domingo, 1 de junho de 2014

Dilma afirma que é 'absurdo' dizer que Copa tirou dinheiro da educação (???)






Presidente comparou cifras de gasto com estádios e verba para educação.


Ela participou neste sábado em São Paulo de festival da juventude do PT.



Fabiana de Carvalho e Filipe Matoso Do G1, em São Paulo e em Brasília


A presidente Dilma Rousseff discursa durante o Festival de Política, Arte e Cultura da Juventude do PT, em São Paulo (Foto: Reprodução) 
A presidente Dilma Rousseff discursa durante o Festival de Política, Arte e Cultura da Juventude do  PT, em São Paulo


A presidente Dilma Rousseff classificou neste sábado (31), em São Paulo, de "absurdo" a afirmação de que o governo trocou investimento em educação por construção de estádios para a Copa do Mundo.

A crítica aos gastos com estádios da Copa é uma das principais palavras de ordem de manifestantes nos atos de protesto contra a competição em várias partes do país.
Dilma fez uma comparação do orçamento da educação com o gasto em estádios. 


Segundo ela, no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o orçamento da educação era de R$ 18 bilhões e, atualmente, é de R$ 112 bilhões. "Todos os estádios vão ficar em R$ 8 bilhões", afirmou a presidente


"Então, é um absurdo dizer que o dinheiro dos estádios compromete a educação no Brasil", declarou Dilma para a plateia de militantes do Festival de Política, Arte e Cultura da Juventude do PT.


Segundo ela, a quantia aplicada em estádios é "dinheiro de financiamento". "Vão ter de pagar banco, e banco, vocês sabem, não dá moleza. Financiaram os estádios e vão cobrar", afirmou. Parte do financiamento para a construção e reforma de estádios para a Copa é de um banco público, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Cartaz pede para substituir Copa por educação e saúde em Belo Horizonte (Foto: Humberto Trajano/G1) 
Cartaz pede para substituir Copa por educação e
saúde durante manifestação no ano passado em Belo
Horizonte




Aeroportos
A presidente voltou a reafirmar, como em outras ocasiões, que a construção e a ampliação de aeroportos no Brasil não se deu em razão da Copa, mas que o país aproveitou a oportunidade e que os aeroportos ficarão para os brasileiros.

"Falam que a gente fez aeroporto para a Copa. Nós fizemos aeroporto porque tem de fazer aeroporto. Antes, o povo brasileiro não podia chegar na porta do aeroporto. Hoje, não só chega como anda de avião", declarou.


Racismo
Dilma também disse que a Copa do Mundo será pela paz e contra o racismo que, na avaliação da presidente, tem se expressado de forma “revoltante" no esporte.

“Por isso que nós definimos qual era o tema principal da Copa do Mundo. Nós definimos que o tema principal da Copa tinha de ser a paz, mas tinha de ser também a luta contra o racismo. Até porque ele tem se expressado de uma forma revoltante no futebol com nossos atletas”, disse.



Reeleição
Durante o evento, enquanto o presidente do PT, Rui Falcão, discursava, a plateia entoou grito de que “Vai ter Copa, vai ter tudo! Só não vai ter segundo turno”.

Em seguida, Falcão afirmou que o PT precisa se preparar para a vitória da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, seja no primeiro ou no segundo turno.



“É bonita a nossa palavra de ordem de que não haverá segundo turno, mas nós temos que nos preparar para a vitória, seja no primeiro, seja no segundo turno. Porque se trabalharmos apenas com a dimensão da vitória no primeiro e chegar o segundo, criará um desânimo. E nós temos que nos preparar é para ganhar a eleição”, disse.


A uma plateia formada por jovens, Falcão afirmou ainda que é preciso “quebrar a desilusão” dos jovens com a política e que os militantes do PT precisam se dedicar “inteiramente” à campanha de Dilma.


Além de Dilma, participaram do evento da juventude petista o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), os prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Sebastião Almeida (Guarulhos), o presidente do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), o ex-ministro Alexandre Padilha, pré-candidato ao governo paulista e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).


Copa do Mundo Brasil 2014


Orlando Sabka - vendedor aposentado - 01-12-12


Normalmente, numa Copa do Mundo de Futebol as atenções estão voltadas ao país sede como aconteceu na última na África do Sul, como também da França, Estados Unidos e assim por diante. Quando da escolha do país, a disputa é acirrada e se torna um evento histórico. Escolhida a sede, os preparativos são exaustivos. 


Não há necessidade de muitos estádios de futebol, sendo que o ideal são oito, mas o Brasil quis impressionar o mundo com doze, em doze capitais de Estado. Uns quantos poderiam ser apenas reformados, mas construíram todos novos, suntuosos e impecáveis, a custos astronômicos.

 
O detalhe é que o evento é privado, cujas empresas envolvidas visam lucro, como aconteceu nas copas anteriores, tudo foi bancado pela iniciativa privada, mas não aqui no Brasil. O governo brasileiro usou e ainda está usando dinheiro do contribuinte, de modo que foram deixadas de lado prioridades vitais ao Brasil, que afetaram terrivelmente o povo brasileiro na Saúde, Educação, Segurança Pública, Rodovias, Ferrovias, Portos e Aeroportos, Saneamento Básico, por exemplo. Esse dinheiro foi drenado desses setores para a construção dos estádios e do entorno.

 
Os custos, até a presente data, ultrapassam os valores gastos nas últimas três Copas do Mundo. O Brasil é o país do futebol. Aqui se respira futebol e futebol é um complemento do dia a dia e o Brasil inteiro festejou quando foi anunciado que a Copa do Mundo de 2014 seria aqui.

 
Deveria ser bancada pela iniciativa privada, mas não foi. O Governo Federal quis mostrar ao mundo que poderia bancar todo o evento, sabe-se lá com que intenções. Ao longo dos anos, o povo brasileiro foi sentindo que algo estava errado, pois os hospitais foram sucateados, com gente morrendo nas portas dos mesmos e nos Pronto Atendimento. Não existem condições normais de trabalho, sem a devida infra estrutura (faltam macas, leitos, UTIs, medicamentos, etc.). 


As rodovias brasileiras foram literalmente abandonadas e as mortes foram acontecendo aos milhares, assim como milhares de assassinatos nas ruas, em residências, nas lojas, postos de gasolina, em supermercados, etc e etc. A insegurança tornou-se geral e a bandidagem reina absoluta pelo país, levando-se em conta que a impunidade e as leis vigentes e ultrapassadas têm contribuído consideravelmente para que isso acontecesse como também se agigantou o tráfico de drogas e armas, permitindo que os roubos, assaltos e assassinatos aumentassem de maneira assustadora. Ninguém é responsabilizado.

 
Os brasileiros não são contra a Copa do Mundo, mas é totalmente contra o descaso do Governo Federal para com o povo, priorizando a Copa e desperdício de dinheiro público, em detrimento de setores vitais, de modo que o descontentamento é geral e isso, na realidade é preocupante, a ponto de haver protestos contra a Copa explodindo pelo país, gerando intranqüilidade e insegurança, pois pessoas estão morrendo todos os dias, seja nas rodovias, falta de atendimento médico hospitalar e assassinatos em plena luz do dia. 


Pior, o governo não se sensibiliza com sua gente, muito menos toma as devidas providências. Por exemplo, nas farmácias populares, bancadas pelos Estados e pelos Municípios faltam medicamentos gratuitos para nossa gente, e muitos desses medicamentos são de uso contínuo, sob risco de morte.

Nas passeatas pacíficas, onde milhares de pessoas buscam seus direitos, vândalos se infiltram e fazem um quebra-quebra geral (lojas, bancos, queima de ônibus) desestimulando as mesmas. Nota-se a insatisfação no semblante dos brasileiros ante o caos instalado e isso não é nada bom para o maior evento futebolístico do mundo, pois todos deveriam estar contentes e eufóricos, mas a realidade é bem outra. Pode trazer conseqüências danosas ao evento, com a polícia e forças militares intervindo com extrema violência e mortes podem acontecer aos milhares, o que seria um desastre sem precedentes na história das Copas do Mundo. Nós não queremos isso, somos amantes do futebol e da paz, mas para tudo existe um limite. Estamos vivendo esse limite.

 
Não queremos, sob hipótese alguma, que isso venha a acontecer, mas é possível que aconteça, pois o Governo Federal errou, de maneira proposital, ao priorizar o evento com dinheiro público ao invés de deixar para a iniciativa privada que agradece pela “gentileza”, pois não terão nenhum gasto, mas tão somente lucros fantásticos. Por exemplo, a FIFA prevê um faturamento de 4,5 bilhões de reais, isso sem contar empresas privadas nacionais e estrangeiras.

 
Dadas às circunstâncias atuais e opinião de dezenas de milhares de pessoas, para o Brasil seria bem melhor que não ganhasse a Copa e isso é dito com o coração sangrando, pois não podemos viver de euforia em meio ao caos instalado. Temos que cair na realidade, arregaçar as mangas e tocar em frente. Temos um Brasil para reconstruir!


(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis – e-mail: osabka@terra.com.br

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