14/03/2014
às 17:38
Viva
o arranca-rabo de classes!
Os táxis não poderão mais circular nos
corredores de ônibus nos chamados horários de pico: das 6h às 9h e das
16h às 20h.
A proibição começa a valer no dia 14 de abril.
Resultado
óbvio: na prática, isso reduz a quantidade de táxis à disposição dos
passageiros, uma vez que ficarão presos nos congestionamentos.
Também
vai aumentar o número de carros particulares nas ruas. Motivo: quem tem
carro e usa táxi — é o meu caso, por exemplo —, escolhe a rapidez.
Ora,
se é para ficar no engarrafamento, por que tenho de ouvir a música que
não escolhi, conversar com a pessoa que não escolhi e andar no carro que
não escolhi?
Vou com o meu — sim, leitor, alguém vai dirigindo; não sei
nem ligar o troço.
É uma
decisão estúpida. O sensato seria fazer outra coisa: permitir que táxis
trafeguem por corredores e faixas, com ou sem passageiros, a qualquer
hora.
Isso provocaria, na prática, um aumento de táxis à disposição,
baratearia as corridas, levaria muita gente a deixar o próprio automóvel
em casa.
A
Prefeitura que não venha com a cascata de que fez isso pressionada pelo
Ministério Público.
O MP só entrou nessa histíoria depois de um estudo
oficial ter lançado a cascata de que os táxis tornam mais lentos os
corredores — 6% mais lentos, se não me engano.
“Ah, é uma
meio de transporte da minoria”. Pode ser!
Uma grande minoria. Estima-se
em mais de 30 mil os táxis na cidade.
Cada um faz uma média de 12 a 15
viagens por dia. Façam as contas.
Boa parte dos usuários, insisto, tem
carro, mas prefere deixá-lo em casa.
Quem vai se meter num táxi sabendo
que pode ficar parado por uma hora no congestionamento? Pode ser mais
barato encher o tanque de gasolina.
A única
coisa que me conforta é a possibilidade de o eleitor apresentar a conta
para este impressionante Fernando Haddad em 2016 e para Alexandre
Padilha, já neste 2014.
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