terça-feira, 17 de junho de 2014

Caixa de Pandora Com julgamento marcado, Arruda tem candidatura indefinida

Terça-feira, 17 de Junho de 2014  | Ano 17 nº 6373

Julgamento de Arruda foi marcado para o dia 25, a dez dias do prazo fatal

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Jaqueline Roriz (centro), o marido e Durval Barbosa diante do dinheiro sujo: ela ainda alega inocência


A candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal agora está por um fio, com a decisão do Tribunal de Justiça, divulgada nesta terça-feira (17), de marcar para o próximo dia 25 a sessão de julgamento da ação de improbidade administrativa à qual ele responde. 

Se ele for condenado até 5 de julho, prazo final para registro da candidatura, ele estará inelegível, assim como os demais réus na mesma ação. No final do ano passado, a 2ª Vara da Fazenda Pública condenou o ex-governador, que foi alvo da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

O processo decorre de delação de Durval Barbosa, operador de corrupção no governo de Joaquim Roriz, ao entregar à PF vídeo em que ela aparece ao lado do marido no gabinete de Barbosa enfiando dinheiro vivo numa bolsa. A defesa de Arruda alega que o fato ocorreu durante o governo de Joaquim Roriz, pai de Jaqueline, e ambos apoiavam outra candidatura ao governo do DF, da vice-governadora Maria de Lourdes Abadia.

- Não é possível imaginar que a filha do ex-governador Joaquim Roriz receberia dinheiro para atuar em favor do adversário do próprio pai – diz o advogado Edson Smanioto.

Hoje deputada federal, Jaqueline Roriz também é ré nessa ação, assim como seu marido Manoel Neto e e Durval Barbosa. Segundo o Ministério Público, Barbosa passou a entregar dinheiro arrecadado do esquema de corrupção a Arruda e a quem ele indicasse. 

Arruda chegou a ser preso, pouco depois que o esquema veio à tona, em 2009, com a operação Caixa de Pandora.

Em dezembro de 2013, Arruda, Jaqueline e Dias foram condenados ao ressarcimento integral do dano equivalente a R$ 300 mil, ao pagamento de multa no valor duas vezes maior ao dano causado ao erário, e ao pagamento de danos morais de R$ 200 mil cada um, além de terem tidos suspensos os direitos políticos por oito ano

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