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Em texto veiculado no site oficial
do PSDB nesta segunda-feira (16), o Instituto Teotônio Vilela, entidade
responsável pela formulação da doutrina do tucanato, anotou que o PT faz
política com ataques, achincalhe e desrespeito. E, “quando tomam apupos
como respostas, [os petistas] posam de vestais.”
Numa alusão à hostilidade infligida a Dilma Rousseff no jogo inaugural
da Copa, o instituto do PSDB como que referendou o comportamento da
torcida. Chamou de “maus modos” o coro —‘Dilma, vai tomar no cu’—
entoado pela arquibancada. Mas preferiu justificar a reprovar a
manifestação...
“As vaias e os xingamentos são difusos, partem de gente insatisfeita
com o governo, ainda que com maus modos. São uma réplica à forma de
governar de um partido e não agressão a uma mulher.”
Sob o título “A união contra o ódio”, o texto tem efeito inverso do
pretendido. A pretexto sustentar que o petismo “prega o ódio”, acaba por
jogar água no moinho de Lula, que passou o final de semana acusando o
PSDB de instilar na “elite” ofensas como as que foram dirigidas a Dilma
no estádio do Corinthians (aqui e aqui).
Curiosamente, a “análise” do Instituto Teotônio Vilela foi ao ar no dia
em que o PSDB divulgou, no mesmo site, uma nota de sua Executiva
nacional em resposta aos ataques de Lula e outros caciques do petismo.
Nessa nota, o partido escreveu: “Convocamos nossos militantes a não
responder a esse tipo de agressão e ameaça.”
O texto do Instituto Teotônio Vilela deixou sem nexo também o senador
Aécio Neves, oficializado como presidenciável do PSDB no sábado. Em
entrevista que deu na noite desta segunda-feira, Aécio declarou que as
críticas de Lula “apequenam a política”.
Em resposta ao ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da
Presidência), que lamentara o fato de os antagonistas de Dilma não terem
condenado os xingamentos ouvidos no estádio, Aécio soou assim:
“Nunca aprovei nenhuma ação violenta, seja discriminatória ou de
ataques seja a quem fosse. As crítica ao governo existirão sempre, mas
eu já disse mais de uma vez e repito: não aprovo ataques pessoais e
xingamentos.”
A declaração do candidato não orna com a avaliação do Instituto
Teotônio Vilela, segundo a qual o palavrão que alvejou Dilma é “uma
réplica à forma de governar de um partido e não agressão a uma mulher.”
Fonte: Blog do JOSIAS DE SOUZA - 17/06/2014 - - 09:13:25
BLOG do SOMBRA
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