01/06/2014 15h00
O
Brasil fez grandes avanços no desenvolvimento econômico e conseguiu
reduzir a pobreza pela metade, mas as forças que deram impulso à
expansão, principalmente o crédito abundante e o mercado de trabalho
aquecido, começaram a arrefecer.
O alerta é do relatório "Conexão
Brasil: um caminho para o crescimento inclusivo", elaborado pela
consultoria McKinsey Global Institute (MGI). De acordo com o estudo, ao
longo das próximas duas décadas o Brasil precisa de um crescimento médio
anual de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para manter, de forma
sustentável, a parcela da população que ascendeu socialmente à classe
média.
O estudo aponta que, apesar de o Brasil ter alcançado o
posto de sétima economia do mundo, ainda há uma fraqueza em relação ao
crescimento da renda, tanto é que o País ocupa o 95º posto em PIB per
capita. "A maioria das famílias tem experimentado apenas um crescimento
modesto da renda, enquanto ineficiências e excesso de impostos empurram
os preços de muitos bens de consumo para além do alcance", diz o
relatório.
Para aumentar os rendimentos e condições de vida, de acordo com a consultoria, o País deve acelerar seu crescimento de produtividade e da construção de ligações com a economia global. O relatório cita o desempenho do Brasil no agronegócio como um bem-sucedido modelo de abertura comercial e ainda destaca o desempenho da Embraer, como exemplo de empresa competitiva que sabe "aproveitar cadeias globais de concorrência e da oferta".
"Uma integração mais profunda com os mercados globais pode oferecer grandes recompensas e as nações que não participam dessas redes ampliam o risco de ficarem defasadas", destaca o texto.
O estudo do MGI afirma ainda que o Brasil tem a oportunidade de alavancar as exportações de produtos de valor agregado, mas precisa "repensar sua abordagem tradicional para proteger as indústrias locais".
"Na indústria automotiva, que é fortemente protegida, por exemplo, as altas tarifas têm incentivado montadoras estrangeiras a produzirem no Brasil e gerar emprego, mas isso não tem ajudado o País a se integrar em cadeias globais de valor", aponta o texto.
A produtividade nacional no setor automotivo ainda é baixa, destaca o documento. "Fábricas de automóveis mexicanos produzem o dobro de veículos por trabalhador em relação às fábricas brasileiras."
O relatório diz ainda que a mais importante oportunidade para melhorar a competitividade global do Brasil e aumentar o comércio encontra-se em redes de transporte e de comunicação. "Subsídios a todas as indústrias já somam quase 6% do PIB. Já o investimento do Brasil em infraestrutura foi, em média, entre 2000 e 2012, de 2,2%, bem abaixo da média global."
O texto cita a falta de ferrovias no Brasil e gargalos logísticos como entraves ao crescimento e diz que, apesar do "desafio de sua vasta extensão", o Brasil pode aproveitar melhor suas riquezas naturais para investir em infraestrutura.
Para aumentar os rendimentos e condições de vida, de acordo com a consultoria, o País deve acelerar seu crescimento de produtividade e da construção de ligações com a economia global. O relatório cita o desempenho do Brasil no agronegócio como um bem-sucedido modelo de abertura comercial e ainda destaca o desempenho da Embraer, como exemplo de empresa competitiva que sabe "aproveitar cadeias globais de concorrência e da oferta".
"Uma integração mais profunda com os mercados globais pode oferecer grandes recompensas e as nações que não participam dessas redes ampliam o risco de ficarem defasadas", destaca o texto.
O estudo do MGI afirma ainda que o Brasil tem a oportunidade de alavancar as exportações de produtos de valor agregado, mas precisa "repensar sua abordagem tradicional para proteger as indústrias locais".
"Na indústria automotiva, que é fortemente protegida, por exemplo, as altas tarifas têm incentivado montadoras estrangeiras a produzirem no Brasil e gerar emprego, mas isso não tem ajudado o País a se integrar em cadeias globais de valor", aponta o texto.
A produtividade nacional no setor automotivo ainda é baixa, destaca o documento. "Fábricas de automóveis mexicanos produzem o dobro de veículos por trabalhador em relação às fábricas brasileiras."
O relatório diz ainda que a mais importante oportunidade para melhorar a competitividade global do Brasil e aumentar o comércio encontra-se em redes de transporte e de comunicação. "Subsídios a todas as indústrias já somam quase 6% do PIB. Já o investimento do Brasil em infraestrutura foi, em média, entre 2000 e 2012, de 2,2%, bem abaixo da média global."
O texto cita a falta de ferrovias no Brasil e gargalos logísticos como entraves ao crescimento e diz que, apesar do "desafio de sua vasta extensão", o Brasil pode aproveitar melhor suas riquezas naturais para investir em infraestrutura.
AE
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