Está nos jornais de hoje. Ontem, em jantar com jornalistas mulheres (ver post logo abaixo), Dilma declarou que só há emprego porque há inflação. É um absurdo! Vejam o que ela disse:
"Aí vem uma pessoa e diz que
a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%... Sabe o que
significa? Desemprego lá pelos 8,2%".
Fica claro que, na visão da Dilma e dos gênios petistas, só é possível
garantir emprego se houver mais inflação. Na cabeça do PT inflação é
solução para produção e consumo. A mesma inflação que por décadas
impediu o crescimento do Brasil, até o lançamento do Plano Real. É esta
visão que está fazendo a inflação disparar, corroendo a renda do
trabalhador e acabando com a pequena capacidade de poupança dos
brasileiros. Que está aumentando os juros e o endividamento das
empresas, promovendo o sucateamento da indústria.
A fala da presidente, neste singelo jantar com jornalistas mulheres,
indica que ela está para derrubar o pouco que ainda resta da
estabilidade econômica: o controle da inflação por sistema de metas.
Dilma diz que o Brasil não vai explodir em 2015. Só não vai explodir se
ela não for reeleita.
Dilma recebe dez jornalistas mulheres para jantar e falar frases feitas pelo seu marqueteiro. Enquanto isso, Lula e o PT dizem que a Imprensa é o maior partido de oposição.
Lula falou e o PT colocou em suas resoluções para a campanha de 2014: " a imprensa é o maior partido de oposição do Brasil". Os blogs sujos e a imprensa chapa branca comemoram, bem como o PT reunido em seu encontro, o ataque frontal à mídia golpista. Isto ocorreu no último final de semana. Três dias depois (ontem), Dilma recebe jornalistas mulheres, uma espécie de Clube da Luluzinha, para ditar frases feitas pelo seu marqueteiro. Mas como os seus neurônios misturam as coisas mais óbvias, disse coisas que não deveria.
Em jantar de mais de quatro horas
com jornalistas na noite de ontem no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma
Rousseff reiterou que a inflação está sob controle, mas reconheceu que
"não está tudo bem" em relação aos preços. Em uma defesa enfática de
sua política econômica, a pré-candidata do PT à reeleição chamou de
"ridícula" as críticas mais pessimistas sugerindo que o país entrará
em uma crise a partir do ano que vem e prometeu que não haverá aumento de
impostos.
"É absurda essa história de
o Brasil explodir em 2015. É ridículo. Pelo contrário, o Brasil vai
bombar", afirmou. Na conversa, com 10 jornalistas mulheres de alguns dos
principais veículos de mídia impressa e TV do país, a presidente negou que a
inflação explique o mau-humor da população, que em pesquisas de intenção de
voto vem demonstrando preocupação com o cenário econômico.
"Tem uma coisa que explica o
mau humor, que é a comparação entre taxa de crescimento de bens e taxa de crescimento
de serviços", disse. Argumentou que a população sempre demanda por
melhores serviços, mas que estes dependem de investimentos de longo prazo, que
não teriam sido feitos em nível suficiente no passado, segundo ela. Dilma citou
como exemplo os aeroportos.
A petista alfinetou, ainda que
sem citar nomes, seus principais adversários na corrida presidencial. Sobre
Aécio Neves (PSDB), que nos últimos tempos vem defendendo a necessidade de um
maior rigor fiscal e chegou a reconhecer que, se eleito, tomaria decisões
impopulares, ela afirmou: "Tem gente dizendo que tem medidas impopulares.
Tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida
antipopular".
Já sobre Eduardo Campos (PSB),
que recentemente defendeu uma meta de inflação menor que atual, de 4,5%, ela
disse: "Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta
de inflação de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero
ver como mantém investimento social e investimento público em logística [com
meta de 3%]. Não segura fazer isso".
Apesar de o governo ser acusado
pela oposição de manobrar para evitar a instalação de CPI para investigar a
Petrobras, Dilma ontem negou temer a investigação no Congresso. "Não tenho
temor nenhum de CPI. Não devo nada, o governo é de absoluta
transparência". Ela afirmou, porém, não ter dúvida de que há componente
político na comissão, focado em atingi-la.
A Petrobras está no centro e uma
polêmica desde que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos,
passou a ser questionada e investigada. A presidente disse ainda não se
arrepender de ter afirmado que não teria aprovado a compra de Pasadena se
soubesse da cláusula contratual hoje considerada lesiva à estatal e que foi
omitida do parecer técnico entregue ao Conselho da Petrobras na época da
decisão da compra.
"Não me arrependo, não falei
nada que eles já não soubessem", disse, acrescentando: "Portanto, é
uma tolice meridiana dizer que todos os contratos tem isso [a cláusula
polêmica], disse ela. Para Dilma, a omissão destas cláusulas no resumo que
baseou a compra da refinaria pode ter sido "um equívoco", mas não ato
de má-fé. "Até onde eu sei, não teve má-fé [por parte da diretoria]. Pode
ter equívoco, mas não teve má-fé".
Sobre o movimento pelo
"Volta, Lula", conclamando que o ex-presidente a substitua nas urnas,
a petista afirmou que nunca teve este tipo de conversa com ele e que sua
relação com Lula é "mais forte do que se imagina". "Tenho
certeza que o Lula me apoia neste exato instante", afirmou.(Folha de São Paulo)
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