a oposição protocolou dois pedidos de CPI no Legislativo: um exclusivo para o Senado e outro para uma comissão mista. A oposição, no entanto, insiste na criação de uma CPI mista, que integre senadores e deputados, mas o PT quer uma CPI exclusiva no Senado, Casa na qual tem maior controle sobre os parlamentares.


Estamos nos preparando para mais uma guerra da CPI [da Petrobras]. Uma guerra que não acaba nunca"
Aécio Neves (MG), senador e pré-candidato do PSDB à Presidência
Na sessão conjunta entre Câmara e Senado, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PSDB-AL), vai pedir formalmente aos líderes partidários a indicação dos integrantes da CPMI. A indicação dos nomes é passo necessário para o andamento do colegiado.

Segundo o senador Aécio Neves, a instalação da CPI não se trata de “invenção” dos partidos de oposição. Aécio disse defender uma CPI composta por senadores e deputados porque “ajudaria” que as investigações fossem mais ampliadas.

“Nós vamos insistir para que as investigações no Congresso possam incorporar deputados. Quanto mais amplas as investigações, melhor. Essa vai ser a grande disputa de hoje à noite [garantir a CPI mista]”, destacou o tucano ao ser entrevistado na manhã desta quarta pela rádio Correio AM, de Maceió.

'CPI política’

O pré-candidato do PSDB foi indagado durante as entrevistas às rádios da capital alagoana sobre se a instalação de uma CPI em ano eleitoral teria “tom político”. Nesta terça (6), durante jantar com jornalistas mulheres, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff disse não ter dúvida de que a proposta oposicionista tenha componente político.


Aécio, entretanto, alegou que o “discurso” do governo de que a CPI seria política “não cola com a realidade". “Mexeram muito no dinheiro da Petrobras. (...) Esse discurso de que a CPI é política não cola com a realidade. Nós não acordamos num dia querendo a CPI da Petrobras”, enfatizou.



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