Não houve confrontos, mas duas pessoas foram detidas por desacato.
Manifestação começou por volta das 16h e foi dispersada às 17h40.
Protesto fechou ruas da Zona Sul de Natal, mas não houve confrontos
Segundo a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas se reuniram em duas das mais movimentadas avenidas da capital, mas não causaram danos. O ato foi considerado pacífico pela Polícia Militar.
O protesto começou por volta das 16h, três horas antes da partida envolvendo as seleções de Gana e EUA, na Arena das Dunas. "Não houve incidentes, mas duas pessoas foram detidas por desacato, disse o comandante geral da PM no Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo Silva.
O protesto teve início em frente ao shopping Midway Mall, na Zona Leste da cidade, que fica a 2,5 quilômetros do estádio. Após a concentração, o grupo seguiu em caminhada pela Avenida Senador Salgado Filho em direção à Arena.
Apesar de alguns encapuzados terem seguido e por alguns minutos interditado a Avenida Prudente de Morais, que também dá acesso ao estádio, não houve confronto com a polícia. Os manifestantes se dispersaram por volta das 17h40.
Em uma página do evento no Facebook, 1.300 pessoas chegaram a confirmar presença no protesto. Também houve convocação em rádios da cidade.
O ato foi convocado por 21 entidades e sindicatos com o objetivo de denunciar a falta de investimentos em áreas sociais e contra a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que veio a Natal para assistir ao jogo.
O protesto seguiu de forma pacífica pela Avenida Salgado Filho. No cruzamento com a Antônio Basílio, o Batalhão de Choque da PM montou um cordão de isolamento e impediu a passagem dos manifestantes.
Da Avenida Salgado Filho, o grupo desceu pela Antônio Basílio no sentido Prudente de Morais. Lá, sindicalistas se dispersaram e o protesto continuou com cerca de 50 manifestantes.
O grupo retornou para o shopping Midway Mall e também dispersou. “O protesto transcorreu de forma pacífica. Conseguimos monitorar o grupo, que por sinal se comportou muito bem", afirmou o comandante geral da PM.
Mãe Luíza
No início do protesto, sindicalistas e black blocs se uniram com faixas contra a Fifa. Umas das faixas dizia “Somos todos Mãe Luíza. Mais drenagem, menos Copa”, se referindo ao deslizamento de terra que aconteceu na Zona Leste da cidade em razão das fortes chuvas que caíram na cidade durante todo o final de semana.
Na Rua Guanabara, que fica em Mãe Luíza, a chuva abriu uma imensa cratera, parte do asfalto cedeu e deslizou barranco abaixo. Duas casas foram destruídas.
A água ainda levou calçadas de várias residências, um carro, postes de energia, pedras e muita terra para a Via Costeira, principal acesso à rede hoteleira.
Não houve feridos, mas 100 famílias foram afetadas e 30 delas estão desabrigadas. Dois prédios que ficam na Via Costeira, próximos à encosta onde ocorreram os deslizamentos, também tiveram que ser evacuados.
A prefeitura realiza uma vistoria nas estruturas dos edifícios Aldebaran e Infinity para decidir se os moradores podem retornar aos condomínios.
Calamidade
A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no sábado (14) e no domingo (15).
O documento, assinado pelo prefeito Carlos Eduardo, foi publicado na edição desta segunda do Diário Oficial do Município (DOM).
Chuva
abre cratera e casas correm risco de desmoronamento no bairro de Mãe
Luíza, na Zona Leste de Natal
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