quarta-feira, 7 de maio de 2014

Brasil do PT= Desrespeito à propriedade privada. Dono de terreno ocupado em SP quer saída de famílias





Dona do terreno da ocupação Copa do Povo, no Parque do Carmo, zona leste de São Paulo, a Viver Empreendimentos informou ontem estar tomando "medidas cabíveis" para tentar retirar as cerca de 2 mil famílias que montaram barracos nos últimos quatro dias na área, avaliada em R$ 589 milhões. Até as 19h desta terça-feira, 6, porém, nenhum pedido de reintegração de posse havia chegado à Justiça.

A Viver (antiga Construtora Inpar) diz também não ter dívidas de impostos com a Prefeitura. A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) estuda comprar a área e construir conjuntos habitacionais para as famílias que estão nos barracos.

A empresa é proprietária de terrenos com valor estimado em R$ 3,9 bilhões, segundo seu balanço divulgado na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) em dezembro de 2013. Mas, com dezenas de empreendimentos da antiga Inpar com entrega atrasada desde 2012, a construtora teve prejuízo de R$ 52 milhões no ano passado. A venda do terreno na zona leste era uma das apostas para o saneamento das dívidas.

Para técnicos do governo, a empresa deve pedir a reintegração de posse para tentar levar a Prefeitura a desapropriar a área. Se for levado em conta que o preço médio do metro quadrado em Itaquera é de R$ 3,8 mil, o valor do terreno pode chegar a R$ 589 milhões - quase 10% de tudo o que a Prefeitura tem para fazer em novos investimentos em 2014.

Mundial

Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a Copa do Povo está a 4 km da futura Arena Corinthians, que receberá, no dia 12 de junho, a partida de abertura da Copa, entre Brasil e Croácia. Desde janeiro, a iminência do torneio fez explodir o preço dos imóveis na região.


Muitas famílias que invadiram o terreno na Rua Malmequer do Campo dizem não ter mais como pagar aluguel. Elas vão pressionar a Câmara Municipal para incluir, na segunda votação do Plano Diretor, uma emenda que garanta a desapropriação da área e a construção de casas populares.

Fonte: Agencia Estado  Jornal de Brasilia



Justiça adia decisão sobre reintegração em Itaquera

A Justiça autorizou nesta terça-feira, 6, a intervenção do Ministério Público sobre um pedido de reintegração de posse na ocupação "Copa do Povo", de cerca de 2.500 barracos, iniciada no sábado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, no Parque do Carmo, zona leste de São Paulo, a cerca de 4 quilômetros da Arena Corinthians. Com a medida, a Justiça adiou a decisão sobre o pedido da empresa proprietária do terreno para que a área fosse desocupada com apoio de força policial, com urgência. 

Na segunda-feira, 5, a dona do terreno, controlada pela Viver S.A, pediu a remoção das famílias no imóvel. Como a área é particular, o parecer no Ministério Público não é obrigatório, mas o juiz entendeu que deveria haver a participação do órgão por causa do interesse público na ação. 


Só depois da manifestação da Promotoria, o juiz Celso Maziteli Neto, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Itaquera dará uma posição sobre uma eventual liminar (decisão antecipada) para retirar os sem-teto. 

A ação é dirigida contra o "Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST)" ou "Movimento Copa do Povo". "Não há duvidas que a área foi 'escolhida' em razão da proximidade com o estádio de abertura da Copa do Mundo e para servir de palco político para as demandas dos movimentos que passaram a apoiá-las", sustenta a empresa, no pedido de reintegração de posse.

Fonte: Agencia Estado  Jornal de Brasilia

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