quarta-feira, 7 de maio de 2014

Dilma defende mais inflação para garantir empregos.




Está nos jornais de hoje. Ontem, em jantar com jornalistas mulheres (ver post logo abaixo), Dilma declarou que só há emprego porque há inflação. É um absurdo! Vejam o que ela disse: 

"Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%".

Fica claro que, na visão da Dilma e dos gênios petistas, só é possível garantir emprego se houver mais inflação. Na cabeça do PT inflação é solução para produção e consumo. A mesma inflação que por décadas impediu o crescimento do Brasil, até o lançamento do Plano Real. É esta visão que está fazendo a inflação disparar, corroendo a renda do trabalhador e acabando com a pequena capacidade de poupança dos brasileiros. Que está aumentando os juros e o endividamento das empresas, promovendo o sucateamento da indústria.

A fala da presidente, neste singelo jantar com jornalistas mulheres, indica que ela está para derrubar o pouco que ainda resta da estabilidade econômica: o controle da inflação por sistema de metas. Dilma diz que o Brasil não vai explodir em 2015. Só não vai explodir se ela não for reeleita.


Dilma recebe dez jornalistas mulheres para jantar e falar frases feitas pelo seu marqueteiro. Enquanto isso, Lula e o PT dizem que a Imprensa é o maior partido de oposição.

A presidente Dilma Rousseff com grupo de mulheres jornalistas no Palácio da Alvorada; à dir., a ministra Gleisi Hoffmann e titular da Secom, Thomas Traumann (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)



Lula falou e o PT colocou em suas resoluções para a campanha de 2014: " a imprensa é o maior partido de oposição do Brasil". Os blogs sujos e a imprensa chapa branca comemoram, bem como o PT reunido em seu encontro, o ataque frontal à mídia golpista. Isto ocorreu no último final de semana. Três dias depois (ontem), Dilma recebe jornalistas mulheres, uma espécie de Clube da Luluzinha, para ditar frases feitas pelo seu marqueteiro. Mas como os seus neurônios misturam as coisas mais óbvias, disse coisas que não deveria.

Em jantar de mais de quatro horas com jornalistas na noite de ontem no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff reiterou que a inflação está sob controle, mas reconheceu que "não está tudo bem" em relação aos preços. Em uma defesa enfática de sua política econômica, a pré-candidata do PT à reeleição chamou de "ridícula" as críticas mais pessimistas sugerindo que o país entrará em uma crise a partir do ano que vem e prometeu que não haverá aumento de impostos.

"É absurda essa história de o Brasil explodir em 2015. É ridículo. Pelo contrário, o Brasil vai bombar", afirmou. Na conversa, com 10 jornalistas mulheres de alguns dos principais veículos de mídia impressa e TV do país, a presidente negou que a inflação explique o mau-humor da população, que em pesquisas de intenção de voto vem demonstrando preocupação com o cenário econômico.

"Tem uma coisa que explica o mau humor, que é a comparação entre taxa de crescimento de bens e taxa de crescimento de serviços", disse. Argumentou que a população sempre demanda por melhores serviços, mas que estes dependem de investimentos de longo prazo, que não teriam sido feitos em nível suficiente no passado, segundo ela. Dilma citou como exemplo os aeroportos.

A petista alfinetou, ainda que sem citar nomes, seus principais adversários na corrida presidencial. Sobre Aécio Neves (PSDB), que nos últimos tempos vem defendendo a necessidade de um maior rigor fiscal e chegou a reconhecer que, se eleito, tomaria decisões impopulares, ela afirmou: "Tem gente dizendo que tem medidas impopulares. Tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida antipopular".

Já sobre Eduardo Campos (PSB), que recentemente defendeu uma meta de inflação menor que atual, de 4,5%, ela disse: "Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística [com meta de 3%]. Não segura fazer isso".

Apesar de o governo ser acusado pela oposição de manobrar para evitar a instalação de CPI para investigar a Petrobras, Dilma ontem negou temer a investigação no Congresso. "Não tenho temor nenhum de CPI. Não devo nada, o governo é de absoluta transparência". Ela afirmou, porém, não ter dúvida de que há componente político na comissão, focado em atingi-la.

A Petrobras está no centro e uma polêmica desde que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, passou a ser questionada e investigada. A presidente disse ainda não se arrepender de ter afirmado que não teria aprovado a compra de Pasadena se soubesse da cláusula contratual hoje considerada lesiva à estatal e que foi omitida do parecer técnico entregue ao Conselho da Petrobras na época da decisão da compra.

"Não me arrependo, não falei nada que eles já não soubessem", disse, acrescentando: "Portanto, é uma tolice meridiana dizer que todos os contratos tem isso [a cláusula polêmica], disse ela. Para Dilma, a omissão destas cláusulas no resumo que baseou a compra da refinaria pode ter sido "um equívoco", mas não ato de má-fé. "Até onde eu sei, não teve má-fé [por parte da diretoria]. Pode ter equívoco, mas não teve má-fé".

Sobre o movimento pelo "Volta, Lula", conclamando que o ex-presidente a substitua nas urnas, a petista afirmou que nunca teve este tipo de conversa com ele e que sua relação com Lula é "mais forte do que se imagina". "Tenho certeza que o Lula me apoia neste exato instante", afirmou.(Folha de São Paulo)

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