Segundo a Receita Federal, o resultado foi influenciado pela arrecadação do IRPJ e da CSLL entre janeiro e fevereiro
27/06/2014 13:09
Diante
da queda de 5,95% na arrecadação de maio, a Receita Federal revisou a
previsão para o ano pelo segundo mês consecutivo. A expectativa é de que
o total arrecadado cresça 2% e não 3% como previsto em abril. E o
percentual pode cair ainda mais, já que não considera a desoneração de
medicamentos – que saiu hoje no Diário Oficial da União --, nem uma
possível prorrogação da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) de automóveis. Além disso, se o Produto Interno
Bruto (PIB) for revisado, a arrecadação neste ano pode cair mais.
O governo federal teve a menor arrecadação desde 2011 para o mês de
maio. O total arrecadado recuou 5,95%, já descontada a inflação,
totalizando R$ 87,897 bilhões. A queda acentuada foi registrada nas
receitas administradas pelo Fisco, que recuaram 6,39%. No acumulado de
janeiro a maio, contudo, houve crescimento real de 0,31% em comparação
com o mesmo período de 2013.
O
secretário-adjunto da Receita Federal, Luis Fernando Teixeira, explica
que uma arrecadação extraordinária em maio de 2013, de R$ 3 bilhões, é
um dos principais responsáveis pela queda acentuada no mês passado. “O
resultado é explicado em grande parte por essa receita extraordinária do
ano passado. Se retirássemos os R$ 3 bilhões de maio do ano passado,
não teríamos essa queda. A arrecadação seria praticamente idêntica à
daquele mês de 2013”, explicou.
Apesar
disso, Teixeira reconhece que o resultado ficou aquém do esperado.
“Evidentemente que se trabalhava com uma expectativa de que houvesse
crescimento a despeito dessa arrecadação extraordinária no ano passado”,
afirmou. Além disso, há o peso das desonerações no recuo de maio,
conforme relatório do Fisco. Entre janeiro e maio deste ano, R$ 42
bilhões já foram renunciados. A expectativa é de a renúncia fiscal seja
de R$ 100 bilhões no fim do ano.
A queda em alguns dos
indicadores macroeconômicos, como da produção industrial, também são
fator relevante, conforme o Fisco. A produção industrial caiu 5,8% em
maio em relação ao ano passado. O valor em dólar das importações também
caiu 2,2% nesse mesmo período
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