BRASÍLIA - O PSB faz convenção neste sábado em Brasília para
lançar Eduardo Campos-Marina Silva em meio a uma série de problemas. A
campanha não está nada fácil.
Marina, que produziu o ato mais espetacular da eleição ao se unir a Campos, virou uma faca de dois gumes.
A expectativa era que os dois somassem suas vantagens, mas eles parecem somar justamente suas desvantagens. Marina tirou apoios políticos de Campos, e Campos afugentou eleitores "sonháticos" de Marina.
Muito popular, depois de cerca de 20% dos votos em 2010, Marina não trouxe intenções de votos para a chapa nas pesquisas, criou caso na montagem de chapas do PSB e assustou setores que teriam tudo para apoiar Campos, a começar do agronegócio.
Assim, em vez da união dos votos de Marina com a capacidade política de Campos, a chapa do PSB, resultado da aliança PSB-Rede, até aqui tem sido a união da ranzinzice de Marina com a falta de votos de Campos.
Para completar, o tempo dele na TV durante a propaganda eleitoral será muitíssimo menor que o de Dilma e bem mais curto que o de Aécio.
Campos e Marina poderiam compensar as deficiências com fortes palanques locais, mas não é o caso. A grande simpatia de setores do empresariado nacional não reverteu para apoios partidários sólidos nos Estados.
A inquestionável força política do candidato em Pernambuco não migrou ainda para os vizinhos do Nordeste. E o governo bem avaliado que fez não converteu para um programa inovador, mobilizador.
Outro golpe foi o anúncio das alianças do PSB com o PSDB em São Paulo e com o PT no Rio, quando se coloca como terceira via contra os dois partidos. Ou seja, Campos ganhou meio palanque em dois dos três maiores colégios eleitorais, mas perdeu parte do discurso.
Campos e Marina, no entanto, têm uma grande vantagem: devem passar ilesos pela pancadaria entre petistas e tucanos –porque serão de grande valia no segundo turno.
Marina, que produziu o ato mais espetacular da eleição ao se unir a Campos, virou uma faca de dois gumes.
A expectativa era que os dois somassem suas vantagens, mas eles parecem somar justamente suas desvantagens. Marina tirou apoios políticos de Campos, e Campos afugentou eleitores "sonháticos" de Marina.
Muito popular, depois de cerca de 20% dos votos em 2010, Marina não trouxe intenções de votos para a chapa nas pesquisas, criou caso na montagem de chapas do PSB e assustou setores que teriam tudo para apoiar Campos, a começar do agronegócio.
Assim, em vez da união dos votos de Marina com a capacidade política de Campos, a chapa do PSB, resultado da aliança PSB-Rede, até aqui tem sido a união da ranzinzice de Marina com a falta de votos de Campos.
Para completar, o tempo dele na TV durante a propaganda eleitoral será muitíssimo menor que o de Dilma e bem mais curto que o de Aécio.
Campos e Marina poderiam compensar as deficiências com fortes palanques locais, mas não é o caso. A grande simpatia de setores do empresariado nacional não reverteu para apoios partidários sólidos nos Estados.
A inquestionável força política do candidato em Pernambuco não migrou ainda para os vizinhos do Nordeste. E o governo bem avaliado que fez não converteu para um programa inovador, mobilizador.
Outro golpe foi o anúncio das alianças do PSB com o PSDB em São Paulo e com o PT no Rio, quando se coloca como terceira via contra os dois partidos. Ou seja, Campos ganhou meio palanque em dois dos três maiores colégios eleitorais, mas perdeu parte do discurso.
Campos e Marina, no entanto, têm uma grande vantagem: devem passar ilesos pela pancadaria entre petistas e tucanos –porque serão de grande valia no segundo turno.
Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha,
onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também
comentarista do telejornal 'GloboNews em Pauta' e da Rádio Metrópole da
Bahia.
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