Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico
de Brasília
Transcrevo abaixo o discurso pronunciado ontem pelo Senador Rodrigo Rollemberg diante dos acontecimentos da manhã de quinta - feira, na SEDHAB, quando membros da comunidade queriam fazer parte da reunião do Conplan e estavam sendo impedidos.
Transcrevo abaixo o discurso pronunciado ontem pelo Senador Rodrigo Rollemberg diante dos acontecimentos da manhã de quinta - feira, na SEDHAB, quando membros da comunidade queriam fazer parte da reunião do Conplan e estavam sendo impedidos.
Nessa reunião o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico
de Brasília foi levado à aprovação sem que sua revisão tivesse finda.
A pressa
do Secretário Magela e sua forma autoritária de conduzir a questão demonstra a total
falta de sensibilidade do atual governo em lidar com as instituições em geral e
deixa mais do que evidente o seu compromisso com a especulação imobiliária.
A
maioria dos membros do Conplan sequer conhecem o que aprovaram.
Queremos ver
agora o papel da Câmara Legislativa nesse jogo de cartas marcadas.
Heliete Bastos
O SR.
RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco Apoio Governo/PSB – DF. Pronuncia o seguinte
discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores,
Assumo
a tribuna na tarde de hoje, mais uma vez, para manifestar – como uma pessoa
muito comprometida com Brasília, apaixonada por Brasília – a minha preocupação
com os rumos de Brasília.
Eu
quero registrar que jamais imaginei que o Governo do PT no Distrito Federal
fosse capaz de agredir Brasília e o DF como o Governo Agnelo tem feito, com a
colaboração do atual Secretário de Habitação, Geraldo Magela. É algo
inacreditável!
Eu já
tive a oportunidade de aqui assumir esta tribuna para dizer o que constituía o
tal do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília – PPCUB, plano
este que deforma definitivamente Brasília, considerada Patrimônio Cultural da
Humanidade pela Unesco, reconhecida mundialmente pela sua singularidade, pela
sua beleza, pelo seu projeto urbanístico.
O
PPCUB apresenta propostas preocupantes como criar uma cidade colada no conjunto
urbanístico tombado, como a transformação de terrenos de clubes recreativos em
hotéis, como a transformação das áreas dos clubes de unidade vizinhança e das escolas
classes do Distrito Federal em áreas comerciais, para uso comercial, como a
transformação da 901 para lotes de hotéis.
Pergunto:
para servir a quais interesses financeiros? A quais interesses econômicos?
Porque certamente o PPCUB não está atendendo ao interesse da população do
Distrito Federal. Aí estão interesses que não podem ser revelados, porque são
interesses que comprometem definitivamente a qualidade de vida da capital do
Brasil.
E é
por isso que eu, mais uma vez, venho aqui para apelar ao Governo Federal, para
que interfira, para dar fim à insanidade que vem tomando conta do Distrito
Federal.
Sr.
Presidente, as pessoas já estão até apelidando a dupla de "Magnelo”,
Magela e Agnelo, pelo mal que estão produzindo para o futuro do Distrito
Federal.
Hoje,
Senador Mozarildo, houve uma reunião do CONPLAN, o Conselho de Planejamento do
DF – o mesmo Conselho de que a justiça tinha suspendido as ações, as decisões
tomadas em 2013, porque os representantes da sociedade civil não tinham sido
escolhidos democraticamente pela sociedade civil.
Mais
uma vez, o Governo, em vez de promover eleições para os membros da sociedade
civil, convocou o Conplan para aprovar a toque de caixa o tal de PPCUB, que
deveria ser o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, mas
que, efetivamente, é o plano de degradação do conjunto urbanístico de Brasília.
Assistimos
a cenas só possíveis na ditadura, talvez a ditadura não tivesse a ousadia que o
Secretário de Habitação, Geraldo Magela, teve hoje ao barrar, ao impedir que
representantes da sociedade civil participassem da reunião do Conplan que, de
praxe, é aberta ao público.
Só
permitiram a presença de alguns deles depois de ter sido veiculada entrevista
na CBN com o arquiteto Frederico Flósculo e o Presidente do Instituto Histórico
e Geográfico, Jarbas Marques.
Somente depois do protesto desses dois é que se
permitiu a entrada de alguns representantes da sociedade civil.
Naquele
momento, na entrevista, o Sr. Jarbas Marques lembrou que hoje completam 50 anos
do comício da Central do Brasil, uma das maiores movimentações da classe
trabalhadora brasileira em defesa das reformas de base, para dizer que o GDF,
ao barrar a sociedade, "antecipava os festejos da ditadura”.
Quero
aqui ler, para que conste nos Anais da Casa, a manifestação do representante do
Instituto dos Arquitetos do Brasil Distrito Federal – IAB-DF, Sr Thiago
Teixeira; da representante do Instituto Histórico e Geográfico Distrito
Federal, Srª Vera Ramos e do representante da UnB, Sr. Benny Schvarsberg.
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